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Já não o via ou ouvia falar de Pedro Matos Chaves desde há algum tempo. Mas a semana passada, a Autosport portuguesa pediu aos seus leitores para mandarem perguntas para uma entrevista. E quando foi a vez de ele responder a essas perguntas, ele não deixou de tocar o dedo na ferida, especialmente na forma como a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting trata a modalidade.
"[No atual estado do desporto automóvel em Portugal] eu diria que 75 por cento é da FPAK e 25 por cento da economia. A Federação nunca foi proativa e deixou-se apanhar numa maré negativa que se antevia há muito. Quando tentaram reagir foi tarde. Deixaram disparar os custos, deixaram que se alugassem GPS obsoletos aos participantes a um preço enorme, os preços elevados das licenças, a falta de prémios, a adoção de regulamentos internacionais desajustados à realidade interna, a falta de atrativos para as marcas nos troféus, deixaram morrer o karting durante um ano por estarem de costas voltadas para a modalidade. Enfim, neste clima de crise económica, incontornável, nota-se uma gritante falta de estratégia.", afirmou, respondendo à pergunta feita por um leitor da revista.
Agora com 46 anos e semi-retirado da competição, Pedro Matos Chaves deu o exemplo de como é que as coisas são feitas na vizinha Espanha para demonstrar as diferenças do que se passa por estas bandas. "Em Portugal, a Federação está virada de costas para os praticantes, preocupa-se apenas com os organizadores e segue o seu caminho. Isso tem os resultados que todos vemos. Em Espanha, os responsáveis ouvem organizações, participantes, marcas, tratam toda a gente como se fossem clientes, pessoas que é necessário ouvir e apoiar. É uma postura completamente diferente. E bastava mudar isso em Portugal."
Chaves afirmou nessa entrevista que chegou a pensar em candidatar-se à presidência, mas não avançou por falta de disponibilidade para um cargo daquela natureza: "Isso nunca passou de pedidos por parte de amigos, jornalistas e praticantes que me incentivaram a avançar para uma candidatura. Na altura, na minha cabeça, não tive vontade de dar esse passo por clara falta de tempo. Estava a tomar conta da empresa de transportes do meu pai e não tinha a disponibilidade que acho necessária para gerir uma federação de forma responsável. Apenas isso."
Mas a entrevista também serviu para falar da sua carreira, onde revelou que gostou do seu tempo nos Estados Unidos, onde correndo pela Indy Lights, encontrou um ambiente descontraído, mas profissional ("identifiquei-me com aquela cultura") e recordou os tempos em que fez Ralis, GT's e Todo-o-Terreno, e não se esqueceu da Formula 1, onde conta que lhe faltou um milhão de euros para correr pela March na temporada de 1992.
"[No atual estado do desporto automóvel em Portugal] eu diria que 75 por cento é da FPAK e 25 por cento da economia. A Federação nunca foi proativa e deixou-se apanhar numa maré negativa que se antevia há muito. Quando tentaram reagir foi tarde. Deixaram disparar os custos, deixaram que se alugassem GPS obsoletos aos participantes a um preço enorme, os preços elevados das licenças, a falta de prémios, a adoção de regulamentos internacionais desajustados à realidade interna, a falta de atrativos para as marcas nos troféus, deixaram morrer o karting durante um ano por estarem de costas voltadas para a modalidade. Enfim, neste clima de crise económica, incontornável, nota-se uma gritante falta de estratégia.", afirmou, respondendo à pergunta feita por um leitor da revista.
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Chaves afirmou nessa entrevista que chegou a pensar em candidatar-se à presidência, mas não avançou por falta de disponibilidade para um cargo daquela natureza: "Isso nunca passou de pedidos por parte de amigos, jornalistas e praticantes que me incentivaram a avançar para uma candidatura. Na altura, na minha cabeça, não tive vontade de dar esse passo por clara falta de tempo. Estava a tomar conta da empresa de transportes do meu pai e não tinha a disponibilidade que acho necessária para gerir uma federação de forma responsável. Apenas isso."
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWdJPMkT0jQZkLd7ZLByjVx6uZeb4x9vgSoESz3ePhLwbVJRp49ro1EMEsRhR-JjC0ufxVxKmsO5OCWrMddvJHIjHwRNf0CK3TdzsnoGY4EC8GUwgcXL47cHyc_eDNvw2ObZhkYvxDPOI/s280/0038970.jpg)
"Na altura existiam muitos pilotos que estavam na F1 há muito tempo e pilotos como eu ou o Gabriele Tarquini não tínhamos alternativa senão entrar por uma equipa como a Coloni. Mas no ano seguinte tive um contrato assinado com a Leyton House/March que só não foi cumprido porque eles exigiam dois milhões de dólares e eu só consegui arranjar um milhão no prazo estipulado. O (Karl) Wendlinger ficou com o lugar mas penso que esse momento podia ter transformado a minha carreira".
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