domingo, 18 de março de 2012

José Carlos Pace, o "Môco", 35 anos depois

Enquanto eu ando a escrever a crónica do GP da Austrália de Formula 1, quero recordar que hoje é dia 18 de março, dia em que há precisamente 35 anos, morria aos 33 anos de idade, num acidente aéreo na Serra da Cantrareira, José Carlos Pace, o "Môco". Eis a primeira página do "Estado de São Paulo" de 27 de janeiro de 1975 - que hoje escreve um especial sobre ele - o dia em que ele conseguiu a sua unica vitória na Formula 1, no autódromo que depois foi batizado com o seu nome.

Todos achavam que tinha "estofo de campeão". Talvez. Mas creio que não iria muito longe com aquela Brabham-Alfa Romeo, demasiado gulosa e demasiado quebradiça naquela maré de Cosworth DFV V8. Se Bernie Ecclestone não fosse o oportunista sedento de dinheiro que é, talvez o triunfo que teve com Nelson Piquet com o chassis BT49, projetado por Gordon Murray, poderia ter acontecido três anos antes. A Ferrari poderia não ser facilmente alcançável, mas certamente seria melhor do que, por exemplo, o Tyrrell de seis rodas. Mas não aconteceu.

O destino é assim: só ficou com um triunfo na sua carreira demasiado curta. E pelo que se lê e ouve, há sempre esse travo amargo do "o que poderia ter sido". E ele faz parte dessa longa lista de pilotos que se foi antes de termos visto o seu auge.

1 comentário:

  1. Olá, tudo bem? sobre a materia do estado de sp... citou, neste post de 18 de março que a publicação teria feito matéria especial no jornal. Um amigo me cedeu o caderno de esportes dessa data e não há nada... foi dia 18 mesmo? sou fã de Pace...(que eu saiba, sou o unico até hoje que desenvolveu,montou, produziu e vendeu modelo do surtees) e perdi essa. :(
    Pedi para meu filho comprar o jornal no shopping..(ainda não esta comigo) e ele em rapida olhada também não encontrou nada. Terá sido de outra data? sabado ou sexta talvez? seria pedir muito um scan da materia ser enviada para meu email? de todo, obrigado.
    julio

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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...