Desde que se soube do regresso do GP da Austria, que em principio voltará ao calendário a 6 de julho de 2014, muito se questiona sobre o que vai ser o calendário do ano que vêm. Se voltar-se-á às vinte provas ou haverá um alargamento para as 22, sem excluir nenhuma corrida deste ano e incluir as novidades, que até agora serão três: New Jersey, Rússia (Sochi) e agora Zeltweg, graças aos milhões disponibilizados por Dietrich Mateschitz, o fundador e patrão da Red Bull. Tudo isto acontece, diga-se de passagem, numa altura em que a Formula 1 está a funcionar sem um novo Acordo de Concórdia assinado...
Só que em fim de semana de Grande Prémio (depois de três semanas de ausência), os rumores voam por aqui e por ali. Lendo os mais entendidos, pode-se imaginar que o calendário poderá sofrer alterações tão radicais que meia dúzia "saltará fora" de imediato. Fala-se da insatisfação que as equipas têm da India, por causa das burocracias que existem para que as equipas possam entrar e sair do país - para não falar da queda abrupta das receitas de bilheteira -, fala-se da insatisfação da Coreia do Sul, que tenta renegociar o contrato, mas que esbarra na intransigência de Bernie Ecclestone, fala-se da Alemanha, por causa dos valores pedidos pelo "anãozinho tenebroso" e da possibilidade de retaliação por parte dele devido ao "caso Gribowsky", etc...
Contudo, uma muito boa conta hoje o site brasileiro Grande Prêmio: o regresso da Áustria ao calendário dos Grandes Prémios têm a ver com o facto de Ecclestone ter deixado cair de vez a corrida de New Jersey, aquela que deveria ser a segunda corrida em solo norte-americano. A razão? Falta de garantias financeiras. Apesar de ter nomes sonantes a liderar o processo - Leo Hindery e Chris Pook, o idealizador de Long Beach - e de estes terem alegadamente rechaçado dinheiro público, do governo estadual, o facto de não terem arranjado um patrocinador sonante até este momento para financiar a corrida, fez com que Ecclestone cedesse à tentação dos milhões da Red Bull e ter a Áustria de volta ao calendário, apesar da sua relutância (não tem hotéis em numero suficiente e as limitações em termos de decibéis).
E como Ecclestone já está escaldado com New Jersey, pois deveriam ter aparecido este ano no calendário, pode ser que isto tenha sido a machadada final do projeto.
No caso indiano, desde há algumas semanas se fala da sua saída devido às dificuldades que o país cria em termos burocráticos, quer em termos de concessão de vistos - já houve mais do que um caso de pilotos e dirigentes a conseguirem o seu visto "in extremis" para o fim de semana de Grande Prémio - quer em termos de burocracias, leis locais e taxas a pagar, que Bernie Ecclestone acha-as como "excessivas" e do qual, no meio da Formula 1, já acha que é demasiado. Hoje, o Joe Saward toca no assunto, o que já motivou uma reação de Bernie Ecclestone, que já disse neste fim de semana que irá fazer os possíveis para tratar do assunto, para que as autoridades locais facilitem a vida.
Pode ser que assim, os indianos voltem a interessar-se pela corrida, dado que nos últimos tempos, tem havido um decréscimo de bilhetes vendidos... dos 90 mil em 2011, em 2012 tiveram 60 mil bilhetes vendidos, um decréscimo de 30 por cento. E há sinais que as coisas em 2013 não serão muito diferentes, mostrando que o interesse da Formula 1 no subcontinente indiano não é tão grande como pensavam. E com os problemas já expostos anteriormente, as coisas poderão deixar de ser lucrativas.
Veremos no que irá dar. Em setembro aparecerá um primeiro esboço do calendário de 2014.
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