A mítica preparadora de motores Cosworth anunciou esta quarta feira que está á procura de novos compradores, depois de uma tentativa de colocar a sua empresa no mercado de ações ter sido abortada devido à incerteza na economia mundial. Apesar de no ano passado ter tido vendas na ordem de 54 milhões de libras e lucros na ordem dos cinco milhões, o facto dos seus atuais proprietários, Kevin Kalkhoven e Gerry Forsyhte, quererem livrar-se desta operação, que adquiriram em 2004 à Ford, fez atrair diversos potenciais compradores.
Segundo o jornal The Telegraph, de Londres, a Rolls Royce e a GKN são duas interessadas nas operações da preparadora, embora ainda seja incerto se desejam ficar com tudo, apenas com a parte da preparação dos motores, ou a parte do equipamento eletrónico, que está a ser bem sucedido na área da defesa. Hoje em dia pode se encontrar vários dispositivos, por exemplo, no equipamento dos soldados britânicos estacionados no Afeganistão, bem como nos drones não tripulados que o exército detêm neste momento. Se for nesse último caso, aí, a Rolls Royce é a grande favorita.
Fundada em 1958 por Mike Costin e Keith Duckworth, ficou famosa quando em 1966, a pedido de Colin Chapman e financiado pela Ford Europa, através de Walter Hayes, decidiu construir um motor V8 de três litros, batizado de DFV (Double Four Valve). Estreou-se no GP da Holanda de 1967, a bordo dos Lotus de Jim Clark e Graham Hill, vencendo logo na sua estria. Até ao GP de Detroit de 1983, às mãos do Tyrrell de Michele Alboreto, esses motores alcançaram 176 vitórias em Grandes Prémios, sendo apenas superados pela Ferrari.
A Cosworth ficou nas mãos de ambos os engenheiros até 1998, altura em que a Ford Motor Company o adquiriu e se tornou no departamento de competição da marca, colocando-o nos Stewart e depois, Jaguar. Contudo, conseguiu apenas uma vitória, em 1999, no circuito alemão de Nurburgring, às mãos de Johnny Herbert.
No final de 2004, a Ford retirou-se da Formula 1 e vendeu a Cosworth para Kalkhoven e Forsythe, para fornecer motores à Formula 1 e à CART. Contudo, saiu de cena em 2006, após não ter conseguido acompanhar os tempos na categoria máxima do automobilismo. No inicio de 2008, perdeu a CART quando esta foi comprada por Tony George e a fundiu com a IndyCar, e este não quis ter estes motores.
Contudo, dois anos mais tarde, a FIA, então dirigida por Max Mosley, decidiu incluir nas três novas equipas que entraram na categoria máxima do automobilismo, uma cláusula que os obrigava a usar esses motores. Lotus (depois Caterham), Virgin (depois Marussia) e Hispania (depois HRT), acederam ficar com esses motores, tendo depois a Caterham ter trocado por motores Renault. Desconhece-se se a Cosworth irá fornecer motores para além de 2013, quando os novos motores 1.6 Turbo entrarão em vigor na Formula 1, mas sabe-se que estão neste momento a desenvolver o seu projeto.
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