Depois do que fez ao longo dos dois dias deste rali, seria natural saber que Sebastien Ogier era o favorito à vitória no Rali de Portugal, excepto se tivesse algum problema. E num rali destes, só acaba não quando cortam a meta, mas sim quando chegam ao parque de assistência. Que o diga Dani Sordo... pois abandonou a caminho da primeira especial do dia, quando disputava o terceiro posto com o Citroen de Mads Ostberg. A razão foi uma quebra no semi-eixo.
Com o começar do último dia, e com Ogier com vontade de levar o carro para a meta - essencialmente preparar-se para a Power Stage - foi a vez de outros brilharem. Jari-Matti Latvala, que regressava em "Rally2", começou a fazer os melhores tempos nas especiais, tentando recuperar o mais possível na classificação. Mikko Hirvonen tentava apanhar Ogier, mas o francês não deixava o finlandês da Ford aproximar-se muito de si.
No final da manhã, em São Brás de Alportel, Mads Ostberg foi o melhor na classificativa, assegurando o terceiro posto final - já estava seguro, depois de Sordo desistir, mas ainda poderia apanhar Hirvonen - enquanto que atrás, Anders Mikkelsen fez um esforço extra e conseguiu passar o seu compatriota Henning Solberg para ficar com o quarto posto. Mais atrás, o qatari Nasser Al-Attiyah conseguia uma vantagem de dez segundos sobre Jari Ketomaa e sagrava-se vencedor no WRC2, mas também conseguindo os primeiros pontos do ano no WRC.
No Power Stage, Ogier foi o melhor, na frente de Latvala e Ostberg, com estes a conseguirem ficar com os pontos em disputa. E no final, o piloto francês andava feliz por ter conseguido a terceira vitória do ano: “Foi difícil mas no final consegui fazer a diferença. Não assumi mais riscos do que antes. Apenas fiz uma boa gestão dos pneus. Foi a chave. Não andámos que nem loucos.", comentou.
Mikko Hirvonen conseguiu aqui o seu melhor resultado da temporada, e o primeiro pódio do ano, numa demonstração de que a Ford está a melhorar nos troços de terra, tal como pode ser visto com a performance de Ott Tanak antes de ele ter desistido. Mads Ostberg também está a recuperar alguma da confiança que parece ter desaparecido no ano passado, quando terminou este rali no lugar mais baixo do pódio. Anders Mikkelsen conseguiu aproveitar o despiste de Latvala para conseguir um bom quarto posto, enquanto que Henning Solberg teve um bom regresso ao Mundial com o Ford Fiesta da Adapta.
Quanto aos Hyundai, sem Sordo, coube a Neuville defender a honra dos carros coreanos, mas esteve longe do que seria de esperar, e ainda por cima perdeu o sexto posto quando fez um pião e viu o checo Martin Prokop o ultrapassar na luta pelo sexto posto final. Juho Hanninen levou o segundo Hyundai sobrevivente ao oitavo posto final, na frente dos dois carros do WRC2, Nasser Al-Attiyah e Jari Ketomaa.
Com isto, parece que a Volkswagen vai a caminho de um segundo título seguido no Mundial, dada a superioridade que anda a passear. Contudo, só estamos no primeiro terço do campeonato, e os 29 pontos que Ogier já cavou perante Jari-Matti Latvala (91 contra 62) permitem estar a salvo de qualquer problema, que os vai haver ao longo deste campeonato...
O Mundial WRC continua em paragens argentinas, entre oito e 11 de maio.
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