Era uma noticia mais do que esperada desde que em fevereiro, a DRB-Hicom, os novos proprietários, terem tomado conta da Proton e mais concretamente, do Grupo Lotus. Dany Bahar, suiço de origem turca, com 40 anos de idade, foi oficialmente despedido da firma, algumas semanas depois de que tinha sido suspenso do seu cargo como CEO da companhia. Para o seu lugar, a DRB-Hicom apontou Aslam Farikullah, com mais de 26 anos de experiência no ramo automóvel, para o seu lugar.
Segundo o comunicado oficial, a razão apontada para este desfecho mais do que inevitável tem a ver com a sua conduta dentro da firma, considerada pela empresa como "questionável". O comunicado diz ainda que a DRB-Hicom está concentrada em arranjar o melhor futuro à marca, apesar dos insistentes rumores de que poderá ser vendida em breve.
"Queremos reafirmar que continuamos confiantes em assegurar um futuro sólido ao Grupo Lotus, de forma a permanecer um jogador relevante na industria automóvel", afirmou Sri Haji Mohd Khamil Jamil, manager do grupo. "Desejo que haja beneficios mútuos na nossa parceria não só entre a DRB-Hicom e a Proton Holdings Berhad, mas também ao Grupo Lotus e aos seus empregados no sentido de contribuir para o crescimento da industria automóvel britânica", concluiu.
Bahar, que tinha tomado posse no final de 2009, depois de passagens pela Ferrari e Red Bull, ficou conhecido pelo seu estilo extravagante e pela sua postura conflitiva, para além de estratégias, no mínimo, excêntricas. Desde colocar a marca Lotus em tudo que tinha quatro rodas e um volante, desde a Formula 1 até à Formula Renault, passando pela aventura na IndyCar Racing, que culminou na estranha - e desastrada decisão - de colocar motores preparados pela Judd, que depois verificou-se, eram pouco potentes em relação aos motores Honda e Chevrolet. Para não falar, claro, dos cinco modelos de estrada que pretendia fazer, nenhum deles a respeitar o espírito de Chapman, de adicionar leveza à velocidade.
Para além disso, a luta que teve com Tony Fernandes pelos direitos do nome "Team Lotus", que durou mais de ano e meio e fez com que em 2011 tivessemos visto dois "Lotus" na pista, que terminou com a justiça britânica a dar razão a Fernandes. Após isto, ele vendeu esses direitos a Bahar, por uma soma não especificada, ao mesmo tempo que Fernandes decidira comprar a Caterham e rebatizar a sua equipa de Formula 1 com o mesmo nome.
Em suma, este era o desfecho inevitável. Veremos se vem a tempo de salvar a Lotus.
Espero que a Genii compre a marca "Team Lotus", para que a lendária marca se veja livre de qualquer resquício do Dany Bahar
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