A primeira das sete rondas em paragens asiáticas, em paragens de Singapura, acontece não só na única vez que acontece à noite - e ironicamente, as temperaturas da pista são das mais baixas do campeonato, numa paragem equatorial como o desta cidade-estado - esta também acontece num fim de semana onde as autoridades locais anunciaram com um sorriso nos lábios a extensão do seu contrato até 2017, e onde no último treino livre, o Marussia de Charles Pic desobedeceu a uma série de bandeiras amarelas e teve a inédita penalização de vinte segundos no seu tempo final... e fazer serviço comunitário. Que nova penalização irão inventar em Suzuka?
Com essas novidades, começou a qualificação do GP de Singapura. Muitos sabiam que Sebastian Vettel era o piloto a observar, pelo facto de ter sido o mais veloz nos treinos livres, e os pilotos da McLaren e o Ferrari de Fernando Alonso também a espreitar o lugar mais cobiçado da grelha de partida. E claro, nada impedia que existia alguma surpresa...
Com o decorrer da Q1, não houve novidades de especial, a não ser que dos seis do costume que ficam para trás nesta parte da qualificação, o azarado do dia foi o Sauber de Kamui Kobayashi, que duas corridas depois de ter ficado na primeira fila da grelha...
Na Q2, o grande momento foi o toque de Bruno Senna no muro, que deu cabo da sua suspensão traseira-direita, menos de dez minutos depois de um toque anterior, no mesmo local, com menores danos para o seu carro. Com o 17º lugar na grelha mais do que garantido, parece que não vai ser um grande fim de semana para o piloto brasileiro. E com o final da sessão, soubemos quem iriam fazer companhia a ele: o Lotus de Kimi Raikkonen, o Ferrari de Felipe Massa, o Sauber de Sergio Perez e os Toro Rosso de Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Mas no caso de Raikkonen, por exemplo, também aconteceu o mesmo que Bruno Senna: um toque no muro.
E com a chegada da Q3, com todos os candidatos à pole-position por lá - mais o Lotus de Romain Grosjean, os Mercedes e o Force India de Paul di Resta - alguns pilotos sairam para a pista mal o relógio começou a funcionar. Depois de aquecer os pneus, as primeiras voltas rápidas deram vantagem a Hamilton, com Button de Vettel atrás. Mas as voltas eram apenas uma amostra, pois a parte final é a que decidia tudo. E um dos sinais era que a Mercedes ter decidido poupar nos pneus e monopolizar a quinta fila da grelha de partida.
E assim foi. E como acontece normalmente, houve surpresas. Pastor Maldonado, ultra-veloz, mas ultra-desastrado (para não falar desmiolado...), conseguiu um surpreendente segundo lugar, à frente de toda a gente... menos de Lewis Hamilton, o "poleman" que conseguiu um tempo que o colocava quase meio segundo á frente de toda a gente (442 centésimos, para ser mais preciso). Mais um bom trabalho para a McLaren, que parece estar na mó de cima nestes últimos Grandes Prémios. Afinal de contas, são quatro pole-positions consecutivas, algo que não conseguiam desde os tempos de Mika Hakkinen e David Coulthard, em 1999. E também no fim de semana em que, 40 anos antes, em paragens canadianas, o americano Peter Revson deu à equipa a sua primeira "pole-position"...
Amanhã é dia de corrida. O meu desejo é que todos façam as primeiras curvas inteiros.
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