Seis semanas depois da corrida inaugural do campeonato do mundo, em Buenos Aires, máquinas e pilotos juntaram-se na África do Sul para correrem a segunda prova da temporada. Entre estes dois Grandes Prémios, houve alguns pilotos que antes de Kyalami foram experimentar uma pista nova, no vizinho Brasil. Era o autódromo de Interlagos, e embora estivesse cheio para ver correr Emerson Fittipaldi, acabou por ser o seu rival Carlos Reutemann a vencer, num Brabham.
Em Kyalami, o pelotão alargou-se um pouco mais para acolher mais pilotos, alguns deles novatos. Mike Hailwood juntava-se à Surtees, depois de algumas corridas pela equipa no ano anterior. Jean-Pierre Beltoise juntava-se ao resto da equipa na BRM, vindo da Matra, depois de ter sido aconselhado a não correr em Buenos Aires devido ainda aos acontecimentos que tinham resultado no acidente que matou Ignazio Giunti. Quanto aos novatos, a Williams tinha um segundo carro, entregue ao brasileiro José Carlos Pace, enquanto que outro March, inscrito pela Eifelland Caravans, tinha o alemão Rolf Stommelen a guiá-lo. (...)
(...) Na partida, Stewart parte bem, mas Hulme faz ainda melhor, ficando na liderança. Contudo, o escocês reage e retoma o comando no final da primeira volta. Atrás, Regazzoni fizera um mau arranque e ficara no meio do pelotão. Nas voltas seguintes, Stewart começou a afastar-se de um pelotão que era liderado por Hulme, que segurava todo o resto, com Fittipaldi e Hailwood atrás dele. Com o passar das voltas, estes três pilotos começaram também a descolar-se do resto. (...)
Há 40 anos, máquinas e pilotos tinham-se deslocado para a Africa do Sul, no sentido de correrem a segunda prova do ano. Depois de Jackie Stewart ter começado bem na defesa do seu título, a concorrência tinha de reagir, sob pena de ver a fotocópia do que tinha sido a sua temporada passada, quando o escocês esmagou os seus adversários.
Desta vez, Stewart não chegou ao fim e viu um dos seus rivais, Dennis Hulme a conseguir algo que não obtinham desde que o seu fundador estava vivo: uma vitória. A McLaren não ganhava desde 1969 na Formula 1, e os esforços de desenvolver o modelo M19 foram largamente recompensados com o primeiro lugar, apesar de o seu companheiro de equipa, o americano Peter Revson, também ter andado bem nessa corrida e acabado no terceiro posto, atrás de Emerson Fittipaldi. E é sobre essa corrida e muito mais que falo hoje no Portalf1.com.
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