sábado, 27 de outubro de 2012
Youtube GT Crash: O acidente na partida em Paul Ricard
O campeonato francês de GT terá a sua jornada de encerramento este fim de semana no Circuito de Paul Ricard, e parece que a primeira corrida deste fim de semana teve uma partida no mínimo... atribulada. O Ferrari de Ludovic Bailey, no meio do pelotão, sofreu um toque por trás e foi direito ao muro, causando confusão que levou a outros dois pilotos, o Porsche de Philippe Gache e o Audi de Gulivert Gregory, a baterem. O carro de Gregory sofreu um principio de incêndio devidamente combatido, enquanto que os pilotos nada sofreram.
O Safety Car entrou em pista para que desse tempo para tirar os carros, e quando a prova prosseguiu, consagrou a dupla Anthony Beltoise (filho de Jean-Pierre Beltoise e sobrinho de Francois Cevért) e Henry Hassid, que foram campeões no seu Porsche. No segundo lugar ficou o Ferrari 458 de Morgan Moullin Trafford e Fabian Barthez (sim, o Barthez que foi guarda-redes da seleção francesa, na sua segunda carreira como "gentleman driver") e no lugar mais baixo do pódio, o McLaren MP4-12C guiado por Vannelet Gilles e... Sebastian Löeb.
Vi este video no blog do Paulo Abreu, o Volta Rápida.
Vi este video no blog do Paulo Abreu, o Volta Rápida.
As caricaturas nos McLaren Toons
Quem viu o último episódio dos "McLaren Toons", reparou na cena em que Nick De Vryes, piloto holandês da Formula Renault 2.0, está a admirar os quadros dos pilotos que passaram pela equipa. Confesso que não consegui identificar o primeiro piloto retratado, mas soube hoje que era o Martin Brundle, que andou na equipa em 1994 e agora é comentador na Sky Sports. Mas das caricaturas dos outros, pode ver algumas coisas interessantes. Quer no filme, quer agora, com esta foto que encontrei agora destes oito pilotos.
Aqui, pode-se ver a reverência que existe por Bruce McLaren, a frieza nórdica de Mika Hakkinen, numa atitude de desafio, em contraste com o "quadrado" David Coulthard, o "narigudo" Alain Prost e as suiças de um sorridente Emerson Fittipaldi. Em contraste, os ares mais benévolos de Ayrton Senna, Martin Brundle e Niki Lauda revelam a admiração por esses pilotos. E a mesma coisa se vê em relação a James Hunt, que se pode ver no filme. E claro, Jenson Button e Lewis Hamilton.
E se forem ver atentamente no mesmo filme, já se prepara o retrato de Sérgio Perez... e francamente, queria ver os retratos de Nigel Mansell e de Keke Rosberg, munidos dos seus bigodes. Teria a sua piada...
Menosprezo, frustração ou ciúme, Fernando Alonso?
Com a qualificação do GP da India a revelar, mais do que uma "pole-position" de Sebastian Vettel e o receio de amanhã ser um "passeio no parque" por parte do piloto alemão, que o poderá colocar no caminho de um terceiro título mundial, o seu maior rival nessa luta, Fernando Alonso, parece não ter munições para o parar nesta escalada quase imparável, agora que faltam "três corridas e meia" para o final da temporada. E já manifesta esta frustração às câmaras.
Logo a seguir à qualificação indiana, onde irá partir da quinta posição da grelha de partida, Alonso afirmou em declarações à televisão espanhola Antena 3, que luta não contra o piloto, mas sim contra o carro: "Neste momento, não lutamos contra Vettel, contra ele lutávamos quando todos tínhamos mais ou menos os carros idênticos durante todo o campeonato. Até aí, liderávamos o campeonato. Agora, lutamos contra o Adrian Newey e neste momento não podemos fazer nada contra ele", assumiu o piloto da Ferrari.
"Obviamente que tentaremos ficar à frente do Vettel, seria esse o objetivo. Mas, têm um carro que tem feito primeiro e segundo nas últimas três ou quatro corridas de forma consecutiva, pelo que é impossível lutar contra algo assim. Mas não estou preocupado, porque as coisas podem mudar rapidamente e é preciso conter a alegria dos sábados porque nos domingos pode mudar", acrescentou.
As declarações de Fernando Alonso deram algum brado na Twitterlândia, após a qualificação, onde por um lado os alonsistas deram razão ao seu ídolo, afirmando que Vettel tem uma "vantagem injusta" porque tem um projetista que faz grandes carros, mas por outro lado, muita gente classificou as suas declarações como mais uma manifestação do seu mau perder, especialmente quando a equipa já não lhe dá o carro que deseja ter, mesmo que toda a sua equipa já se orbita à sua volta, qual Sol à volta dos planetas.
Uma coisa é certa: Alonso deseja menosprezar Vettel, diminuindo a sua importância nas vitórias que tem alcançado até agora, e que o vêm batendo recordes. Provavelmente a ideia era o de fazer nervoso, mas Vettel não reagiu a mais este "soundbyte" do "Principe das Asturias". Mas mesmo assim, as declarações de Alonso cairam mal, porque dizer que foi o projetista que deu os recordes, as poles, as vitorias e os títulos, em vez de ser o piloto, é revelador de um ciúme por Sebastian Vettel, que em menos de cem Grandes Prémios, conseguiu mais do que ele.
É certo que Adrian Newey é o melhor projetista dos úlimos vinte anos, e que as suas criações na Williams, McLaren e agora Red Bull, deram títulos a Nigel Mansell, Alain Prost, Damon Hill, Jacques Villeneuve, Mika Hakkinen e agora, Sebastian Vettel. E até Ayrton Senna disse certo dia que estaria disposto a correr de graça - ironicamente, acabou por morrer. Mas se Alonso diz que todos os pilotos que guiam carros desenhados por ele, inevitavelmente acabam por ser campeões, então... o que dizer de Mark Webber, que está na Red Bull desde 2007 e não ganhou qualquer título?
Por outro lado, as declarações de Alonso podem ser lidas como um recado à Ferrari, que não tem carro para o apanhar os Red Bull. É que nos últimos dias, tem surgido noticias de que existem queixas sobre o facto de os mais recentes pacotes aerodinâmicos não satisfazerem Alonso e de haver queixas e criticas dentro de Maranello sobre coisas como o túnel de vento, que aparentemente terá de ser... recalibrado.
Em suma, o mau chassis que foi desenhado no inicio do ano e que Alonso tentou menorizá-lo, vencendo corridas a meio da época em condições extremas, voltou a aparecer. Poderiam ter contratado James Key, o projetista que esteve na Sauber no inicio do ano e projetou o excelente carro que eles têm nesta temporada, mas deixaram escapar para Faenza, sede da Toro Rosso, no lugar de Giorgio Ascanelli. Provavelmente no ano que vêm, Fernando Alonso poderá ter ao seu lado, numa grelha de partida qualquer, a companhia de Daniel Ricciardo ou de Jean-Eric Vergne...
Claro, mesmo com essas contrariedades, Alonso não perde a esperança: "Temos que fazer uma boa partida, tentar passar algum dos McLaren na largada ou na primeira reta e pressionar os Red Bull. Se tiverem uma corrida fácil e ninguém os pressionar, certamente que terão uma prova fácil, por isso há que atacar durante toda a corrida como se fosse uma qualificação para levar ao limite a mecânica dos seus carros ou qualquer coisa que possa acontecer".
Mas toda a gente já tem na cabeça a ideia de que Sebastian Vettel irá ser o tricampeão mais jovem de sempre da Formula 1. E provavelmente conquistará esse titulo em Austin, no próximo dia 18 de novembro, mesmo que Fernando Alonso não queira que isso aconteça. Vai ser um sapo dificil de engolir por parte dele, mas pode ser que até lá cresça o suficiente para ser homenzinho e aceitar a derrota.
