Já se sabia desde ontem que António Félix da Costa iria experimentar um Formula 1, mas não pensava que seria hoje, julgava eu que teria a ver com o Rookie Test do final da temporada, em Abu Dhabi. A experiência, afinal, foi mais cedo, e foram mais umas voltas de exibição do que propriamente um teste a sério, no circuito de Hungaroring. Mas com a boa ponta final da GP3, onde teve azar, após quatro pódios e quarto voltas mais rápidas seguidas, creio que este foi uma primeira recompensa para o piloto português. E a sua rapida adaptação a uma máquina como o Formula Renault 3.5, na categoria da World Series by Renault, está a ser mais veloz do que eu esperava.
Sempre teve facilidade em se adaptar a máquinas novas, como acompanhei ao longo da sua carreira. Aliás, lembro-me que da primeira vez que sentou a bordo de um carro da World Series by Renault, em Paul Ricard, algures em 2008, ficou em segundo lugar numa das sessões de testes, portanto, sempre foi considerado como um talento em potencial. Não é a primeira vez que esteve dentro de um Formula 1. Afinal de contas, teve a sua primeira chance no final de 2010, no Rookie Test de Abu Dhabi, ao volante de um Force India, onde esteve bem.
A vitória deste domingo, na segunda corrida da World Series by Renault, até pode ter sido com alguma dose de sorte, mas isso faz parte da vida. Afinal de contas, foi um azar com a caixa de velocidades em Monza, na primeira corrida do fim de semana da GP3, na semana passada e quando liderava a corrida, que deitou a perder as suas chances de título. Os resultados são, de facto, o coroar de um esforço e do talento que o piloto têm, e parece que esta foi a recompensa pela aposta, e um estímulo para corridas futuras.
Quanto ao futuro para 2013, creio vê-lo fazer uma temporada na World series by Renault. A Red Bull, por norma, não considera a GP2, e dos pilotos que passaram pela Red Bull e Toro Rosso, nem Sebastian Vettel, nem Jaime Alguersuari, nem Jean-Eric Vergne, passaram por lá. Sebastian Buemi esteve na GP2, mas os seus resultados não foram relevantes, apesar de ter vencido duas corridas, e isso foi em 2008. Desde então que a marca austríaca deixou essa categoria de lado , a favor da WSR, que ainda por cima é financiada pela marca que lhe fornece os seus motores.
Se for para lá, será um dos candidatos ao título. E pode ser que no final de 2013, se não antes, poderá ter a chance que perseguiu durante toda a sua curta carreira nos monolugares...
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