Parece mesmo que a Renault será vendida no final do ano, e quem a adquirirá será a Proton, que através do Grupo Lotus, pagará uma soma apreciável - já li o valor de 85 milhões de euros - e eventualmente no ano que vêm se chamará Lotus, após o acordo de aquisição do nome às mãos de Tony Fernandes.
Caso assim aconteça, a Formula 1 livra-se de uma personagem duvidosa, que é Gerard Lopez, e ficará com outra personagem com a mania das grandezas, que é Dany Bahar, cujos projetos megalómanos já acenderam alguns sinais de alarme em paragens malaias. Mas aparentemente, a aquisição da equipa poderá passar por uma parceria com o holandês Marcel Boekhoorn, que se por um lado alivia a carteira, por outro poderá baralhar ainda mais o mercado de pilotos, pois quer o seu genro na Formula 1. E de quatro candidatos, os dois lugares da Renault podem passar para cinco, onde um deles pode ficar de fora porque não tem dinheiro, e os outros dois bem poderiam olhar para a Williams, pois tem dinheiro para comprar esse lugar...
Eis a matéria que vem na edição desta semana da Autosport, pela pena de Luis Vasconelos.
VENDA DA RENAULT MAIS PRÓXIMA
O milionário holandês Marcel Boekhoorn deverá passar a ser acionista da equipa que ficará nas mãos do Grupo Lotus.
Os dias da Genii Capital na F1 parecem estar a chegar ao seu termo, com a equipa Renault F1 prestes a mudar novamente de mãos, mesmo se Gerard Lopez insiste que tudo está bem na sua estrutura e que as noticias de problemas económicos, "que costumavam deixar-me furioso, ouço-as agora com um sorriso, porque já precebi que não há nada a fazer para alterar essa percepção".
Apesar da aparente boa disposição do lider da Genii Capital, em Singapura foi notada a ausência de alguns elementos importantes da estrutura, pois só Lopez e Eric Lux estiveram no circuito de Marina Bay. Em contrapartida, não faltaram elementos de topo da estrutura do Grupo Lotus, que aproveitaram a próximidade com a base malaia da marca para continuarem a entrar nos meandros da equipa e da F1 e para mostrarem aos seus muitos convidados tudo o que se passa durante um Grande Prémio.
Segundo fontes malaias, a Proton deu instruções a Dany Bahar para adquirir o controlo da equipa de enstone, pois ao ter de avançar com pagamentos relativos ao patrocinio da Renault F1 para a manter em funcionamento, percebeu que Gerard Lopez não lhes dava garantias de estabilidade e crescimento. Por isso, e como adquiriu o direito ao nome Team Lotus a Tony Fernandes, a Proton quer controlar a equipa que agora patrocina através do Grupo Lotus, mas procura um parceiro para o investimento necessário.
Como já noticiamos, o holandês Marcel Boekhoorn é o perferido dos malaios e está interessado em adquirir uma participação na equipa, pois não acredita mais no projeto da Williams, à qual tem pago, através da McGregor, um patrocinio de dez milhões de euros por ano, e quer colocar o seu genro Gierdo van der Garde, numa equipa de F1 já em 2012.
Segundo as mesmas fontes, a Lotus está a oferecer uma participação de 25 por cento na equipa, ficando com os restantes 75 por cento e o controlo da equipa. As negociações estão a avançar e poderão estar concluidas antes do final da temporada.
TUDO POR DECIDIR
Só depois de estar definida a propriedade da equipa é que os seus responsáveis vão avançar para a escolha da dupla de pilotos para 2012. Com uma lista de candidatos que inclui Robert Kubica, Vitaly Petrov, Bruno Senna e Romain Grosjean, a equipa de enstone vai começar por esperar pela recuperação do polaco, enquanto que a manutenção do russo depende da sua capacidade de continuar a atrair patrocinadores importantes do seu país. No entanto, se Boekhoorn entrar mesmo no capital da sua equipa e impuser Van der Garde como um dos seus pilotos, Grosjean deixa de ser uma hipótese, con Senna e Petrov na luta pelo lugar ao seu lado no caso de não ser possivel a Kubica regressar às pistas no próximo ano.
Como se vê, está tudo em aberto para os lados de Enstone, num ano em que o mercado de pilotos se centra na Renault e na Williams, pois os restantes lugares de interesse estão ocupados, ou quase...
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