Formula 1 2012 - Ronda 17, India (Qualificação)
Ao chegar a este dia de qualificação em paragens indianas, as apostas iam todas para o carro azul, com um touro vermelho pintado nos flancos e guiado por um jovem alemão de tenra idade, que em menos de cem corridas, está lançado no caminho da imortalidade automobilística. Poucos parecem conseguir contrariar nesta altura do campeonato, porque o carro desenhado por Adrian Newey parece ser de outra galáxia neste tipo de circuitos.
Apesar de muitos de nós sabermos como isto vai acabar, vemos a qualificação na mesma, pois queremos acreditar no inesperado. "Esperar o inesperado", é um lema que muitos de nós queremos agarrar, quando as coisas ou estão más ou estão a correr bem que queremos que não acabe nunca.
Assim sendo, a qualificação começou com calor, algum nevoeiro e pó na pista, que poderia causar alguns despistes. Depois de ver na Q1 os Ferrari e os Williams a mostrarem-se, Sebastian Vettel foi para a pista e marcou o seu tempo. No final, os que ficaram de fora foram, para além dos seis do costume, o Toro Rosso de Jean-Eric Vergne. E os esforços de alguns pilotos acabaram na gravilha, como aconteceu a Heikki Kovalainen, no seu Caterham...
Na Q2, os Red Bull fizeram a sua parte, adivinhando como isto iria acabar, enquanto que atrás, o resto fazia pela vida. Felipe Massa tinha dificuldades, mas passou para o Q3 "in extremis", tal como Sergio Perez. Mas Romain Grosjean, Michael Schumacher, Kamui Kobayashi, os Force India, Bruno Senna (saiu demasiadamente cedo para marcar o seu tempo) estes iriam ver a parte final da qualificação das boxes.
Com a Q3 em vista, provavelmente só Jenson Button, Fernando Alonso ou até Pastor Maldonado é que poderiam estragar o possivel monopólio. Se Sebastian Vettel teve um erro pouco habitual, que o fez abortar a sua primeira volta lançada, Mark Webber faz um tempo meio segundo mais veloz do que Fernando Alonso e faz a sua parte. Mas depois, Sebastian Vettel volta à pista e faz o seu tempo, conseguindo a pole-position e o terceiro monopólio consecutivo por parte dos energéticos.
E o mais interessante foram as três primeiras filas deste GP da India, um sinal da hierarquia atual: Red Bull na primeira, McLaren na segunda, Ferrari na terceira. E de um inicio louco de temporada, passamos agora para o dominio dos energéticos, um regresso à temporada anterior, e muito provavelmente, se nada acontecer a ele, como aconteceu a Fernando Alonso, o tri será de Sebastian Vettel, e muito provavelmente o comemorará a 18 de novembro, na nova pista de Austin.
Amanhã é dia de corrida. E não se esqueçam de atrasar os relógios para o horário de inverno.
Na Q2, os Red Bull fizeram a sua parte, adivinhando como isto iria acabar, enquanto que atrás, o resto fazia pela vida. Felipe Massa tinha dificuldades, mas passou para o Q3 "in extremis", tal como Sergio Perez. Mas Romain Grosjean, Michael Schumacher, Kamui Kobayashi, os Force India, Bruno Senna (saiu demasiadamente cedo para marcar o seu tempo) estes iriam ver a parte final da qualificação das boxes.
Com a Q3 em vista, provavelmente só Jenson Button, Fernando Alonso ou até Pastor Maldonado é que poderiam estragar o possivel monopólio. Se Sebastian Vettel teve um erro pouco habitual, que o fez abortar a sua primeira volta lançada, Mark Webber faz um tempo meio segundo mais veloz do que Fernando Alonso e faz a sua parte. Mas depois, Sebastian Vettel volta à pista e faz o seu tempo, conseguindo a pole-position e o terceiro monopólio consecutivo por parte dos energéticos.
E o mais interessante foram as três primeiras filas deste GP da India, um sinal da hierarquia atual: Red Bull na primeira, McLaren na segunda, Ferrari na terceira. E de um inicio louco de temporada, passamos agora para o dominio dos energéticos, um regresso à temporada anterior, e muito provavelmente, se nada acontecer a ele, como aconteceu a Fernando Alonso, o tri será de Sebastian Vettel, e muito provavelmente o comemorará a 18 de novembro, na nova pista de Austin.
Amanhã é dia de corrida. E não se esqueçam de atrasar os relógios para o horário de inverno.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Os últimos rumores da IndyCar Racing
Esta sexta-feira, a IndyCar esteve na berra com uma quantidade de rumores. Esta noite, surgiu o rumor do despedimento de Randy Bernard, o CEO da categoria (por agora desmentido), mas poucas horas antes, outro representante da categoria teve de desmentir, em declarações à Autosport, de que estava prestes a acontecer a assinatura de um contrato onde iriam receber, a partir de 2013, uma corrida em Itália.
“Enquanto estivemos em negociações com os promotores, que querem uma corrida, todas as conversas têm sido preliminares, e não há planos de realizarmos uma corrida da Indy na Itália”, declarou esse representante à publicação britânica. Isto veio contrariar as declarações de uma das representantes, Paola Manetti, que tinha dito que a assinatura de um acordo estava iminente, e que só faltava escolher um circuito para correr, entre Monza, Mugello e Imola.
Pode até acontecer que haja o desejo de trazer a IndyCar para a Europa, mais concretamente para Itália, mas não no próximo ano.
Enquanto isso, em Indianápolis, as coisas se agitaram quando a edição de hoje do "Indianápolis Business Journal" afirmou que Randy Bernard está a negociar a sua saída da Indycar e que o seu anuncio será feito dentro de duas semanas. Uma fonte da organização já desmentiu a noticia, mas o jornalista brasileiro Victor Martins afirma no seu blog que a saída de Bernard, a acontecer, poderá ter a ver com a oferta de Tony George, seu antecessor, de comprar a marca.
Essas noticias têm vindo a lume desde há algum tempo, mas até agora não tem resultado ainda em nada. Mas a saída de Bernard seria bem vista em algumas equipas, como a Andretti. Em suma, apesar de hoje as pessoas terem desmentido a pés juntos, o que é verdade hoje, amanhã poderá ser uma mentira completa.
Entretanto, duas equipas estão a negociar a sua fusão. HVM e KV Racing estão em negociações para formar uma parceria na próxima temporada, visando uma fusão para mais tarde. Assim sendo, Tony Kanaan e Simona De Silvestro podem ser companheiros de equipa no próximo campeonato.
O dono da HVM, o britânico Keith Wiggins, confirmou as negociações, nesta sexta-feira (26), mas não deu muitos detalhes.
“Não é segredo que há algumas conversas sobre colaboração, vamos colocar dessa maneira. Há muito mais equipes trabalhando juntas agora. Isso [o anúncio] vai acontecer no momento certo”, disse o dirigente à Autosport britânica.
Caso isso aconteça, isso vai fazer com que a HVM, que usou os lentos motores Lotus, pelos mais velozes Chevrolet, e a suiça De Silverstro tenha mais chances de boas classificações.
Gutierrez gostou da experiência
Substituindo um adoentado Sergio Perez, Esteban Gutierrez correu no Sauber nesta sexta-feira, nos treinos livres do GP da India, e o jovem mexicano de 21 anos - nasceu a 5 de agosto de 1991, três semanas antes da estreia de Michael Schumacher na Formula 1 - qualificou de "grande experiência" estas suas voltas no circuito de Buddh ao volante do carro do seu compatriota.
"Foi uma grande experiência substituir a Sergio [Sergio Perez] esta manhã. Hoje disfrutei desde o cockpit aquilo que vi até agora das boxes", começou por dizer Gutierrez.
"Foi interessante participar pela primeria vez num evento oficial, ao volante do C31. Obviamente, é muito diferente do que fazer testes de pista, e foi um grande desafio permanecer concentrado o tempo todo", concluiu.
Gutierrez não conseguiu mais do que o 20º tempo na sua primeira sessão de treinos livres, atrás do Caterham de Gierdo van der Garde, antes de dar o carro para Perez, que curado, fez o 12º tempo nos segundos treinos livres do dia, a pouco menos de dois segundos de Sebastian Vettel, que liderou a tabela de tempos.
