"Duas semanas depois de Dijon-Prenois, a Formula 1 atravessava o Canal e ia para Silverstone, palco do GP da Grã-Bretanha, como era habitual em anos impares. Na prova britânica, a grade novidade tinha sido a contratação do francês Jean-Pierre Jarier para a Osella, no lugar do italino Piercarlo Ghinzani.
Contudo, no paddock de Silverstone houve o ressuscitar de uma velha polémica entre a Lotus e a FISA, refrerente ao modelo 88 de chassis duplo, que a FISA tinha proibido no inicio do ano. Colin Chapman tinha voltado à carga com uma versão B desse chassis e trouxe-o para Silverstone, para ser testado pelos seus pilotos Nigel Mansell e Elio de Angelis. Apesar das modificações, a FISA estava irredutível e decidiu proibir esses chassis de correrem, e assim sendo, para frustração de Colin Chapman, tiveram de se virar para os velhos modelos 87. (...)"
Foi uma corrida atribulada, este GP britânico, no ano em que, por ser impar, foi disputado no circuito de Silverstone. Com polémicas nos bastidores e acidentes em catadupa, o melhor foi o que conseguiu ao mesmo tempo sobreviver e ser o mais rápido. E a essa sorte calhou a John Watson, que cinco anos depois da sua primeira vitória - e a unica que deu a Penske - fez história na McLaren, que não ganhava desde os tempos de James Hunt, em 1977.
Nesse ano, a McLaren andava com nova gerência, de Ron Dennis, contratado pela Marlboro para tentar inverter o rumo descendente da equipa. Dennis e o seu Project Four, a sua equipa de Formula 2, fundiram-se com a equipa dirigida por Teddy Mayer e este lá ficou a ajudar na equipa, mas não aguentou por muito tempo, já que no final desse ano, vendia a sua parte e ia embora da Formula 1. E foi nesse ano que eles estreavam o modelo MP4, que tinha como fator revolucionário o materal com o qual era feito: a sua base era de fibra de carbono. E nesse 18 de julho de 1981, Watson estava a mostrar o futuro da Formula 1. Dali em diante, todos os carros iriam ser feitos dessa maneira. E é essa história que conto hoje no Pódium GP.
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