Uma boa parte da imprensa atual têm um grande problema: arranjar noticias para "encher buracos". Sejam eles em termos políticos, sociais e desportivos. Daí a popularidade do mexerico: muita tinta escrita para nada. É oco, vazio.
Digo isto na sequência das noticias vindas na Grã-Bretanha sobre Mark Webber. Um jornal decidiu fazer manchete no final de semana passado com a noticia de que ele já tinha dito a amigos dele que iria abandonar a Formula 1 no final da temporada para aceitar o contrato com a Porsche para correr na sua equipa de Endurance e tentar vencer as 24 horas de Le Mans e o campeonato do mundo WEC. Nada de especial nisso, a não ser que a fonte é... um jornal tabloide, o Daily Star.
O problema é separar o "trigo do joio". Porque no jornalismo é tudo feito com pressa e com o objetivo de "preencher espaços", qualquer porcaria que se cospe no ar é aproveitável, e assim, vê-se mais especulação do que factos. E isso é uma chatice, porque como sabem, o que não falta são "carneiros" que metem esse tipo de noticias que é para atrair pessoal para os seus sítios.
É certo que o episódio da Malásia colocou tudo em causa, e sabe-se também o que aconteceria se o segundo lugar na Red Bull ficasse de repente em aberto. As especulações que se fariam com esse lugar, as noticias que seriam feitas para - mais uma vez - encher lugares e atrair pessoas, até que o anuncio seja feito. Só que esses dois anúncios - o da retirada e de quem irá preencher o lugar - vão demorar tempo para serem feitos, mas parece que há pessoal que quer que isso se resolva rápido.
Em suma, os leitores são vitimas de um dia mais lento na redação. Antes, a "silly season" acontecia em agosto, quando tida a gente ia de férias, mas agora, parece que está espalhado um pouco por todo o ano.
Em suma, os leitores são vitimas de um dia mais lento na redação. Antes, a "silly season" acontecia em agosto, quando tida a gente ia de férias, mas agora, parece que está espalhado um pouco por todo o ano.
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