Quando máquinas e pilotos chegam a Budapeste, para disputarem o GP da Hungria, a McLaren sabia que tinha de reagir à carga da Williams, que tinha vencido as últimas duas corridas, enquanto que Ayrton Senna somente tinha conseguido três pontos e duas embaraçosas retiradas devido à falta de gasolina, que lhe tiham privado de dois pódios mais que certos. O brasileiro tinha ficado furioso com isso e a equipa tinha de reagir, sob pena do avanço que tinham ficar perigosamente curto.
Na Lotus, Michael Bartels continuava na equipa, pois Johnny Herbert, o habitual titular, ainda estava a disputar provas na Formula 3000 japonesa. E o final de semana hungaro começava com a pré-qualificação na sexta-feira de manhã, onde os Brabham de Martin Brundle e Mark Blundell, o Footwork - Arrows de Michele Alboreto e o Fondmetal-Ford de Olivier Grouillard conseguiram o carimbo para a fase seguinte.
Mais tarde começaram as duas sessões de qualificação, e no final, o esforço da McLaren compensou, pois Ayrton Senna fez a pole-position por mais de um segundo de diferença sobre Riccardo Patrese, que foi o segundo na grelha. Nigel Mansell era o terceiro, seguido pelo Ferrari de Alain Prost. Gerhard Berger, no segundo McLaren, partilhava a terceira fila com o segundo Ferrari de Jean Alesi, enquanto que na quarta fila tinha o Dallara-Judd de Emmanuele Pirro e o Tyrrell-Honda de Stefano Modena. A fechar o "top ten" estava o Leyton House-Ilmor de Ivan Capelli e o Brabham-Yamaha de Martin Brundle.
Os quatro infelizes que tiveram o azar de não se qualificarem foram o Fondmetal de Grouillard, o Footwork-Arrows de Alboreto, o Lotus de Bartels e o Lambo-Lamborghini de Eric van de Poele.
Na partida, o Williams de Patrese tentou surpreender Senna, mas este conseguiu defender-se bem dos seus ataques e manteve a sua liderança. Atrás deles, Mansell era o terceiro, seguido por Prost, Alesi, Capelli, que tinha feito uma excelente partida e subira três posições. A partir daqui foi uma longa procissão, sem alterações de monta durante 25 voltas, altura em que Alesi foi às boxes trocar de pneus. E três voltas mais tarde acontece a primeira desistência: o Ferrari de Alain Prost.
A meio da corrida, Mansell aproxima-se de Patrese e o ultrapassa, tentando desta forma apanhar Senna, mas o brasileiro estava irrepreensível naquela tarde húngara até à bandeira de xadrez numa corrida sem grande história.
Com Senna no lugar mais alto do pódio acompanhado no pódio por Mansell e Patrese, os restantes lugares pontuáveis ficaram para o McLaren de Gerhard Berger, o Ferrari de Jean Alesi e o Leyton House de Ivan Capelli. No nono lugar, e tendo feito a volta mais rápida da corrida, estava o belga Bertrand Gachot. Mal ele sabia da tempestade que vinha a seguir e da oportunidade que iria conceder a um jovem piloto alemão...
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