Quinze dias depois dos fãs britânicos terem invadido a pista para aplaudirem e celebrarem Nigel Mansell, que parecia imparável a caminho do seu mais que merecido título mundial, máquinas e pilotos estavam em Hockenheim para o GP da Alemanha. Uma pista que naquela temporada estava mais composta do que o habitual, pois graças às prestações de Michael Schumacher, pela primeira vez em 15 anos, havia um piloto alemão nos primeiros lugares da grelha e com possibilidade de vitória ou de pódio.
Nas pré-qualificações, nada demais, excepto o facto do Andrea Moda de Perry McCarthy ter falhado uma verificação de peso e ter sido excluido da qualificação pelos comissários. Roberto Moreno, apesar dos seus esforços, não conseguiu qualificar o seu carro para a segunda fase.
Na qualificação própriamente dita, o melhor foram os Williams, que monopolizaram a primeira linha, com Mansell a ser melhor do que Riccardo Patrese. A segunda linha era também um monopolio, mas dos McLaren, com Ayrton Senna na frente de Gerhard Berger. Jean Alesi era o quinto, seguido do Benetton de Michael Schumacher. Os Ligier de Eric Comas e de Thierry Boutsen monopolizavam a quarta fila da grelha, enquanto que a fechar o "top ten" estavam o segundo Benetton de Martin Brundle e o March-Ilmor de Karl Wendlinger.
Como seria de esperar, quatro pilotos ficariam de fora desta corrida: os Brabham-Judd de Eric Van de Poele e de Damon Hill, o Jordan-Yamaha de Stefano Modena e o Fondmetal-Judd de Andrea Chiesa.
Num domingo de sol e perante mais de 120 mil espectadores, a corrida começa com Patrese a partir melhor, mas Mansell ficou com a liderança na travagem para a primeira chicane. A partir dali, o britânico começou a afastar-se do resto do pelotão, para ver se fazia uma corrida tranquila. Berger seguia atrás de Senna, mas na volta 16, tem problemas de motor e acaba por abandonar, deixando Schumacher no quarto posto.
A acção começa quando Mansell e Patrese decidem ir às boxes, mas Senna e Schumacher não. Isso deixa o brasileiro na liderança, com o britânico a chegar-se perto dele, depois de se livrar do piloto alemão. Mas Senna defende as suas trajetórias contra o piloto da Williams, e ele até comete um erros na segunda chicane, que o obriga a sair um pouco da pista. Contudo, recupera o tempo suficiente para o passar algumas centenas de metros adiante, na terceira chicane.
Pouco depois, Patrese chega-se a Schumacher, mas o jovem alemão defende fortemente o seu lugar e somente na volta 32, quando trava na Ostkurwe, é que Patrese passa o piloto da Benetton. Pouco depois, parte em perseguição a Senna e apanha-o em quatro voltas, comelando uma batalha pelo segundo lugar. Senna defenderá a sua trajetória para evitar a ultrapassagem de um veloz Patrese, e isto vai ser assim até à última volta, quando na zona do Stadium, Patrese trava tarde demais na zona suja da pista e despista-se, ficando preso numa saliência e não conseguindo voltar à pista, perdendo um terceiro lugar certo.
No final, Mansell vencia calmamente pela oitava vez naquela temporada, deixando-o com o dobro de pontos do segundo classificado e deixando-o a um pódio de ser campeão. Senna foi o segundo e Schumacher herdou o terceiro lugar de Patrese. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o segundo Benetton de Brundle, o Ferrari de Alesi e o Ligier de Comas.
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