O assunto do dia em termos de Formula 1, nos dias que antecedem o GP do Japão, foi o anuncio feito pela McLaren de que acabaram de renovar o contrato de Jenson Button, campeão do mundo de 2009 com a Brawn GP. Apesar de no comunicado da McLaren não especificar a duração desse novo contrato, supõe-se que terá a mesma duração do atual, pois ele está a caminho dos 32 anos. Mas provavelmente até poderá ser pelos valores que ele andava a pedir à equipa, próximos a que Lewis Hamilton ganha - cerca de 15 milhões de dólares por ano.
"Nunca me senti tão em casa como na Vodafone McLaren Mercedes. Tive aqui quatro das minhas melhores vitórias, estou atualmente em segundo no campeonato de pilotos e sinto que estou a pilotar melhor do que nunca. E apenas se consegue isso ao ter o nível certo de apoio e acredito piamente que a paixão e a determinação de vencer são mais fortes aqui na McLaren do que em qualquer outro lado", começou por referir Button no comunicado oficial da marca. "Nunca escondi a minha ambição de continuar a vencer corridas e campeonatos e acredito que este é o sítio em que poderei alcançá-los", acrescentou.
Já Martin Whitmarsh, diretor da formação de Woking, também se mostrou satisfeito com esta renovação, afirmando que "ele é um dos pilotos mais dotados e respeitados que alguma vez tive e estou absolutamente maravilhado por poder continuar a trabalhar com ele no futuro".
E claro, Lewis Hamilton, seu companheiro de equipa e principal rival, mostrou-se satisfeito por esta notícia: "É uma excelente notícia que o Jenson tenha decidido ficar connosco. O Jenson tem sido uma excelente pessoa com quem trabalhar e um membro genuíno da equipa desde o momento em que o recebemos".
Button, atualmente com 31 anos, já é um veterano, pois está na Formula 1 desde 2000. Primeiro pela Williams, depois teve passagens pela Benetton, BAR - que depois virou Honda e Brawn GP - até chegar à McLaren em 2010. Inicialmente, as pessoas estavam céticas com esta mudança - tendo ele acabado de vencer o campeonato pela Brawn GP - porque pensavam que numa equipa totalmente centrada em Lewis Hamilton, iria ser colocado de lado. Na realidade, não foi assim, porque graças ao seu estilo conservador e calculista, venceu quatro corridas e este ano está na segunda posição do campeonato, lutando com Fernando Alonso e o seu companheiro Lewis Hamilton por essa posição, já que Sebastian Vettel é um piloto inalcançável em 2011.
E há outras coisas interessantes do qual se pode falar de Button. De um piloto que no inicio da carreira se concentravam as esperanças de toda uma Grã-Bretanha sedenta de títulos, como sempre, para um "has been" nos tempos da BAR e Honda, que demorou seis anos para subir ao mais alto lugar do pódio, num tempestuoso GP da Hungria de 2006. E mesmo depois disso, quando a Honda se declinou ao ponto de ser a chacota do pelotão e se ter retirado da competição "com o rabo entre as pernas", no final de 2008, muitos já lhe colocavam o caixão à porta. Mal sabendo que um ano mais tarde, o aplaudiriam como o novo campeão do mundo, provavelmente um dos mais improváveis da história da Formula 1.
Em suma, mesmo já veterano, Button tem ainda imenso para dar. E pode conseguir algo que muitos acharam improvável no inicio de 2010: superar Lewis Hamilton, ajudando a equipa a alcançar os objetivos que se propõe todos os anos. A renovação do contrato é um sinal nesse aumento de confiança, em contraste com um Hamilton que como todos vemos, tem "fases".
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