O regresso do GP de França?
De quando em quando aparecem à superfície noticias sobre um possivel regresso do GP de França. Se o assunto "morreu" com a chegada do atual presidente, Francois Hollande, ao poder, quando afirmou que não estava disposto a conceder ajudas estatais para receber a Formula 1 no seu país, fosse o circuito Paul Ricard ou Magny Cours, agora com o adiamento do "Grande Prémio da America", para 2014, que iria acontecer em New Jersey.
Contudo, com o cancelamento deste Grande Prémio, o calendário terá 19 corridas, o que implica outras revisões de contratos, e isso Bernie Ecclestone não quer. Assim sendo, procura um substituto, que pode muito bem ser a Turquia, que iria regressar na base de um "one-off". Contudo, existem problemas de logistica inerentes, e agora volta a surgir a hipótese do regresso do GP de França, que não existe desde 2008, como se sabe.
O jornalista Joe Saward fala hoje no seu blog que surgiu esta semana na imprensa local uma declaração de Stéphane Clair, diretor do circuito de Paul Ricard, afirmando que existe uma hipótese de 90 por cento do regresso da Formula 1 a paragens francesas. A ser verdade, seria de saudar este regresso, mas muito provavelmente seriam os patrocinadores locais e privados que trariam de volta a corrida ao circuito que fica entre Marselha e Toulon, já que o governo afirmou que não estava disposto a investir o seu dinheiro neste evento.
Não se sabe se Magny Cours está na corrida, pois houve a hipótese de um regresso, quando o governo de Nicolas Sarkozy estava a negociar o regresso do GP francês, alternando com o GP belga, como chegou a estar em cima da mesa, mas o que se fala é que, a acontecer o regresso de França, esta aconteceria duas semanas depois do Canadá, a 23 de junho e poderia fazer com que a corrida britânica recuasse uma semana, da atual data, 30 de junho, para 7 de julho. Mas esse é o mesmo dia da final do torneio de ténis de Wimbledon, e essa hipótese pode estar descartada.
Veremos se essa hipótese se concretizará. E a acontecer, seria um "one-off" ou um contrato mais prolongado?
Youtube Rally Jump: Sardenha 2012
É raro acontecer isto, mas aconteceu. Recebi no inicio da semana, na minha "caixa do correio" do blog, um video no Youtube sobre o Rali da Sardenha, montado e feito pelo próprio autor do video. É de um lugar chamado "Miki's Jump", onde os carros dão os habituais pulos após uma lomba, e por vezes, eles dão espectáculo.
São mais de seis minutos de saltos, porque eles fizeram duas passagens pela mesma classificativa, e se pode ver aqui a quantidade de pilotos e carros que andaram por ali. Vale a pena ver os saltos e agradeço ao autor do video, o Giani Piereddu, por ter mandado o link.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Vimeo Motorsport Classic: Racing in Slow Motion, edição de outubro
O Mattzel89 colocou hoje na sua conta no Vimeo mais um dos seus "Racing In Slow Motion", relativo a este mês. Ali estão imagens em câmara lenta de corridas na NASCAR, os V8 australianos, a formula 1 e a Moto GP. São imagens bonitas, e gostei em particular do "bailado" em Surfers Paradise, com os V8 australianos.
Para ver... e rever, as vezes que forem precisas.
Noticias: Dono da Prodrive interessado na Cosworth
Sabe-se desde a semana passada que a Cosworth está à venda, e compradores não faltam, sendo que uma delas poderá ser a Rolls Royce, mais concretamente a sua divisão aeronautica. Mas a edição de hoje do jornal britânico Daily Mail fala que David Richards pode estar a considerar uma proposta para comprar a empresa, apesar de considerar que o preço que os atuais proprietários pedem atualmente ser "demasiado alto".
Dono da Prodrive e da Aston Martin, Richards deverá achar que incluir a Cosworth no seu portfólio para ter mais "armas" quer para as supas operações nos Ralis e na Endurance, mas não se sabe se a sua oferta inclui toda a empresa ou se só a divisão de preparação, já que a empresa está divivida em dois, com a outra a tratar de sistemas eletrónicos de defesa, com contratos no exército britânico, entre outros.
Fundada em 1958 pelos engenheiros Mike Costin e Keith Duckworth, preparou motores para a a competição automobilistica, especialmente a partir de 1967, quando construiu, com a ajuda da Ford, o DFV (Double Four Valve) de 3 litros que dominou a Formula 1 até à chegada dos motores Turbo. Depois de ter sido comprada pela Ford, em 1999, e de ter sido vendida em 2004 a Gerry Forsythe e Kevin Kalkhoven, estes agora pretendem vender depois de terem cancelado os seus planos para o colocarem em Bolsa, após resultados decepcionantes nas contas.
Atualmente a Cosworth fornece motores à Marussia e à HRT, mas pode ser que isso termine em 2014, quando entrarem em vigor os regulamentos dos novos motores 1.6 turbo, do qual a Cosworth não tem um plano concreto para o seu desenvolvimento.
Última Hora: Sergio Perez em dúvida para o GP da India
O piloto mexicano Sergio Perez está adoentado e poderá ser substiuido pelo seu compatriota Esteban Gutierrez no GP da India, segundo afirma a cadeia de televisão Sky. O piloto de 22 anos esteve ausente da conferência de imprensa que dá a antevisão do GP da India e a equipa colocou Gutierrez de prevenção, esperando até amanhã de manhã para tomar uma decisão.
Caso ele não recupere a tempo, será a estreia de Gutierrez, de 21 anos, na categoria máxima do automobilismo, depois de duas temporadas na GP2, onde terminou no terceiro lugar nesta temporada. E em 2010 foi o primeiro campeão da GP3, ao serviço da ART.
As primeiras imagens dos motores de 2014
No meio de todas estas noticias e de todo o trabalho que tenho tido, deixei escapar uma relativa aos motores que a Formula 1 irá ter em 2014, os 1.6 Turbo. Na segunda-feira, enquanto surgiu o rumor de que a McLaren estaria a falar com a Honda para reavivar uma parceria que durou entre 1988 e 1992, a revista online Racecar Engeneering mostrou imagens do motor Renault Turbo que a equipa espera usar dentro de dois anos.
“O projeto foi inicialmente pensado para 2013 e assim começamos a trabalhar inicialmente e formalmente o caminho de volta aos turbos em setembro de 2010″, começa por explicar Rob White, o Diretor Executivo Renault Sport F1. “Nós já desenvolvemos várias partes desse motor nos últimos meses, primeiro de tudo o que tínhamos era um único cilindro em execução para teste”, continuou.
“Nós também tivemos um motor multi-cilindro de outra arquitectura que estava sendo testado recentemente. Temos agora executar um V6 e o programa é mais ou menos alinhado com o nosso planeamento Temos uma nova aprendizagem para fazer. Aprender tudo sobre injeção direta, tudo sobre o "turbocharger" nestas novas condições e mais ainda sobre recuperação de energia cinética nesse novo modelo que é muito maior que o atualmente usado”, concluiu.
O site brasileiro Ultrapassagem, que mostra algumas das imagens do motor a 3D e de modo real, fala que apesar de não haver muitos pormenores, refere que devido ao facto de eles terem começado cedo a desenvolver este motor - lembrem-se que estes motores deveriam estar prontos em 2013 - poderá fazer com que eles já estejam em vantagem, pelo menos nos primeiros tempos. E para Red Bull, Lotus, Williams e Caterham, que têm os motores Renault, isso pode significar algo de importante nas suas performances.
5ª Coluna: O atraso no Acordo da Concórdia
No meio de todas as noticias sobre a "dança das cadeiras" para a temporada de 2013, e sobre os problemas que Vijay Mallya passa para pagar o que deve a funcionários e pilotos da Kingfisher Airlines, e do qual já ameaçaram perturbar o GP da India, marcado para este domingo, passou algo despercebido - pelo menos, não com a "pompa e circunstância" de outras noticias - a noticia de que as equipas iriam reunir-se com a FIA na sua sede, em Paris, para tratar sobre o novo Acordo de Concórdia, do qual deverá entrar em vigor a partir de 2013.
