A história das "ordens de equipa" que a Williams deu a Felipe Massa na Malásia está a dar com que falar. Não só porque o piloto brasileiro não obedeceu à ordem de abdicar do seu lugar a favor do finlandês Valtteri Bottas, como ele defendeu-se dos ataques do seu companheiro de equipa até ao final da corrida, preservando o sétimo lugar, na frente de Bottas, e dando à equipa mais alguns pontos para o campeonato.
Falando à Rede Globo, resumiu o que foi a sua corrida: “Foi uma luta do começo até o final. Larguei muito bem, passei alguns carros na largada, aí teve uma ocasião na curva quatro, tive de travar um pouco e acabei perdendo posições que eu tinha recuperado ali. Aí voltei atrás das McLaren, foi muito difícil ultrapassar as McLaren, eles têm uma velocidade alta na reta. A gente era mais rápido nos setores, nas curvas, mas na reta era difícil de ultrapassar, acho que o principal problema da corrida foi não ter passado rápido as McLaren, eu teria feito uma corrida livre. E no final, eu lutei com meu companheiro, pontos para a equipa, e é isso que interessa”.
Mas o grande motivo de conversa foi a história sobre as ordens de equipa que a equipa de Grove deu ao piloto de 32 anos, que têm historial de cedências, especialmente nos tempos da Ferrari. Segundo ele, a razão pelo qual não cedeu foi que a temporada está ainda a começar e Bottas estava demasiado longe de alcançar Button, apesar de ter pneus mais frescos do que o brasileiro.
“Fiz o melhor que pude com a minha corrida, estava na luta e o meu objetivo era alcançar o maior número de pontos possível para mim e para a equipa até porque estamos somente na segunda corrida”. A intenção da Williams era que Bottas pressionasse Button e o passasse, mas Massa não tem a mesma opinião: “O Valtteri não me conseguia passar portanto também não iria ser fácil com o Jenson”, afirmou. “É certo dar o nosso melhor? Nós temos dois campeonatos. Eu respeito meu trabalho. Nós temos de respeitar um ao outro”.
Massa concluiu as suas justificações afirmando que suas ações são em prol da equipa e que não acredita que o relacionamento com a Williams vá mudar depois de hoje.
“Eu creio que as coisas não serão diferentes ou estranhas quando eu chegar à garagem. Estou fazendo o máximo para ajudar a equipa e eles precisam fazer o mesmo”, encerrou.
Já Bottas foi lacónico: “Eu realmente não quero comentar. Nós devemos falar com a equipa sobre as mensagens que mandaram para o Felipe. Eu acho que eu tinha uma grande hipótese de alcançar Jenson. Estava a aproximar-me muito rapidamente”, comentou.
Vai-se ver o que poderá acontecer num futuro próximo na equipa. É certo que há esperanças em Valtteri Bottas, especialmente depois da sua performance em Melbourne, mas como disse Massa, a temporada mal começou...
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