Vamos ser honestos: odeio o Bahrein. Se dependesse de mim, riscaria este local do mapa e recusaria todas as ofertas de colocar esta corrida no calendário. Este é um país que não respeita os Direitos Humanos (sei que há bem piores, é verdade) e é o melhor exemplo de como Bernie Ecclestone e a FIA estão pura e simplesmente a marimbar-se para o que se passa no pais, tendo a mesma atitude que tinham há mais de 30 anos antes, quando o Mundial visitava a África do Sul, em pleno tempo do "apartheid". Isto numa altura em que - meados dos anos 80 - até o "rugby" tinha decidido não mais visitar aquele país...
Em suma, a Formula 1 têm um curriculo muito pobre em termos de direitos humanos. Mas também, com Bernie Ecclestone ao leme, poderemos esperar tudo de um homem que elogiou Adolf Hitler, não é?
Outro dos motivos pelo qual odeio o Bahrein é que a sua pista não vale nada. É um tilkodromo, e dos circuitos desenhados pelo arquitecto alemão Hermann Tilke, este deve ser o pior. Não vejo nada de bom nesta pista, nenhuma curva memorável, nenhuma joia arquitectónica, nada. Apenas um circuito que existe porque o príncipe herdeiro é "petrolhead" e não tem problema nenhum em gastar 60 milhões de dólares para ter a Formula 1 numa ilhota rica em petróleo e gás. E gasta mais algum para comprar balas de borracha e gás lacrimogéneo para reprimir o povo que antes exigia reformas, agora não esconde que quer derrubar o regime.
Em suma, o vulcão está adormecido, mas não extinto.
Este ano tava com intenções de voltar a boicotar esta corrida. Nunca fui fã das corridas arábicas - para mim é o triunfo do novo-riquismo e o desvirtuar do automobilismo - mas um amigo meu me pediu o favor de me fazer isto, porque ia de fim de semana ao Rali de Portugal. E como fiquei por casa, eu engoli o orgulho e excepcionalmente, faço isto. Odeio a mim mesmo, mas lá tem de ser.
Feitos os desabafos, vamos ao que interessa: este é mais um marco da historia da Formula 1. Vai ser a corrida numero 900 da história da competição, mas uma semana depois do que aconteceu em Sepang, não deverão acontecer alterações dramáticas em termos de máquinas ou pilotos. Mas o Grande Prémio deste ano, provavelmente para comemorar o seu décimo aniversário, irá acontecer de noite, sendo a segunda corrida deste género no campeonato, depois de Singapura, e com Abu Dhabi a ser corrida no "lusco-fusco".
Com o sol a pôr-se em paragens do Golfo Pérsico, a qualificação começava com céu limpo - pela primeira vez neste ano e depois das ameaças do dia anterior - e com os Mercedes desde logo a impor as suas condições em pista, algo que já tinha feito desde os treinos livres. O mais interessante nesta Q1 era saber quem, depois dos Marussia e dos Caterham, iria acompanhar estas duas equipas nos excluídos desta qualificação. A grande surpresa foi o Sauber de Adrian Sutil, pois o Lotus de Pastor Maldonado já não era novidade, dada a situação grave do qual anda a Lotus neste momento.
Como seria de esperar, a Q2 é sempre a partir mais interessante, pois poderemos ver sempre qual dos 15 ou 16 carros competitivos, é que passam para a Q#, e quais deles é que ficam de fora. Sem incidentes de maior, as grandes surpresas desta qualificação foram a não passagem de Sebastian Vettel (sexta vez na sua carreira!) e de Nico Hulkenberg. Daniel Ricciardo passou para a Q3, mas como o australiano vai ser penalizado em dez posições, será a primeira vez desde o GP da Bélgica de 2012 que os Red Bull não estarão no "top ten". Os Toro Rosso também não passaram, e o Lotus de Romain Grosjean também - cada vez mais nada de especial nos lados de Enstone. E no Bahrein, dos que passaram para a fase final, apenas três carros não tinham motor Mercedes. O que demonstra o domínio dos alemães nesta nova Formula 1 turbinada.
E para a Q3, passaram alguns dos pilotos do costume - os Mercedes, os McLaren, os Ferrari e os Williams de Bottas e Massa, com o Force India de Sergio Perez e o Red Bull de Daniel Ricciardo, que irá perder dez lugares, como sabem. Quando os carros voltam à pista, ela começa com Valtteri Bottas a ser o primeiro a experimentar a pista, mas pouco tempo depois, Rosberg faz o seu tempo, com 1.33,185, mesmo com Hamilton a fazer o seu melhor, ficou pior do que o alemão. Mas mesmo nessa primeira tentativa, ambos estavam oito décimos acima da concorrência...