A reunião aconteceu esta segunda-feira à tarde, e apesar de nada de específico ter transpirado, todos usavam expressões como "espirito construtivo" e demonstravam optimismo em chegar depressa a um acordo. Para quem quiser entender isto de outra forma, isto quer dizer que não é agora que assinam o papel para fazer nova distribuição das receitas até 2020.
Isto ainda não é preocupante, mas quem anda a ler estas noticias, sabe que se fala desde março que a assinatura do Acordo de Concórdia está "iminente" ou que "já há acordo, so faltam pormenores". Dessa, ouviu-se da boca de Bernie Ecclestone, e vindo dele, tal coisa só pode significar mais uma forma de pressão do que vem "à letra".
Se a meio do ano, o grande problema era a Mercedes, agora para o final, o grande problema chama-se Red Bull, e o assunto em si tem a ver com o limite de custos. As equipas querem establecer um teto orçamentário para controlar custos e evitar uma espécie de "corrida ao armamento" do qual o primeiro a rebentar, ganha. Aparentemente, a Red Bull anda a gastar cerca de 230 milhões de euros para ser campeão de pilotos e construtores, enquanto que Ferrari e McLaren andam a gastar um pouco menos, entre 150 a 180 milhões de euros.
As equipas já não negoceiam em bloco - a FOTA acabada ou moribunda - e cada um está a querer "puxar a brasa à sua sardinha". Parece que a maior parte das equipas já chegou a um consenso, mas a Red Bull parece que quer reduzir gastos de outra forma, como por exemplo, o preço que se cobra pelos motores. É que se a Ferrari e Mercedes constroem os seus, a McLaren andou durante muito tempo com um acordo mais favorável com a Mercedes, que terminará no próximo ano. E a Red Bull e um mero cliente da Renault, sem privilégios de monta.
Este é um exemplo de muitos. Há outros em cima da mesa, como o calendário ou a distribuição de dinheiros. Mas numa altura em que o tempo está a contar, e vendo que nada se resolver, apesar dos "sinais encorajadores", causa-me mais preocupação do que alivio.
Aliás, se formos ver bem, qualquer um destes Acordos da Concórdia sempre foram dos mais opacos e mais secretos que conheço. As clausulas que estabelecem a distribuição dos lucros nunca foram mostrados ao público, do qual o facto da empresa "Formula 1" nunca ter estado cotada em bolsa ajuda nesse campo. Para saber dos salários de dados pilotos ou os orçamentos de determinadas equipas, temos de ver os relatórios de contas de equipas como a McLaren, Ferrari, Red Bull, Williams, etc... algumas delas cotadas em bolsas como a de Londres ou de Frankfurt. Mas para ver o panorama geral, preciso ter uma alma e paciência de contabilista para chegar a essas conclusões. E nem toda a gente tem esse espírito.
E depois temos outro factor importante: Bernie Ecclestone. No próximo dia 30 ele fará 82 anos, e este poderá ser o último Acordo que será feito durante o seu período de vida. A sensação de que ele é a "cola" que une tudo isto na Formula 1 é cada vez maior, e a ideia de que ele poderá morrer entretanto - não digo agora, mas nos próximos anos - sem um plano de sucessão a médio prazo e sem um grande plano para a Formula 1 delineado e aprovado por todos, é uma grande sombra que paira sobre todos. É certo que Jean Todt poderá querer ficar com o seu poder e recuperar aquele que tinha sido dado por Max Mosley, seu antecessor, durante o seu tempo na FIA, mas há alguns sinais de que muitos não gramam o "Napoleão". E combinando isso com a natural divergência das equipas em relação ao interesse geral da Formula 1, as coisas a médio prazo serão muito agitadas.
Daí que digo que se deve fazer um novo Acordo o mais depressa possível E depois disso se trate de coisas como a entrada da Formula 1 em Bolsa e arranjar um novo promotor a médio prazo, que seja consensual e saiba ser um digno sucessor de Bernie Ecclestone. É isso que a Formula 1 precisa, se quer continuar a ser a força que é agora.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Fibra de Carbono - Episódio 21
No 21º episódio do podcast Fibra de Carbono, estivemos a falar sobre o fim de semana perfeito de António Félix da Costa em Barcelona, ao volante de um carro da World Series by Renault, e a consequente chamada para o "rookie test" em Abu Dhabi, bem como uma chamada de atenção sobre a alguma ignorância que os canais de televisão nacionais estão a fazer em relação aos feitos do piloto de Cascais.
Também falamos sobre o adiamento do GP de New Jersey, sobre o GP da India, sobre os sarilhos onde anda Vijay Mallya e o seu grupo Kingfisher, e também se falou sobre as negociações para o novo Acordo da Concórdia e o facto de estes ainda não terem sido concluidos, pois falta menos de três meses para poder estar em vigor.
Tentem não perder este episódio, porque eu faço umas imitações mal feitas do Marcelo Rebelo de Sousa pelo meio...
Tentem não perder este episódio, porque eu faço umas imitações mal feitas do Marcelo Rebelo de Sousa pelo meio...
Tudo isto e muito mais pode ouvir a partir deste link: http://www.fibracarbono.net/podcast/episodio-21-o-professor.html
A entrevista de Felix da Costa à GP Update
O site GP Update publica esta tarde uma extensa entrevista com António Félix da Costa, onde o intitula de "Red Bull's Rising Star", ou seja "A Grande Esperança da Red Bull". Ali, o piloto de Cascais fala sobre o final de temporada da World Series by Renault, onde venceu quatro das últimas cinco corridas da categoria, que o catapultaram para o quarto lugar final. Ele, que tinha entrado na categoria apenas na quinta corrida da temporada...
Em relação o final da temporada da World Series by Renault, onde venceu as duas últimas corridas, em Barcelona, o piloto de 21 anos refere: "Foi uma maneira fabulosa para terminar a temporada. Vencendo ambas as corridas, num campeonato tão competitivo faz-me ficar contente comigo mesmo e pela a equipa. Mostrei a toda a gente aquilo que consigo fazer. Mas não posso deixar de realçar que foi um trabalho de conjunto e estes resultados são a consequência de um trabalho muito duro".
A entrevista é publicada dois dias depois de a Red Bull o ter confirmado no "Rookie Test" de Abu Dhabi, que vai acontecer no inicio de novembro. Sobre os testes que irá fazer, o piloto de Cascais está ansioso, mas ao mesmo tempo confiante: "Estou ansioso" - começou por dizer - "É o carro do campeão do mundo, e isto revela a confiança que a Red Bull está a colocar em mim. Dois dias [a guiar um carro de] F1 é sempre fantástico, mas a Red Bull é um sonho concretizado." começou por dizer.
"Por outro lado, estou aqui a trabalhar num programa especifico e não temos intenções de fazer voltas-canhão. Temos um plano e o meu trabalho é de dar "feedback" e melhorar o mais rapidamente possivel. Tenho de trabalhar duro e fazer um bom trabalho, não só para a minha carreira como para ajudar a Red Bull nestas corridas finais. Este teste pode ser importante para alcançar os títulos de Pilotos e Construtores.", concluiu.
Quando perguntado sobre a possibilidade de poder correr algumas sextas-feiras em 2013, Felix da Costa é modesto: "O meu trabalho é o de dar o melhor no campeonato em que a Red Bull achar melhor eu ficar colocado. Se me colocarem num treino livre de sexta-feira, devo fazer o meu trabalho, mas neste momento, estou a pensar em dar o meu melhor em Abu Dhabi e depois, no GP de Macau de Formula 3", terminou.
