Nada mau, nada mau de todo. Não sei dizer se tem a ver com a chuva - que não apareceu, diga-se - se tem a ver como fato de ser em Nurburgring, ou são ambas as coisas, mas este domingo valeu a pena ter visto este GP da Alemanha. Pela primeira vez neste ano, Sebastien Vettel não foi o destaque e ficou fora do pódio. E os três primeiros lutaram pela vitória ao segundo. Até me pergunto se estarei mesmo em 2011 ou voltei sem querer para 2010...
Num dia que que as expectativas de chuva não se confirmaram, desde a partida que foi um jogo entre três: Fernando Alonso, Lewis Hamilton e Mark Webber. A corrida começou com Lewis Hamilton a conseguir superar Mark Webber para a liderança e Fernando alonso a superar Sebastien Vettel, mas um erro de Alonso fez com que Vettel ficasse com o tereiro lugar. Sem baixar os braços, o piloto da ferrari quis o terceiro posto e ficou com ele na oitava volta.
O duelo a três aconteceu realmente a partir daí. Chegaram a ter 1.6 segundos de diferença, e as mudanças de liderança aconteciam, especialmente depois das paragens nas boxes. Webber liderou - pela primeira vez esta temporada - Alonso também teve o seu dia, mas no final acabou por ser Hamilton, que esteve no seu grande dia. E depois da terceira paragem nas boxes- Hamilton na volta 50, Alonso e Webber na volta 56 - que tudo ficou decidido em termos de posições, apesar do australiano ter tentado aproximar-se dos dois, sem sucesso.
No final, Hamilton venceu pela segunda vez este ano, depois da China. Uma demonstração não só do seu poder e do seu potencial como piloto, mas também de que é capaz do pior e do melhor. hoje foi um dia muito bom, mas todos nós sabemos quais foram os seus dias maus. Basta ir a um Youtube qualquer e selecionar o nosso favorito... No caso de Alonso, já é o terceiro pódio consecutivo para o piloto das Asturias, mostrando que está a voltar - ou pelo menos luta para chegar aos lugares da frente - mas mais consistente ainda é Webber: é a quarta "medalha de bronze" consecutiva, quatro vezes no mesmo lugar.
E para além destes três pilotos, outros dois estiveram bem neste domingo em Nurburgring: Adrian Sutil e Kamui Kobayashi. Sutil pode ter "jogado em casa", mas foi com o seu Force India que conseguiu o seu melhor resultado do ano, o sexto posto. Arriscou ao fazer apenas duas paragens... e petiscou. Ficou na frente dos Mercedes de Nico Rosberg e Michael Schumacher e conseguiu capitalizar o seu sétimo lugar na qualificação. Quanto a Kamui Kobayashi, é o mito no seu melhor. Partiu de 17º, somente fez duas paragens e conseguiu acabar nos pontos, na nona posição, na frente de Vitaly Petrov.
E se houve boas performances, em claro contraste com esses bens desempenhos foi o mau desempenho de Jenson Button. Apagado, andou na beira dos pontos por muito tempo até que, na volta 42, teve um problema hidrulico e abandonou a prova. Foi um dos quatro que abandonou, como aconteceu a Rubens Barrichello, Nick Heidfeld, que foi vitima de um acidente envolvendo-o com Sebastien Buemi, e Vitantonio Liuzzi. Também poderia incluir neste saco Sebastien Vettel, mas o fato de ter conseguido passar Felipe Massa na sua luta pelo quarto posto fez com que amainasse esse seu mau fim de semana, onde pela primeira vez este ano, ficou fora do pódio e nada conquistou.
Para finalizar, os estreantes. Karun Chandhok conseguiu terminar a sua corrida, mas o interessante é que foi o último classificado, a quatro voltas do vencedor e atrás de Daniel Ricciardo, o piloto australiano da Hispania, na sua segunda corrida da carreira na categoria máxima do automobilismo. Não vou tão londe em dizer que foi pior a emenda do que o soneto, mas direi que um ano fora de de um carro de Formula 1, sem testes, não é fácil de todo.
Em suma: foi uma tarde para recordar este ano. Agora há mais no Hungaroring, dentro de sete dias. Esperemos que esta tendência continue.
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