As coisas resolveram-se com um excesso na travagem por parte de Hamilton. Ele saiu ligeiramente de pista e isso o fez perder tempo suficiente para que Nico Rosberg assegurasse a sua primeira pole-position do ano, em mais um domínio dos Mercedes na pista... e na temporada. Daniel Ricciardo conseguiu furar os Mercedes e foi o terceiro na qualificação, mostrando que Vettel têm concorrência dentro da sua equipa, mas infelizmente, por causa do que aconteceu na Malásia, iria largar do 13º posto. Logo, o grande beneficiado desta qualificação acabou por ser o Williams de Valtteri Bottas, o terceiro, e cinco lugares na frente de Felipe Massa.
Sergio Perez foi o quartom no seu Force India - e por agora, a melhor performance do ano - na frente de Kimi Raikkonen, que conseguiu superar Fernando Alonso - apenas o nono no seu Ferrari - e Jenson Button, que no seu 250º Grande Prémio de uma longa carreira que é a sua, vai ser o sexto da grelha. Magnussen será o oitavo a partir, dois lugares atrás de Button, e a mostrar que contunua a ser um piloto em consideração.
Amanhã, dia de corrida, haverá mais.
Com o sol a pôr-se em paragens do Golfo Pérsico, a qualificação começava com céu limpo - pela primeira vez neste ano e depois das ameaças do dia anterior - e com os Mercedes desde logo a impor as suas condições em pista, algo que já tinha feito desde os treinos livres. O mais interessante nesta Q1 era saber quem, depois dos Marussia e dos Caterham, iria acompanhar estas duas equipas nos excluídos desta qualificação. A grande surpresa foi o Sauber de Adrian Sutil, pois o Lotus de Pastor Maldonado já não era novidade, dada a situação grave do qual anda a Lotus neste momento.
Como seria de esperar, a Q2 é sempre a partir mais interessante, pois poderemos ver sempre qual dos 15 ou 16 carros competitivos, é que passam para a Q#, e quais deles é que ficam de fora. Sem incidentes de maior, as grandes surpresas desta qualificação foram a não passagem de Sebastian Vettel (sexta vez na sua carreira!) e de Nico Hulkenberg. Daniel Ricciardo passou para a Q3, mas como o australiano vai ser penalizado em dez posições, será a primeira vez desde o GP da Bélgica de 2012 que os Red Bull não estarão no "top ten". Os Toro Rosso também não passaram, e o Lotus de Romain Grosjean também - cada vez mais nada de especial nos lados de Enstone. E no Bahrein, dos que passaram para a fase final, apenas três carros não tinham motor Mercedes. O que demonstra o domínio dos alemães nesta nova Formula 1 turbinada.
E para a Q3, passaram alguns dos pilotos do costume - os Mercedes, os McLaren, os Ferrari e os Williams de Bottas e Massa, com o Force India de Sergio Perez e o Red Bull de Daniel Ricciardo, que irá perder dez lugares, como sabem. Quando os carros voltam à pista, ela começa com Valtteri Bottas a ser o primeiro a experimentar a pista, mas pouco tempo depois, Rosberg faz o seu tempo, com 1.33,185, mesmo com Hamilton a fazer o seu melhor, ficou pior do que o alemão. Mas mesmo nessa primeira tentativa, ambos estavam oito décimos acima da concorrência...
As coisas resolveram-se com um excesso na travagem por parte de Hamilton. Ele saiu ligeiramente de pista e isso o fez perder tempo suficiente para que Nico Rosberg assegurasse a sua primeira pole-position do ano, em mais um domínio dos Mercedes na pista... e na temporada. Daniel Ricciardo conseguiu furar os Mercedes e foi o terceiro na qualificação, mostrando que Vettel têm concorrência dentro da sua equipa, mas infelizmente, por causa do que aconteceu na Malásia, iria largar do 13º posto. Logo, o grande beneficiado desta qualificação acabou por ser o Williams de Valtteri Bottas, o terceiro, e cinco lugares na frente de Felipe Massa.
Sergio Perez foi o quartom no seu Force India - e por agora, a melhor performance do ano - na frente de Kimi Raikkonen, que conseguiu superar Fernando Alonso - apenas o nono no seu Ferrari - e Jenson Button, que no seu 250º Grande Prémio de uma longa carreira que é a sua, vai ser o sexto da grelha. Magnussen será o oitavo a partir, dois lugares atrás de Button, e a mostrar que contunua a ser um piloto em consideração.
Amanhã, dia de corrida, haverá mais.
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