domingo, 16 de setembro de 2012

GP Memória - Itália 1962

Seis semanas depois de Graham Hill ter vencido no Nurburgring Nordschleiffe, máquinas e pilotos estavam em Monza, palco do GP de Itália, onde o piloto britânico da BRM chegava a gozar uma vantagem de sete pontos sobre Jim Clark (28 contra os 21 do piloto escocês da Lotus). A organização do GP italiano, que depois dos acontecimentos do ano anterior, decidiu que iria usar apenas a pista, em vez da combinação de pista com o anel exterior. Mas ao aproximar-se dos dias para a corrida, viu a enorme quantidade de carros inscritos, com trinta ao todo, do qual decidiram que apenas iriam aceitar a participação de 21.

A Ferrari alinhava com a impressionante armada de... cinco carros, para o americano Phil Hill, os italianos Lorenzo Bandini e Giancarlo Baghetti, o mexicano Ricardo Rodriguez e belga Willy Mairesse. A concorrência era mais modesta, com dois carros cada uma: A Lotus com Jim Clark e Trevor Taylor, a BRM com Richie Ginther e Graham Hill, a Porsche com Dan Gurney e Jo Bonnier, a Cooper com Bruce McLaren e Tony Maggs e a Lola, com John Surtees e Roy Salvadori.

Havia algumas novidades, como a inscrição de dois De Tomasos, construidos pelo italo-argentino Alessandro de Tomaso, um com motor próprio, e outro com motor OSCA. O carro com motor próprio era guiado pelo argentino Nasif Estefano, enquanto que o outro era guiado por Roberto Lippi. Keith Greene alinhava com o seu Gilby, enquanto que Tony Settember estava com o seu Emmeryson de motor Climax. Quem não estava aqui era Jack Brabham, que estava a melhorar o seu chassis.

Nos carros privados, haviam as habituais inscrições da UDT-Laystall, com Masten Gregory e Innes Ireland, o da Rob Walker Racing, para Maurice Trintignant, o da Ecurie Maasbergen, com Carel Godin de Beaufort, da Ecurie Filippinetti, para o suiço Jo Siffert, a Ecurie Excelsior, do americano Jay Chamberlain, a Scuderia Republica di Venezia, para o italiano Nino Vaccarella, a Jolly Club para o estreante Ernesto Prinoth (que mais tarde construiria uma firma de máquinas de limpeza de neve), a Anglo-American Equipe, para Ian Burgess, e as inscrições privadas de Tony Shelley e Gerry Ashmore


Na qualificação, o melhor foi Jim Clark, seguido pelos BRM de Graham Hill e Richie Ginther. Bruce McLaren era o quarto, no seu Cooper, seguido pelo Lotus de Innes Ireland. Masten Gregory era o sexto, seguido por Dan Gurney, no seu Porsche. John Surtees era o oitavo, seguido pelo segundo Porsche de Jo Bonnier e pelo Ferrari de Willy Mairesse, o melhor dos cinco carros presentes.

Nos carros não-qualificados, destacavam-se o de Jo Siffert, mas havia outros: os De Tomaso de Nasif Estefano e Roberto Lippi, o Gilby de Keith Greene, e os carros de Burgess, Ashmore, Chamberlain, Prinoth e Shelley. 

A corrida começa com Clark na frente, mas pouco depois, Hill o ultrapassa, graças à potência do seu motor. Ginther era o terceiro, seguido de Surtees e McLaren. Contudo, à terceira volta, Clark começa a ter problemas com a sua caixa de velocidades e encosta às boxes, deixando os BRM com o primeiro e segundo lugares. Os problemas de Clark não são resolvidos e no final da 12ª volta, acaba por abandonar.

Na corrida, Hill distanciava-se de Ginther, que tinha de lidar com Surtees. McLaren era quarto, assediado pelos Porsches de Gurney e Bonnier, e as coisas andaram assim até à volta 42, altura em que Surtees tem problemas com o motor e abandona. Por essa altura, Mairesse faz uma corrida de recuperação e ultrapassa os Porsches até se chegar a McLaren, mas não o consegue apanhar. Perto do final da corrida, Gurney tem problemas com a transmissão do seu Porsche e atrasa-se.

No final, Graham Hill alcançava a sua segunda vitória consecutiva, numa dobradinha da BRM, com Ginther no segundo lugar. Bruce McLaren fica com o lugar mais baixo do pódio, enquanto que os Ferrari de Willy Mairesse e Giancarlo Baghetti e o Porsche de Jo Bonnier ficaram com os restantes lugares pontuáveis.  

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