As 24 Horas de Le Mans deste ano eram seguramente das mais aguardadas desde 1999, devido não só ao facto da Porsche fazer o seu regresso, e colocando sete carros capazes de lutar pela vitória na clássica da Endurance, como também nas outras classes, se assista a pelotões cada vez mais cheios nas restantes classes. Seja na LMP2, com nomes como a Ligier a entrar na luta, ou nos GTE, com a Corvette a apresentar um novo modelo, que tentará contrariar o dominio dos Ferrari, por exemplo.
Em Le Mans, para dar a simbólica partida com a bandeira de França, estava Fernando Alonso, piloto oficial da Ferrari, o que deu larga especulação de que a Scuderia poderia fazer um regresso à Endurance, 40 anos depois da sua partida. Contudo, Luca di Montezemolo deitou água na fervura, afirmando que tal regresso, a acontecer, nunca seria antes de 2020. Provavelmente, deveremos esperar mais tempo do que isso...
Com sol e calor, máquinas e pilotos alinharam-se para uma corrida bem longa. Mas os olhos estavam postos para os carros da frente. A Audi era da dominadora dos últimos anos, mas este ano tinha um desafio à altura com os carros da Toyota - que tinham a pole-position - e da Porsche. Ambos alinhavam com dois carros, mas estes pareciam ser suficientes para atrapalhar as máquinas de Inglostadt.
Na partida, o carro numero 7, pilotado por Alexander Wurz, adiantava-se em relação ao resto do pelotão, e pouco depois, o carro numero 8 fez o mesmo, deixando Porsche e Audi lutando pelo terceiro posto. As coisas andaram assim nas três primeiras voltas, até que o carro numero 8 se atrapalhou na segunda chicane das Hunaudriéres, saindo pela gravilha e obrigando aquela zona a andar debaixo de bandeiras amarelas... a a um limite de 60 km/hora, uma inovação colocada este ano na clássica de La Sarthe. Até agora, a inovação correu bem.
A primeira grande desistência da prova foi... o do carro zero. O DeltaWing ZEOD da Nissan acabou nos primeiros minutos na zona de Indianápolis devido a problemas na caixa de velocidades do seu carro. Pouco depois, o Porsche numero 14 - que estava a ser conduzido por Neel Jani - andava lentamente na parte final da pista, não andando mais do que os 60 quilómetros por hora. Conseguiu chegar às boxes, onde se verificou que havia um problema de injeção. A paragem foi grande, mas conseguiu voltar à pista.
Na frente, os Toyota seguiam nos dois primeiros lugares, que não os perdeu nas primeiras paragens nas boxes, com o Porsche numero 20 a lutar com os Audi pelo quarto posto, enquanto que atrás, havia os duelos entre Corvettes e Ferraris nos GTE-Pro, por exemplo.
E essa era a situação logo na primeira hora da prova. Ainda está no inicio, mas já é mais do que suficiente para ver que estes carros terão muitos mais problemas, e esta prova será tão ou mais excitante como nos anos anteriores. Veremos o que o resto nos reservará.
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