Com a quinta prova do campeonato
à vista, toda a gente já tinha interiorizado que esta era o ano dos
Williams-Renault, que tinham afinado o seu carro ao ponto de serem imbatíveis
frente à concorrência, principalmente a McLaren e a Ferrari. Nigel Mansell
tinha vencido todas as corridas até então e era o candidato único ao título
mundial, tendo até igualado o recorde de quatro corridas seguidas alcançado por
Ayrton Senna na temporada anterior. E parecia que esse recorde estava prestes a
cair, pois Mansell era o primeiro favorito à vitória em Imola…
Sem alterações no paddock, todos
se preparavam para o final de semana do Grande Prémio. A Andrea Moda fazia o
seu melhor, mas nem Roberto Moreno, nem Perry McCarthy conseguiam a qualificação.
Após as duas sessões de
qualificação, os Williams dominaram a seu bel-prazer no circuito italiano, com
Nigel Mansell a ser melhor do que Riccardo Patrese, monopolizando a primeira
linha da partida e a dar mais de um segundo de diferença para o resto da
concorrência. Ayrton Senna e Gerhard Berger ficaram com a segunda fila, enquanto
que a Benetton monopolizou a terceira, com Michael Schumacher na frente de
Martin Brundle. O monopólio continuava na quarta fila, para a Ferrari, com Jean
Alesi a ser melhor que Ivan Capelli, numa qualificação que certamente tinha
desapontado os “tiffosi”. A fechar o “top ten” estava o Footwork de Michele
Alboreto e o Ligier-Renault de Thierry Boutsen.
Dos quatro azarados que ficaram
de fora da corrida do dia seguinte, o mais surpreendente era o Lotus de Mika
Hakkinen, ainda por cima numa altura em que a equipa estreava o seu novo
chassis, o 107. O Fondmetal de Andrea Chiesa e os Brabham de Eric van de Poele
e de Damon Hill ficaram também de fora.
A largada foi atribulada. A
primeira tentativa foi abortada momentos antes de a acontece quando Karl
Wendlinger agitou os braços no seu March, porque o seu carro não pegava. Quem
também não teve uma largada tranquila foi Stefano Modena, que teve de largar
das boxes com o seu Jordan-Yamaha.
Da segunda vez, Nigel Mansell
largou melhor que Riccardo Patrese e não mais foi incomodado até à meta, pois
os dois pilotos controlaram os avanços de Ayrton Senna, o melhor do resto do
pelotão, que primeiro aguentava os ataques de michael Schumacher até que este
desistiu, vítima de uma falha na suspensão, na 20ª volta.
Após isto, Senna aguentou as
investidas do seu companheiro de equipa, que por sua vez, aguentava os ataques
de Jean Alesi. O duelo entre os dois durou até à volta 39, quando ambos bateram
e acabaram na berma, fazendo com que Martin Brundle herdasse o quarto posto. No
final, aproximou-se o suficiente para apanhar Senna, que se via com
dificuldades físicas devido à dureza das suas suspensões contra o solo do
circuito italiano.
No final, a Williams venceu a seu
bel-prazer e Mansell conseguia a sua quinta vitória consecutiva, um novo
recorde na Formula 1, com Patrese ao seu lado. Senna fora o terceiro, mas não
estava em condições para subir ao pódio e receber o prémio. Nos restantes lugares
pontuáveis ficaram Brundle, o Footwork-Arrows de Alboreto e o Dallara-Ferrari
de Pierluigi Martini.
Foi a única vez na carreira que Ayrton Senna não esteve no pódio para receber o troféu (3º lugar).
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