GP Memória - Japão 1977
Duas semanas depois de terem corrido no Canadá, máquinas e pilotos rumavam ao Japão, mais concretamente ao circuito de Mont Fuji, para disputarem a última prova do campeonato do mundo de 1977. Com tudo decidido, alguns pilotos e equipas resolveram deixar essa corrida de lado para poderem preparar convenientemente para a temporada que aí vinha. Assim sendo, a Williams, Hesketh, Renault e Fittipaldi não apareceram na corrida, enquanto que a March só alinhou com um carro, quando o seu segundo piloto, o sul-africano Ian Scheckter, foi barrado à entrada do aeroporto de Narita, devido a problemas com o seu visto.
Se alguns primavam-se pela ausência, outros apareciam para correr. A Ligier decidiu inscrever um segundo carro, para o francês Jean-Pierre Jarier, enquanto que apareciam três pilotos locais para disputar a corrida: os Kojima de Noritake Takahara e de Kazuyoshi Hoshino - este inscrito pela Heroes Racing - e um Tyrrell privado que seria guiado por Kunimitsu Takahashi. Ao todo, estavam inscritos 22 carros.
A qualificação resultou na pole-position por parte de Mário Andretti, no seu Lotus, que conseguiu bater o McLaren de James Hunt. A Brabham-Alfa Romeo monopolizava a segunda linha, com John Watson na frente de Hans-Joachim Stuck, enquanto que Jacques Laffite era o quinto, no seu Ligier-Matra, na frente do Wolf de Jody Scheckter. Carlos Reutemann era o sétimo, no seu Ferrari, seguido pelo segundo McLaren de Jochen Mass. A fechar o "top ten", ficaram o Surtees de Vittorio Brambilla e o Ensign de Clay Regazzoni.
A corrida começou com confusão. Hunt largou bem, mas Andretti largou mal, caindo para o sétimo posto, atrás de Stuck. Começou a fazer uma corrida de recuperação, mas esta acabou no inicio da segunda volta, quando este bateu na traseira do Ligier de Laffite. O americano desistiu na hora, com uma roda do seu Lotus a soltar-se no impacto e parar no meio da pista, onde encontrou os carros de Hans Binder e de Noritake Takahara, fazendo-os abandonar a corrida.
Mais confusão houve na sexta volta seguintes, quando o Ferrari de Gilles Villeneuve, com problemas de travões, não conseguiu travar a tempo e atingiu em cheio o Tyrrell de Ronnie Peterson, catapultando-se e indo para fora de pista. Os destroços atingiram duas pessoas que estavam em zona proibida um comissário de pista e um fotógrafo, matando-os. Apesar de tudo, a corrida não foi interrompida.
Nas voltas seguintes, o ponto de interesse foi a luta pelo segundo posto, entre Watson e Mass. As coisas rolaram assim até na volta 28, quando o motor de Mass explode. Na volta seguinte, a caixa de velocidades do carro de Watson cede também, deixando Scheckter no segundo lugar. Contudo, o sul-africano estava a ser assediado por Regazzoni, que o passou pouco depois. Mas na volta 43, o motor do piloto suiço rebenta, deixando Reutemann (que entretanto tinha passado Scheckter) no segundo posto. Mas o Ferrari do argentino dura pouco tempo nesse lugar, porque é ultrapassado por Laffite.
Na parte final da corrida, Scheckter atrasa-se e fica de fora dos pontos, enquanto que Laffite parecia ir a caminho de um segundo lugar, mas na penultima volta fica sem gasolina. Valeu ter percorrido distância suficiente para ficar com o quinto lugar final.
Na frente, imperturbável, estava James Hunt, que cruzou a meta como vencedor. Carlos Reutemann foi o segundo, na frente de Patrick Depailler, no seu Tyrrell. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Shadow de Alan Jones, o Ligier de Jacques Laffite e o segundo Shadow de Riccardo Patrese, a primeira vez que conseguia pontuar na sua carreira. Mas no pódio, apenas Depailler é que apareceu, pois os outros dois pilotos, Hunt e Reutemann, estavam com pressa para chegar a Tóquio a tempo de apanhar o avião para fora dali. Como resultado, ambos foram multados pela FIA.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Uma conversa de Formula 1
Este domingo estava a ler, por acaso, uma comentário que me deixaram no blog e decidi pesquisar de onde aquilo vinha. Acabei por descobrir um blog que tinha começado precisamente naquele dia, onde falava de Fernando Alonso e Sebastian Vettel, de uma maneira algo melhor do que a minha. Gostei do que li e mandei-lhe uma mensagem a dizer isso e a incentivar para continuar.
Pensava que isto acabaria por ali, mas depois escreveu mais dois posts, um deles sobre Luigi Chinetti, o italo-americano (mais antigo que Mário Andretti!) que venceu três edições das 24 Horas de Le Mans, um deles a bordo de uma Ferrari e depois se tornou no importador da marca nos Estados Unidos e funadador da North American Racing Team (NART).
Depois disso, aconselhei-o a continuar e a espalhar-se pelas redes sociais, como o Twitter e o Facebook, criando uma conta em ambos. Ele assim o fez, e depois disso, o mínimo que posso fazê-lo é apresentá-lo ao mundo.
Ele chama-se João Claudio, estuda biologia em Campinas e decidiu fazer um blog chamado "Conversa de Formula 1". Vai ser interessante segui-lo, quer no seu blogue, quer na sua página do Facebook, quer no seu Twitter. Tem futuro, espero que saiba o que fazer dele.
Youtube Onboard: Uma volta em Austin
A Formula 1 vai agora para a Índia mas há muitas expectativas em relação à corrida do dia 18 de novembro, no Circuit of the Americas (COTA), nos arredores de Austin, no Texas, cenário daquilo que vai ser o primeiro Grande Prémio dos Estados Unidos num circuito desde 1980, quando foi da última vez que correram em Watkins Glen.
Hermann Tilke parece ter caprichado no desenho do COTA, pois pelo onboard que Mário Andretti fez ao circuito, esta segunda-feira, a bordo do seu Lotus 79 que lhe deu o seu título mundial, no já muito distante ano de 1978, parece ser um circuito desafiador e muito interessante de se ver.
E ele próprio confirma: "É tudo o que eu esperava e muito mais, uma pista fenomenal. Possui todas as características que um piloto poderia querer, com oportunidades de ultrapassagem na hora de negociar curvas lentas. Fica claro que o projeto foi muito bem pensado”, elogiou a lenda italo-americana de 72 anos.
Eis o video de uma lenda, a bordo de uma lenda do automobilismo.
E ele próprio confirma: "É tudo o que eu esperava e muito mais, uma pista fenomenal. Possui todas as características que um piloto poderia querer, com oportunidades de ultrapassagem na hora de negociar curvas lentas. Fica claro que o projeto foi muito bem pensado”, elogiou a lenda italo-americana de 72 anos.
Eis o video de uma lenda, a bordo de uma lenda do automobilismo.
GP Memória - Japão 1992
Um mês depois de terem corrido em paragens portuguesas, máquinas e pilotos estavam do outro lado do mundo, mais concretamente no circuito de Suzuka, para correr o GP do Japão, penúltima prova de uma temporada dominada pela Williams. Nos dias que tinham antecipado a corrida japonesa, havia muitas jogadas de bastidores, com os rumores a correrem fluidos pelo "paddock".
Primeiro que tudo, o britânico Nigel Mansell, que tinha dito que iria para os Estados Unidos, estava em negociações avançadas para correr na principal equipa da categoria, a Newman-Haas, ao lado do seu ex-companheiro de equipa nos tempos da Lotus, Mário Andretti. Na McLaren, com a Honda a anunciar que iria embora de vez da Formula 1, Ron Dennis queria assegurar os motores da Renault, ficando com o contrato da Ligier, enquanto que negociava com o americano Michael Andretti, filho de Mário, e com o finlandês Mika Hakkinen, da Lotus. Isto porque... Ayrton Senna pensava em fazer o mesmo que Alain Prost: um ano sabático.
