Três semanas depois de terem corrido em Jerez, máquinas e pilotos estavam do outro lado do Atlântico, mais concretamente na Cidade do México, para disputar o GP local, no Autódromo Hermanos Rodriguez. Havia algumas alterações no pelotão, nomeadamente a Osella ter regressado a correr com um só carro, dispensando os serviços de Franco Forini. A Coloni não foi ao México regressando apenas à Formula 1 na temporada seguinte. Na Lola-Larrousse, decidiu-se colocar um segundo carro, dando a outro francês, Yannick Dalmas, a sua oportunidade de se estrear na Formula 1.
Com três corridas para o final da temporada e 27 pontos em jogo, bastava ao líder do campeonato, Nelson Piquet, terminar a corrida no primeiro lugar e Nigel Mansell, seu companheiro de equipa e adversário no Mundial de pilotos, não pontuar, para que o brasileiro fosse para o Japão com o título no bolso. E Piquet sabia que tinha de fazer isso o quanto antes, porque o ambiente na equipa tinha-se deteriorado de tal forma, pois ele ia para a Lotus no ano seguinte e a equipa apoiava fortemente Mansell.
Na qualificação, os pilotos descobriram que o asfalto estava demasiado ondulante para o gosto deles, e isso provocou diversos acidentes, um deles envolvendo o próprio Mansell. Mas ele saiu dali com a pole-position, na frente do Ferrari de Gerhard Berger. Nelson Piquet era o terceiro, na frente do Benetton de Thierry Boutsen. Alain Prost era o quinto com o seu McLaren TAG-Porsche, na frente de do segundo Benetton de Teo Fabi. Ayrton Senna era sétimo no seu Lotus, à frente do Brabham-BMW de Riccardo Patrese. A fechar o "top ten" estavam o segundo Ferrari de Michele Alboreto e o segundo Brabham-BMW de Andrea de Cesaris.
A corrida começou de forma atribulada. Mansell partiu mal e caiu para quinto, enquanto que Piquet fica ao lado de Prost na primeira curva, acabando ambos por bater. O francês ficou pelo caminho, enquanto que o brasileiro continuou, sem danos aparentes. Atrás, havia mais confusão, com o Mclaren de Stefan Johansson, o Lotus de Satoru Nakajima e o Zakspeed de Christian Danner a acabarem cedo devido a acidentes.
Na frente, Berger somente resistiu durante uma volta, antes de ser ultrapassado por Thierry Boutsen. O belga da Benetton começou a distanciar-se, antes de ser acossado com problemas elétricos no seu motor no inicio da 14ª volta, fazendo com que Berger voltasse ao comando, pouco tempo depois da desistência de Alboreto vitima de um problema no motor. O belga acabou a sua corrida na volta seguinte, vítima de uma falha elétrica. Atrás, Piquet recuperava posições atrás de posições, tentando chegar aos pilotos da frente.
Mas a liderança de Berger teve vida curta, porque na 20ª volta - tal como Alboreto - o seu motor explode e assim, o comando cai nas mãos de Mansell. Atrás dele estavam Senna, De Cesaris, Patrese, Piquet e o Arrows de Eddie Cheever. De Cesaris sai da pista na volta 23, mas oito voltas depois, na 31ª, outro Arrows, o de Derek Warwick tem um enorme acidente na Curva Parabólica. O acidente colocou alguns pneus na pista e os organizadores foram forçados a interromper a corrida.
Quando a corrida recomeçou, na volta 33, Piquet vai para a frente de Mansell, esperando que se afastasse o suficiente para ficar com o comando da corrida, enquanto que o "brutânico" estava mais preocupado com Senna, que era o segundo quando a corrida foi interrompida. Mansell era segundo, mas controlava Piquet, não deixando afastar-se muito. Senna era o terceiro, mas na 54ª volta, sofre um pião e deixa cair o seu motor, deixando Piquet definitivamente no segundo lugar.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...