A sétima etapa do Rali Dakar fez sair os concorrentes de Calama, no Chile, para Salta, na Argentina, e numa etapa em alta altitude - na ordem dos 4000 metros, ficou marcada pelo acidente mortal do motard francês Thomas Bourgin, de 25 anos, que foi vitimado pela colisão com um carro da policia chilena, na ligação para a etapa cronometrada. Apesar de assistido de imediato, acabou por não resistir aos ferimentos. Bourgin estava a fazer o seu primeiro Dakar e era o 68º da geral.
Nos automóveis, a etapa foi marcada pelo equilibrio. Stephane Peterhansel, Nasser Al Attiyah e Robby Gordon lutaram pela vitória na etapa, com o francês da Mini a levar a melhor, com dois minutos de diferença para o Buggy do qatari. Guerlain Chicherit foi o segundo na etapa, seguido por Robby Gordon, no seu Hummer. Nasser Al-Attiyah foi o quinto, atrás do argentino Orlando Terranova. Já Carlos Sousa foi o nono na etapa com o seu Great Wall.
Na classificação, Stéphane Peterhansel aumentou ainda mais a margem que detém no comando da prova, ficando agora a três minutos e 14 segundos sobre o buggy de Nasser Al-Attiyah. Giniel de Villiers é o terceiro no seu Toyota, a 44 minutos e três segundos, na frente do russo Leonid Novistkiy, no seu Mini, a 48 minutos e 54 segundos. Carlos Sousa é décimo, a duas horas e sete minutos do líder, mas está a menos de cinco miunutos do oitavo posto.
Nas motos, e apesar desta etapa ficar marcada pela morte de Thomas Bourgin, o melhor foi Kurt Caselli, que venceu na frente do chileno "Chaleco" Lopez Contardo. O líder da prova, Olivier Pain, foi terceiro, a um minuto e um segundo, com o melhor português a ser Rúben Faria, quinto classificado, numa etapa onde Cyril Després teve problemas na sua caixa de velocidade do seu KTM e perdeu cerca de treze minutos. Hélder Rodrigues, no seu Honda, voltou aos maus resultados e foi apenas 19º, enquanto que Paulo Gonçalves foi o 23º a cortar a meta.
“A etapa de hoje não tinha qualquer tipo de dificuldade ao nível de navegação, era muito rápida e em pista bem definida. Tentei ser rápido, mas a altitude condicionou o andamento. Para além disso é importante ter sempre em linha de conta que estamos a meio de uma etapa maratona e que portanto me vai caber tratar da mecânica da moto, sem poder contar com o apoio da nossa habitual estrutura de assistência”, salientou à chegada a Salta o piloto da Honda.
“Apesar do meu resultado obviamente que não posso estar contente pois com o problema que o Cyril teve tudo vai ser diferente a partir de agora. Hoje foi uma Etapa bastante rápida e de fácil navegação. Tive de parar para ajudar o Cyril mas nada podia fazer e ele deu-me luz verde para arrancar e atacar. A partir desse momento foi sempre a recuperar. Apesar da altitude a minha KTM este perfeita! Grande moto! Um abraço para todos”, disse Ruben Faria no final da etapa.
Na geral, Pain destaca-se, com seis minutos e seis segundos sobre Chaleco Lopez Cotardo, e David Casteu é o terceiro, a seis minutos e 37 segundos do líder. Ruben Faria é agora o quarto, com quase cinco minutos na frente de Cyril Després.
O Rally Dakar continua amanhã entre Salta e San Miguel de Tucuman, na Argentina, em véspera do dia de descanso, num percurso de 779 quilómetros, 491 dos quais em setor cronometrado.
O Rally Dakar continua amanhã entre Salta e San Miguel de Tucuman, na Argentina, em véspera do dia de descanso, num percurso de 779 quilómetros, 491 dos quais em setor cronometrado.
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