Primeiro que tudo, o britânico Nigel Mansell, que tinha dito que iria para os Estados Unidos, estava em negociações avançadas para correr na principal equipa da categoria, a Newman-Haas, ao lado do seu ex-companheiro de equipa nos tempos da Lotus, Mário Andretti. Na McLaren, com a Honda a anunciar que iria embora de vez da Formula 1, Ron Dennis queria assegurar os motores da Renault, ficando com o contrato da Ligier, enquanto que negociava com o americano Michael Andretti, filho de Mário, e com o finlandês Mika Hakkinen, da Lotus. Isto porque... Ayrton Senna pensava em fazer o mesmo que Alain Prost: um ano sabático.
Mas no meio dos rumores, as certezas: a Ferrari tinha dispensado Ivan Capelli das duas últimas corridas do ano, subsituindo-o pelo seu compatriota Nicola Larini, piloto de testes da marca, ao mesmo tempo que anunciava ter voltado a contratar Gerhard Berger, depois de uma primeira passagem entre 1987 e 1989. Na Benetton, Riccardo Patrese iria ficar ao lado de Michael Schumacher na temporada seguinte, indo para o lugar de Martin Brundle.
Na March, a falta de dinheiro fez com que decidiram dispensar mais cedo o austriaco Karl Wendlinger (que já tinha assinado para o novo projeto da Sauber) e no seu lugar contrataram o veterano holandês Jan Lammers, que regressava à Formula 1 batendo um recorde: era o piloto que tinha ficado mais tempo ausente entre corridas, dez anos ao todo.
A qualificação foi decidida na primeira sessão, porque na segunda, que decorreu no sábado, aconteceu debaixo de chuva torrencial. E assim sendo, o melhor foi Nigel Mansell, que foi melhor do que Riccardo Patrese. A segunda fila tinha os McLaren de Ayrton Senna e Gerhard Berger, enquanto que na terceira estavam o Benetton de Michael Schumacher e o Lotus de Johnny Herbert, que conseguira ficar na frente do seu companheiro, Mika Hakkinen. Eric Comas era o oitavo, no seu Ligier-Renault, enquanto que a fechar o "top ten" estavam o Tyrrell-Ilmor de Andrea de Cesaris e o segundo Ligier-Renault de Thierry Boutsen.
Os Ferrari tinham batido em baixo: Nicola Larini era 11º, usando um carro com suspensão ativa, enquanto que Jean Alesi não tinha passado do 15º posto na grelha.
A corrida começou com Mansell a afastar-se velozmente do resto do pelotão. Tão velozmente que no final da primeira volta tinha um avanço de três segundos sobre Patrese. Senna era o terceiro, mas no inicio da terceira volta, o seu motor Honda explode e a sua corrida termina muito mais cedo do que previa. Berger herda o terceiro lugar, mas pouco depois, vai às boxes, acabando por voltar à pista atrás de Schumacher e dos dois pilotos da Lotus. Contudo, foi por pouco tempo, porque Berger viu Schumacher (na volta 13) e Herbert (na 15ª volta) a abandonarem devido a problemas na caixa de velocidades.
Na volta 22, Mauricio Gugelmin bateu forte com o seu Jordan-Yamaha perto da zona das boxes e Mansell passou por cima dos destroços, correndo o risco de furo. Parou imediatamente nas boxes e isso foi seguido por mais alguns dos pilotos da frente, beneficiando Berger e o Benetton de Martin Brundle, que tinham ido mais cedo às boxes e ficaram na pista. Mas isso não afetou os que iam na frente, pois Mansell e Patrese já tinham um avanço considerável.
Mas na volta 36, Mansell começa a ter problemas com o funcionamento do seu carro. Primeiro veio lentamente, e Patrese aproveitou para ficar com o primeiro lugar. O carro de Mansell voltou a funcionar e tentou apanhar o piloto italiano, mas na volta 42, o motor foi-se de vez e Patrese ficou mais confortável na liderança.
No final, Patrese conseguia por fim a sua primeira vitória da temporada, na frente de Berger e de Martin Brundle. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Tyrrell de Andrea de Cesaris, o Ferrari de Jean Alesi e o Minardi de Christian Fittipaldi, que conseguia assim o seu primeiro ponto da sua carreira.
A qualificação foi decidida na primeira sessão, porque na segunda, que decorreu no sábado, aconteceu debaixo de chuva torrencial. E assim sendo, o melhor foi Nigel Mansell, que foi melhor do que Riccardo Patrese. A segunda fila tinha os McLaren de Ayrton Senna e Gerhard Berger, enquanto que na terceira estavam o Benetton de Michael Schumacher e o Lotus de Johnny Herbert, que conseguira ficar na frente do seu companheiro, Mika Hakkinen. Eric Comas era o oitavo, no seu Ligier-Renault, enquanto que a fechar o "top ten" estavam o Tyrrell-Ilmor de Andrea de Cesaris e o segundo Ligier-Renault de Thierry Boutsen.
Os Ferrari tinham batido em baixo: Nicola Larini era 11º, usando um carro com suspensão ativa, enquanto que Jean Alesi não tinha passado do 15º posto na grelha.
A corrida começou com Mansell a afastar-se velozmente do resto do pelotão. Tão velozmente que no final da primeira volta tinha um avanço de três segundos sobre Patrese. Senna era o terceiro, mas no inicio da terceira volta, o seu motor Honda explode e a sua corrida termina muito mais cedo do que previa. Berger herda o terceiro lugar, mas pouco depois, vai às boxes, acabando por voltar à pista atrás de Schumacher e dos dois pilotos da Lotus. Contudo, foi por pouco tempo, porque Berger viu Schumacher (na volta 13) e Herbert (na 15ª volta) a abandonarem devido a problemas na caixa de velocidades.
Na volta 22, Mauricio Gugelmin bateu forte com o seu Jordan-Yamaha perto da zona das boxes e Mansell passou por cima dos destroços, correndo o risco de furo. Parou imediatamente nas boxes e isso foi seguido por mais alguns dos pilotos da frente, beneficiando Berger e o Benetton de Martin Brundle, que tinham ido mais cedo às boxes e ficaram na pista. Mas isso não afetou os que iam na frente, pois Mansell e Patrese já tinham um avanço considerável.
Mas na volta 36, Mansell começa a ter problemas com o funcionamento do seu carro. Primeiro veio lentamente, e Patrese aproveitou para ficar com o primeiro lugar. O carro de Mansell voltou a funcionar e tentou apanhar o piloto italiano, mas na volta 42, o motor foi-se de vez e Patrese ficou mais confortável na liderança.
No final, Patrese conseguia por fim a sua primeira vitória da temporada, na frente de Berger e de Martin Brundle. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Tyrrell de Andrea de Cesaris, o Ferrari de Jean Alesi e o Minardi de Christian Fittipaldi, que conseguia assim o seu primeiro ponto da sua carreira.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Um milionário em sarilhos
Ler noticias sobre a situação periclitante do milionário indiano Vijay Mallya já se tornou demasiado habitual por estes dias, especialmente desde que em setembro, a autoridade indiana de aviação decidiu "pousar no solo" - leia-se, proibi los de voar - os aviões da sua companhia aérea de baixo custo, a Kingfisher Airlines.
Há cerca de dez dias, falei do caso das autoridades judiciais de Hyderabad terem emitido um mandato de captura contra Mallya devido a pagamentos sem cobertura de alguns cheques emitidos para o pagamento de taxas aeroportuárias. O caso ficou resolvido com o pagamento em dinheiro do valor em dívida e consequentemente, o cancelamento desse mandato de captura. Mas há mais casos, e alguns com contornos de drama: a maior parte dos funcionários tem sete meses de salários em atraso, e já se começam a ouvir, aqui e ali, casos de suicidio.
O Joe Saward diz hoje no seu blogue que neste fim de semana do GP da India, um grupo de funcionários irá atrás de Mallya para ver se ele paga o que deve. E isso, na India, tem um nome: dharna. Em poucas palavras, isso significa que um grupo de pessoas irá fazer greve de fome à porta do devedor, e este jejum só acabará no momento em que este salde as suas dívidas. E a ideia, claro é de chamar a atenção da Formula 1 sobre os problemas que passam. E como Mallya gosta muito de passear ao pé das câmaras de televisão...
