Cinco dias depois de Melbourne, a fantástica logistica que a Formula 1 detêm há vários anos tornou habitual o que há uns anos seria visto como um milagre, que é o de colocar num outro sítio, milhares de quilómetros do primeiro, todo o material relativo à Formula 1: chassis, pneus, peças mecânicas e aerodinâmicas, entreo utras coisas.
Em Sepang, um lufgar nos arredores de Kuala Lumpur, a capital do país, e logo ao lado do aeroporto, máquinas e pilotos andaram a climatizar-se ao ambiente local, ao calor tropical e à imprevisibilidade do boletim meteorológico. Mas não foi com esta mudança de ambiente que os McLaren mirraram, bem pelo contrário: Lewis Hamilton queria reagir à sua prestação na Austrália, onde foi batido por Jenson Button e Sebastian Vettel, e assim sendo, liderou a tabela de tempos em ambas as sessões de treinos livres. Na primeira sessão, bateu Sebastian Vettel por 514 centésimos, e na segunda, foi melhor que Michael Schumacher em meros 361 centésimas de segundo.
Mas se Hamilton mostrou consistência nestas sessões de treino, o resto foi equilibrado. Os Mercedes apareceram, com um terceiro e um quarto posto na primeira sessão de treinos, para além do tal segundo posto do veterano alemão. E a Lotus mostrou-se, claro, com o quinto lugar de Romain Grosjean e o sétimo posto de Kimi Raikkonen na primeira sessão de treinos livres. Na segunda sessão, os resultados foram bem mais modestos, e ainda por cima, Raikkonen viu-se com mais problemas: teve de mudar de caixa de velocidades, e por isso, irá perder cinco posições na qualificação.
Quem também meteu o bedelho nas sessões de treinos livres foram os Toro Rosso, com Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne a andarem consistentemente nos dez primeiros, especialmente na segunda sessão. O australiano foi quinto e o francês foi oitavo, com o Ferrari de Fernando Alonso e o Red Bull de Mark Webber entre eles.
E os Ferrari mostraram algumas melhoras, com Felipe Massa a ficar à frente de Fernando Alonso na primeira sessão, antes do contrário acontecer na segunda, onde o brasileiro fez o 16º tempo. Apesar desta aparente má posição, o brasileiro era um homem confiante: “Amanhã o carro pode dar um grande passo e estar muito mais competitivo do que aquilo que se viu em termos de tempos por volta hoje”, referiu.
Para os lados da Williams, a primeira sessão foi marcada pelo fato do segundo carro ter pertencido ao finlandês Valteri Bottas, que não fez feio, marcando o 11º tempo na sessão, naquela que foi a sua primeira vez aos comandos de um Formula 1 numa sessão oficial. E ficou um lugar mais à frente de Pastor Maldonado. Na segunda sessão, as coisas correram um pouco pior para Bruno Senna, que apenas marcou o 17º tempo.
Atrás, na cauda do pelotão, os Hispania - ou HRT - não sairam de lá, mas diminuram o fosso que tinham em relação à corrida australiana, colocando esperanças em que poderão fazer tempos inferiores ao limite dos 107 por cento. Novas peças e um sistema DRS para o carro foram as grandes novidades, que levaram à melhoria dos tempos. E Pedro de la Rosa exprimia essa esperança, no final da sessão:
“Esperávamos ficar dentro do limite dos 107 por cento, com tudo o que temos de novo como o DRS e as novas partes a funcionarem, como a direção assistida. Mas não devemos ficar demasiado confiantes porque nunca se sabe quanto combustível levam os outros carros. Penso que estamos bem, mas não podemos ficar por aqui. Temos de tentar ficar mais rápidos amanhã, porque esta é a primeira vez que conseguimos rodar com o carro de forma fiável desde que este nasceu”, comentou.
Na próxima madrugada temos a qualificação. E veremos se será mais do mesmo ou haverá algo mais.
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