Três semanas depois do Canadá, máquinas e pilotos atravessavam o Atlântico para correr o GP da Grã-Bretanha, num dos circuitos que fazem parte da História, que é Silverstone. Um circuito totalmente modificado desde os seus primórdios, em nome de uma manutenção no calendário e das exigências cada vez maiores, em nome da segurança. Interessante ver que durante esse tempo, Monza não recebeu assim tantas exigências para que melhore o seu circuito...
Depois de ontem os Mercedes terem monopolizado a primeira linha da grelha na qualificação, na frente dos Red Bull, a grande curiosidade era saber se seria mais do mesmo ou haveria alguma grande modificação, tão dramática que afetasse o campeonato do mundo. Iria acontecer, mas para lá chegarmos, leiam o resto destas linhas.
A corrida começou com Lewis Hamilton a ser melhor do que Nico Rosberg, instalando-se na liderança. Vettel foi também melhor do que o alemão, relegando-o para o terceiro posto, atrás de Kimi Raikkonen, já que Mark Webber teve um mau arranque, sofrendo um toque de Romain Grosjean e caira para o 15º posto. Com o passar das voltas, o piloto britânico alargou a sua vantagem de modo a querer dominar a corrida, mas as suas intenções terminaram na s´ttima volta, quando o seu pneu traseiro esquerdo rebentou, obrigando-o a ir ás boxes e sair de lá na cauda do pelotão. A sua corrida estava estragada, mas aquilo era apenas o inicio do drama.
É quer na 12ª volta, era a vez de Felipe Massa sofrer um furo, causando um despiste e consequente ida às boxes, causando preocupação naqueles que viam a corrida como um teste de resistência a um bando de pneus que aguentava muito pouco, senão nada.
E com o passar das voltas, as coisas pioravam em relação aos furos. Na volta 15, era a vez do Toro Rosso de Jean-Eric Vergne, que viu explodir (também!) o seu pneu traseiro esquerdo em plena Stowe, na frente das Lotus. Com a quantidade de pneus furados, já se pedia uma intrevenção de qualquer forma, até à interrupção da corrida. E foi o que aconteceu na volta seguinte, com a entrada do Safety Car.
Com os comissários de pista a recolherem apressadamente os pedaços de borracha e a Pirelli a recolher os pedaços maiores para os levar de volta à fábrica, os pilotos esperavam que não existisse mais furos. Mas mesmo assim as coisas andavam mal para certos pilotos. Sebastian Vettel, por exemplo, tinha sido avisado de que um dos seus pneus tinha rachas e teria de fazer as curvas com cuidado.
Após seis voltas de limpeza, a corrida voltou à carga, com Vettel e Rosberg nos lugares da frente, mas nenhum deles ameaçava um com o outro. Atrás, as coisas andavam mais agitadas, ainda por cima com os pilotos a optarem por pneus mais duros e uma maior pressão nos pneus, para fazer com que durem mais tempo e evitar outros furos inesperados.
Parecia que com isso tudo, as coisas iriam ficar calmas. Na frente, Vettel seguia no comando, com Rosberg atrás e os pneus pareciam que iriam aguentar até ao final da corrida. Mas a dez voltas do fim... o piloto alemão pára na frente da meta, com a caixa de velocidades quebrada e pela segunda vez, o Safety Car entrava na pista. Este ficou por quatro voltas, com Rosberg na frente, e pilotos como Webber, Alonso e Hamilton, com pneus mais frescos, a tentar passar o maior numero de pilotos possivel para conseguir aproveitar melhor o problema que Vettel teve. Em contraste, Raikkonen, com os pneus mais velhos, era segundo e tinha de aguentar o assédio dos outros.
E assim foi: Rosberg foi para a frente, sem ser incomodado, com Raikkonen a tentar aguentar os outros pilotos, mas foi inevitavelmente ultrapassado por Webber, Alonso e Hamilton. Estes dois últimos pilotos andaram um atrás do outro, mas o inglês, que queria compensar o pneu furado, não conseguiu apanhar o espanhol para chegar ao pódio.
No final, Nico Rosberg conseguiu a sua segunda vitória do ano, aguentando um Mark Webber que fez uma excelente parte final da corrida para conseguir o segundo posto, e Fernando Alonso ficava com o lugar mais baixo do pódio - depois de apanhar um susto quando o pneu traseiro esquerdo de Sergio Perez explodiu na sua frente na Hangar Straight - sendo o melhor beneficiado na luta pelo titulo, subindo para o segundo posto. Hamilton foi o quarto, seguindo por Raikkonen, Massa, Sutil, Ricciardo, Di Resta (que conseguiu pontuar partindo de último!) e Hulkenberg.
Agora teremos Formula 1 na semana que vêm, na Alemanha. Mas esta tarde mostrou-se que haverá questões por responder em algumas fábricas, principalmente numa em particular em Itália... e claro, muitas equipas zangadas.
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