Uma hospedeira disse o que pensava, em declarações ao jornal Hindustan Times: “Que opção é que nos deixam? Estamos todos com sérios problemas, enquanto que a familia (Mallya e o seu filho Siddharth) passeiam por aí, sem serem perturbados. Na realidade, com o estuilo de vida que eles exibem, estão a gozar com a nossa situação miserável".
Parece que vai ser mais uma situação perturbadora na Formula 1...
Uma hospedeira disse o que pensava, em declarações ao jornal Hindustan Times: “Que opção é que nos deixam? Estamos todos com sérios problemas, enquanto que a familia (Mallya e o seu filho Siddharth) passeiam por aí, sem serem perturbados. Na realidade, com o estuilo de vida que eles exibem, estão a gozar com a nossa situação miserável".
Parece que vai ser mais uma situação perturbadora na Formula 1...
Noticias: Red Bull confirma Felix da Costa em Abu Dhabi
A noticia já era esperada desde há algumas semanas, mas esta manhã foi confirmado: a Red Bull irá levar António Felix da Costa ao Rookie Test de Abu Dhabi, que vai acontecer entre os dias 6 e 8 de novembro, tendo a seu lado o vencedor da WSR em 2012, o holandês Robin Frijns.
Segundo se conta na noticia, o piloto português andará dois dias com o RB8, pilotado habitualmente por Sebastian Vettel e Mark Webber, antes de entregar o carro para Frijns, que também irá testar pela Sauber durante dois dias, nesse mesmo teste.
O teste com a Red Bull será, naturalmente, uma recompensa pelo facto das suas vitórias nesta temporada, quer na GP3, quer na World Series by Renault, onde conseguiu cinco vitórias, duas pole-positions e sete pódios nos últimos quatro fins de semana duplos da temporada de 2012 desta competição no qual chegou a meio e teve tempo de terminar no quarto lugar da classificação geral.
O próximo Cristiano Ronaldo e a ignorância da televisão portuguesa
O grande fim de semana que António Félix da Costa teve em Barcelona, na ronda final da World Series by Renault, foi comemorado por todos os que seguem a carreira do piloto de Cascais, atualmente com 21 anos. E nos jornais e restantes sítios especializados, foi devidamente comemorado, fazendo com que as pessoas que seguem a sua carreira estejam cada vez mais convictos que ele irá chegar, graças ao apoio da Red Bull, à categoria máxima do automobilismo, e se calhar já em 2013.
Contudo, fora do panorama mais especifico, poucas linhas foram dadas a ele nos jornais, e na televisão, a ignorância é total. Nem uma palavra, nem uma referência, nem numa nota de rodapé nas televisões nacionais, e isso fez com que um amigo meu, o João Pedro Quesado, decidisse escrever um e-mail, dirigido às televisões nacionais, demonstrando a sua indignação pelo facto destes ignorarem "olimpicamente" o feito de Felix da Costa. Perguntei a ele se podia colocar a mensagem aqui e ele disse que sim. Eis a mensagem na íntegra.
"A minha crítica incide num tema sobre o qual ninguém parece querer expressar. A falta de cobertura da RTP, da SIC e da TVI à carreira muito bem-sucedida de António Félix da Costa continua a ser uma falha, na minha opinião, flagrante.
Félix da Costa já obteve esta temporada sete vitórias: três no campeonato GP3 Series e quatro no campeonato Fórmula Renault 3.5, das World Series by Renault. No entanto, nenhuma delas foi notícia.
E eu pergunto porquê? Há alguma coisa de menos importante nestas vitórias ou que vos impeça de dar estas notícias tão positivas!? Um piloto que, apesar do seu enorme talento, mal é conhecido no seu país de origem. Um piloto que está a trilhar com passos de gigante o seu caminho para a Fórmula 1, e que conta com o apoio de apenas a vigésima parte do seu país, pois o resto não sabe.
A responsabilidade desta ignorância é da comunicação social. São vocês que são responsáveis por informar a população do nosso país e, no entanto, escolhem ignorar ou nem sequer se dão ao trabalho de querer saber. O que é que o futebol tem mais que o desporto motorizado? O que é que tem mais que todos os outros desportos? Já não chega de futebol? Eu sei que é o que vos dá audiências. Mas se vocês continuarem a agir assim, estão a formar uma geração que está completamente formatada para o futebol. A comunicação social devia ser a plataforma para que as pessoas possam escolher aquilo que gostam e apoiam, e não um sitio que escolhe informações sempre sobre as mesmas coisas. O que vocês fazem é como dizer às pessoas que as outras coisas não existem.
Volto a dizer: António Félix da Costa é um talento português a caminho da F1. Ele é um português que tem grande sucesso neste momento. UM PORTUGUÊS! Num tempo em que nem a nossa Selecção Nacional consegue dar alegrias ao povo português, que tal informar Portugal da carreira deste piloto para que o país possa assistir à sua chegada à Fórmula Um!? Ele é um piloto que é elogiado internacionalmente. O seu estilo de condução e o seu talento têm-lhe valido vários sucessos e agora, com o apoio da Red Bull, ele está em alta! E é uma vergonha que tão pouca gente em Portugal o conheça.
Espero que não ignorem isto, pois se não vir efeitos, vou continuar a insistir. A próxima corrida de Félix da Costa é o GP de Macau, de 15 a 18 de Novembro. Espero que cubram o evento. Para que possam informar verdadeiramente o povo."
Volto a dizer: António Félix da Costa é um talento português a caminho da F1. Ele é um português que tem grande sucesso neste momento. UM PORTUGUÊS! Num tempo em que nem a nossa Selecção Nacional consegue dar alegrias ao povo português, que tal informar Portugal da carreira deste piloto para que o país possa assistir à sua chegada à Fórmula Um!? Ele é um piloto que é elogiado internacionalmente. O seu estilo de condução e o seu talento têm-lhe valido vários sucessos e agora, com o apoio da Red Bull, ele está em alta! E é uma vergonha que tão pouca gente em Portugal o conheça.
Espero que não ignorem isto, pois se não vir efeitos, vou continuar a insistir. A próxima corrida de Félix da Costa é o GP de Macau, de 15 a 18 de Novembro. Espero que cubram o evento. Para que possam informar verdadeiramente o povo."
O meu conhecimento de jornalismo, bem como as suas manhas, permitem-me dizer em resposta é que "good news is no news", e que neste país, o "desporto" é futebol, e mesmo aí de divide em quatro categorias: Benfica, Porto, Sporting e Cristiano Ronaldo.
E o melhor exemplo disso tem a ver com os atletas que representam Portugal nos Jogos Olímpicos Ignorados durante três anos e onze meses, lembram-se durante os dezesseis dias que duram o evento, pedindo coisas que em muitos aspectos são absolutamente irrealizáveis, como o de ganhar medalhas. Quando as coisas não correm bem, há uma discussão e um debate público sobre o que se deve fazer para melhorar as performances, mas é uma discussão que desaparece ao fim de dez dias, para depois reaparecer quatro anos mais tarde.
Em segundo lugar, com um país em crise, onde se pensa mais com a carteira do que com aquilo que é realmente noticia, só começarão a falar dele quando chegar à Formula 1. E só será noticia quando ele vencer na categoria máxima do automobilismo.
E o melhor exemplo disso tem a ver com os atletas que representam Portugal nos Jogos Olímpicos Ignorados durante três anos e onze meses, lembram-se durante os dezesseis dias que duram o evento, pedindo coisas que em muitos aspectos são absolutamente irrealizáveis, como o de ganhar medalhas. Quando as coisas não correm bem, há uma discussão e um debate público sobre o que se deve fazer para melhorar as performances, mas é uma discussão que desaparece ao fim de dez dias, para depois reaparecer quatro anos mais tarde.
Em segundo lugar, com um país em crise, onde se pensa mais com a carteira do que com aquilo que é realmente noticia, só começarão a falar dele quando chegar à Formula 1. E só será noticia quando ele vencer na categoria máxima do automobilismo.
