quinta-feira, 17 de maio de 2012

GP Memória - San Marino 1992

Com a quinta prova do campeonato à vista, toda a gente já tinha interiorizado que esta era o ano dos Williams-Renault, que tinham afinado o seu carro ao ponto de serem imbatíveis frente à concorrência, principalmente a McLaren e a Ferrari. Nigel Mansell tinha vencido todas as corridas até então e era o candidato único ao título mundial, tendo até igualado o recorde de quatro corridas seguidas alcançado por Ayrton Senna na temporada anterior. E parecia que esse recorde estava prestes a cair, pois Mansell era o primeiro favorito à vitória em Imola…

Sem alterações no paddock, todos se preparavam para o final de semana do Grande Prémio. A Andrea Moda fazia o seu melhor, mas nem Roberto Moreno, nem Perry McCarthy conseguiam a qualificação.

Após as duas sessões de qualificação, os Williams dominaram a seu bel-prazer no circuito italiano, com Nigel Mansell a ser melhor do que Riccardo Patrese, monopolizando a primeira linha da partida e a dar mais de um segundo de diferença para o resto da concorrência. Ayrton Senna e Gerhard Berger ficaram com a segunda fila, enquanto que a Benetton monopolizou a terceira, com Michael Schumacher na frente de Martin Brundle. O monopólio continuava na quarta fila, para a Ferrari, com Jean Alesi a ser melhor que Ivan Capelli, numa qualificação que certamente tinha desapontado os “tiffosi”. A fechar o “top ten” estava o Footwork de Michele Alboreto e o Ligier-Renault de Thierry Boutsen.

Dos quatro azarados que ficaram de fora da corrida do dia seguinte, o mais surpreendente era o Lotus de Mika Hakkinen, ainda por cima numa altura em que a equipa estreava o seu novo chassis, o 107. O Fondmetal de Andrea Chiesa e os Brabham de Eric van de Poele e de Damon Hill ficaram também de fora.

A largada foi atribulada. A primeira tentativa foi abortada momentos antes de a acontece quando Karl Wendlinger agitou os braços no seu March, porque o seu carro não pegava. Quem também não teve uma largada tranquila foi Stefano Modena, que teve de largar das boxes com o seu Jordan-Yamaha.

Da segunda vez, Nigel Mansell largou melhor que Riccardo Patrese e não mais foi incomodado até à meta, pois os dois pilotos controlaram os avanços de Ayrton Senna, o melhor do resto do pelotão, que primeiro aguentava os ataques de michael Schumacher até que este desistiu, vítima de uma falha na suspensão, na 20ª volta.

Após isto, Senna aguentou as investidas do seu companheiro de equipa, que por sua vez, aguentava os ataques de Jean Alesi. O duelo entre os dois durou até à volta 39, quando ambos bateram e acabaram na berma, fazendo com que Martin Brundle herdasse o quarto posto. No final, aproximou-se o suficiente para apanhar Senna, que se via com dificuldades físicas devido à dureza das suas suspensões contra o solo do circuito italiano.

No final, a Williams venceu a seu bel-prazer e Mansell conseguia a sua quinta vitória consecutiva, um novo recorde na Formula 1, com Patrese ao seu lado. Senna fora o terceiro, mas não estava em condições para subir ao pódio e receber o prémio. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram Brundle, o Footwork-Arrows de Alboreto e o Dallara-Ferrari de Pierluigi Martini

1 comentário:

  1. Foi a única vez na carreira que Ayrton Senna não esteve no pódio para receber o troféu (3º lugar).

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Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...