Já vamos na quinta corrida do ano e não houve repetições em termos de vencedores. Mas todos vibraram - eu também vibrei, confesso - com a vitória de Pastor Maldonado em Barcelona, dando à Williams a sua primeira vitória desde 2004. Foram oito anos de deserto, onde a equipa penou, umas vezes com os Cosworth - a temporada de 2011 foi um verdadeiro "bater no fundo" - outras vezes com os Toyota. Agora, graças aos milhões venezuelanos e brasileiros, provenientes de Pastor Maldonado e Bruno Senna, e os motores Renault, a equipa encontrou o caminho. Já tinha voltado a ter bons resultados, mas este foi mesmo um fim de semana de sonho, que nem o incêndio que assolou as boxes, algumas horas depois do final da corrida, quando todos comemoravam este feito, abalou Frank Williams.
Tem de se dizer que isto foi o culminar de algumas decisões feitas nos últimos meses. Primeiro que tudo, a saída de Adam Parr do cargo de diretor, que era uma personagem bastante discutida no seio da equipa, e a entrada do "proscrito" Mike Coulghan deram um impulso na equipa no sentido de melhoria, a maior influência de Christian "Toto" Wolff na equipa, que sendo sócio minoritário, parece estar a trabalhar em sintonia com Frank Williams, agora que Patrick Head está a gozar a sua reforma, e por fim, o papel de Alexander Wurz, como conselheiro e "driver coach", que pelo menos fez com que Pastor Maldonado fosse ainda mais veloz do que é, mas perdendo a impulsão que tinha no inicio da sua carreira, que era de excessos. Pode-se dizer que esta vitória fez domar o venezuelano.
Dito isto, pode-se dizer que o equilíbrio vai ser maior do que presente nesta competição. Os pneus esfarelados da Pirelli estão a ajudar muito nessa parte, e estão a obrigar os pilotos a serem mais inteligentes em termos de conservação dos ditos pelo máximo numero de voltas possivel, e ocasiões em que param três e quatro vezes já começa a ser uma norma. Vencerá - ou pontuará - quem fizer uma gestão mais inteligente daquilo que tem calçado. E por causa disso - para além dos chassis - que acredito que o campeão do mundo não conseguirá vencer mais do que quatro corridas nesta temporada. E terá de ser muito regular para o conseguir. Daí que, ao fim de cinco corridas, os lideres sejam Sebastian Vettel e Fernando Alonso, sendo que este último seja mais mérito de si mesmo, que tem conseguido tirar o melhor de um carro mal nascido, que é o Ferrari F2012.
Com cinco equipas diferentes a vencer corridas, na minha opinião só faltam mais duas para que o quadro seja ainda mais "completo". Acho que falta ver a Sauber e a Lotus no lugar mais alto do pódio. A equipa ex-Renault está a ser bastante regular, colocando Kimi Raikkonen no pódio nas duas últimas corridas, o que nos faz pensar não no "se", mas sim no "quando" é que ela chegará ao topo. E se no caso da Sauber, Sergio Perez quase venceu na Malásia, debaixo de chuva, pode-se afirmar, com legitimidade, que ela pode lá chegar. Com o mexicano ou até com Kamui Kobayashi, o japonês que todos adoram apoiar.
Seria lindo!
ResponderEliminarSeria demais. Mas acho que na corrida em que iguala a quantidade de GPs de ASenna, o Lewis leva em Monaco.
ResponderEliminarUm campeonato muito equilibrado. Acho que Alonso fatura em Mônaco.
ResponderEliminarValeu
Não acredito muito, Humberto. Faz agora 30 anos sobre "aquele" final do GP do Mónaco de 1982... pelo andar da carruagem, o Kobayashi vence e o Pedro de la Rosa está nos pontos!
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