Também tenho uma teoria mais pessoal: tudo que não aparece no "Correio da Manhã" (CM), o jornal mais lido deste país, não merece nas televisões. Portanto, para que Felix da Costa comece a ser visto, o CM tem de fazer uma manchete numa segunda-feira de manhã, em vez do "crime de faca na liga" em Alguidares de Baixo. Ou então, que a Rita Pereira ou alguma atriz dos Morangos com Açucar apareça em festas como sendo a namorada dele. E que eu saiba, o "coração" de Felix da Costa já tem dono...
Mas passando para coisas sérias, o jornalismo dos dias de hoje é um de gabinete. E não falo só das TV's, falo das rádios e dos jornais. Quando leio meia dúzia de linhas sobre os bons resultados de Felix da Costa na GP3 ou na World Series by Renault num jornal desportivo como "A Bola", por exemplo, vejo que o mal não vêm só das televisões, mas é geral. Tirando a excepção das entrevistas e das publicações especializadas, que nos "salvam o dia", nunca vi um seguimento sério dos feitos de Felix da Costa por parte da imprensa "mainstream" portuguesa. É o jornalismo que temos, que fazem com que os entendidos ou os que querem seguir a carreira do "Formiga" por curiosidade e admiração tenham de recorrer ao Facebook ou a sitios mais "marginais", como este, para saber alguma novidade sobre ele.
E quando digo que é um "jornalismo de gabinete", o melhor exemplo disso é a ausência de coisas como uma "Grande Reportagem", onde as pessoas partem à aventura para contar histórias vindas de lugares distantes. Mas isso é outra história que merece outro post. Mas mesmo aqui pode-se encontrar algo que se pode aplicar no caso de Felix da Costa: que eu saiba, não vi qualquer enviado especial de rádio, TV ou jornal em Barcelona, para o acompanhar neste fim de semana. E Barcelona fica do outro lado... da Peninsula Ibérica.
Em suma: uma combinação de ignorância, comodismo e desinteresse resultam nisto que estão a ver. Mas não é só aqui em Portugal que tal coisa se passa. Acontece em todos os páises, em qualquer sociedade onde os "mass media", principalmente os grandes grupos económicos, pensam mais no dinheiro do que dar noticias feitas por eles mesmos porque "fazem gastar dinheiro". E depois não se admirem que, aos poucos e poucos, este jornalismo se erode porque as novas gerações vão à procura de novas fontes, aquelas que dão aquilo que procuram.
Um dia, iremos ver Felix da Costa a fazer abertura de Telejornais na TV portuguesa, isso é certo. Mas temo que isso aconteça quando não tem mais qualquer hipótese de o ignorar, como será quando chegar à Formula 1, ou algo mais. E provavelmente, depois de verem a manchete do "Correio da Manhã"...
E quando digo que é um "jornalismo de gabinete", o melhor exemplo disso é a ausência de coisas como uma "Grande Reportagem", onde as pessoas partem à aventura para contar histórias vindas de lugares distantes. Mas isso é outra história que merece outro post. Mas mesmo aqui pode-se encontrar algo que se pode aplicar no caso de Felix da Costa: que eu saiba, não vi qualquer enviado especial de rádio, TV ou jornal em Barcelona, para o acompanhar neste fim de semana. E Barcelona fica do outro lado... da Peninsula Ibérica.
Em suma: uma combinação de ignorância, comodismo e desinteresse resultam nisto que estão a ver. Mas não é só aqui em Portugal que tal coisa se passa. Acontece em todos os páises, em qualquer sociedade onde os "mass media", principalmente os grandes grupos económicos, pensam mais no dinheiro do que dar noticias feitas por eles mesmos porque "fazem gastar dinheiro". E depois não se admirem que, aos poucos e poucos, este jornalismo se erode porque as novas gerações vão à procura de novas fontes, aquelas que dão aquilo que procuram.
Um dia, iremos ver Felix da Costa a fazer abertura de Telejornais na TV portuguesa, isso é certo. Mas temo que isso aconteça quando não tem mais qualquer hipótese de o ignorar, como será quando chegar à Formula 1, ou algo mais. E provavelmente, depois de verem a manchete do "Correio da Manhã"...
GP Memória - México 1967
O campeonato do mundo de 1967 era um assunto que tinha de ser resolvido entre dois candidatos ao título, ambos curiosamente da mesma equipa: a Brabham. Dennis Hulme era o lider, com cinco pontos de avanço sobre Jack Brabham, o segundo classificado. Apesar de patrão e empregado estarem em luta direta, não havia hierarquias, era apenas "que vencesse o melhor piloto".
O neozelandês, com 47 pontos, estava na melhor situação, bastando apenas ser quarto classificado para comemorar o campeonato. Para o australiano, com 42 pontos, a situação não estava boa, e para piorar as coisas, caso pontuasse, teria de deixar cair dois pontos, pois tinha alcançado o limite de corridas onde poderia pontuar. Assim sendo, Brabham só seria campeão se vencesse e Hulme abandonasse a corrida.
A grande novidade neste Grande Prémio era que a Ferarri iria colocar um segundo carro, para o britânico Jonathan Williams. Na Cooper, Jochen Rindt decidiu abandonar a equipa antecipadamente, ele que já se tinha decidido juntar à Brabham, no lugar de... Hulme. É que este tinha decidido aceitar o convite do seu compatriota Bruce McLaren para correr na sua equipa, não só na Formula 1, como na Can-Am e nas corridas americanas, nomeadamente as 500 Milhas de Indianápolis.
Mas se a Cooper tinha perdido Rindt, em compensação, via regressar Pedro Rodriguez, já recuperado de um acidente que tinha sofrido a meio do ano em Enna-Pergusa, numa corrida de Formula 2.
A qualificação resultou na pole-position para Jim Clark, no seu Lotus-Cosworth, seguido pelo Ferrari de Chris Amon. Dan Gurney era o terceiro, no seu Eagle, seguido pelo segundo Lotus de Graham Hill. Jack Brabham e Dennis Hulme eram respectivamente quinto e sexto classificados, comn John Surtees a ser o sétimo na grelha. Bruce McLaren era o oitavo, e a fechar o "top ten" estavam o Lotus de Moisés Solana e o Cooper-Maserati de Jo Siffert, inscrito pela Rob Walker Racing.
A corrida começou com Amon e Hill na frente, aproveitando a lenta partida de Clark. Isso foi o suficiente para que Gurney tocasse nele. Ambos os carros prosseguiram, mas o americano tinha um buraco no radiador, que o fez abandonar à quarta volta. O escocês cedo apanhou o ritmo e aproximou-se de Amon, para o passar. Pouco tempo depois, foi a vez de Hill ser apanhado por Clark e o ultrapassar, ficando na liderança. Hill acabaria por desistir na volta 18, vítima de uma avaria na transmissão do seu carro.
Atrás, Brabham tinha chegado ao terceiro lugar, mas Hulme ficava atrás dele, em marcação ao seu patrão. À medida que as voltas passavam, tornava-se evidente que nem Brabham se aproximava de Amon e Clark, nem Hulme se afastava dele. Logo, o campeonato se desenhava cada vez mais a favor do neozelandês.
Perto do final, Amon começou a ter problemas com o seu motor, que começava a funcionar mal. Tinha pouca gasolina no seu carro e acabou por ser passado pelos Brabham antes de Clark cortar a meta. Por essa altura, com quase com um minuto e meio de vantagem, o escocês vencia pela segunda vez consecutiva, igualando o recorde de Juan Manuel Fangio, de 24 corridas. Brabham e Hulme ocuparam o pódio, com o neozelandês a conseguir 51 pontos e a dar à Nova Zelândia o seu primeiro título de campeão.
Amon tinha cortado a meta no quinto lugar, mas os comissários não contabilizaram a sua última volta, que o consideraram demasiado lenta, e caiu para o nono lugar da geral. Assim, nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Honda de John Surtees, o BRM de Mike Spence e o Cooper de Perdo Rodriguez.