Era um dos últimos sobreviventes da primeira década da Formula 1. O antigo piloto francês André Simon, que participou em doze corridas entre 1950 e 1957, morreu ontem aos 92 anos de idade, em Evian-Les Bains. Filho de um garagista e orfão de pai aos nove anos, entrou no negócio dos automóveis como mecânico aos 13 anos, para ajudar o seu tio, que tinha uma garagem. Aos poucos, ficou interessado no automobilismo, mas os seus planos foram adiados devido à II Guerra Mundial.
Apesar disso, não o impediu de ter uma carreira particularmente longa, desde o final da II Guerra Mundial até 1966, altura em que teve um acidente grave quando pilotava um Maserati de GT's, que o deixou em coma por algumas semanas, é que fez pendurar o seu capacete. Começou com um velho Talbot-Lago, e os resultados foram bons o suficiente para correr nas 24 Horas de Le Mans de 1949 com um Delhaye, onde fez uma volta mais rápida antes de se retirar devido a uma falha mecânica.
Na Formula 1, Simon correu em carros da Maserati, Gordini e da Ferrari - em 1952 - que inclui também uma participação no GP do Mónaco de 1955, a bordo de um Mercedes oficial. Nas doze corridas que participou, a sua melhor classificação foram dois sextos lugares, que nesses tempos, não contavam para os pontos.
Após se ter retirado da Formula 1, passou para os GT's onde correu em carros como o Ferrari 250 GTO. Também esteve na equipa oficial da Mercedes nas fatídicas 24 Horas de Le Mans de 1955, ao lado do alemão Karl Kling. Rolavam na quinta posição quando aconteceu o acidente que matou Pierre "Levegh" e mais oitenta espectadores. Em 1962, venceu a Volta à França em Automóvel, ao lado do seu co-navegador Maurice Dupeyron. Após o seu acidente em 1966, e que precipitou a sua retirada do automobilismo, decidiu concentrar-se nos negócios da familia até se reformar, em 1984. Ars lunga, vita brevis.
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