Duas semanas depois de Mika Hakkinen ter levado a melhor em Barcelona, máquinas e pilotos atravessaram o Atlântico para disputar o GP do Canadá, em Montreal. Sem alterações na lista de pilotos, o grande motivo de interesse era saber se Michael Schumacher iria conseguir conter o avanço de Mika Hakkinen, que depois de ter vencido em paragens espanholas, tinha reduzido a desvantagem para seis pontos.
Os treinos foram renhidos, mas no final, a Ferrari conseguiu levar a melhor, com Michael Schumacher na pole-position, com 29 centésimos de avanço sobre o McLaren de Mika Hakkinen. Eddie Irvine foi o terceiro classificado, a 142 centésimos do primeiro lugar, seguido pelo segundo McLaren, de David Coulthard. A terceira fila tinha o Stewart-Ford de Rubens Barrichello e o Jordan-Mugen Honda de Heinz-Harald Frentzen, enquanto que na quarta estavam o Benetton-Playlife de Giancarlo Fisichella e o Sauber-Petronas de Jean Alesi. A fechar o "top ten" estava o Prost-Peugeot de Jarno Trulli e o segundo Stewart-Ford de Johnny Herbert.
O herói local, Jacques Villeneuve, não conseguiu mais do que o 16º posto, apenas na frente do seu companheiro de equipa, do Sauber de Pedro Diniz e dos carros da Arrows e da Minardi.
O inicio da corrida foi agitado. Se nos primeiros lugares, tudo aconteceu calmamente, atrás houve agitação: Trulli, quando tentava subir lugares na primeira curva, rodou e bateu nos carros de Alesi e Barrichello. O francês abandonou de imediato, enquanto que o brasileiro continuou, mas com dificuldades (acabaria por abandonar na 14ª volta, com problemas de direção). Ao mesmo tempo, Alexander Wurz teve problemas com a transmissão do seu carro e também acabou por abandonar. Os destroços ficaram espalhados pela pista e todos tiveram de andar atrás do Safety Car.
As coisas voltaram ao normal no inicio da terceira volta, mas isso só durou... poucos metros. O BAR de Ricardo Zonta bate forte no "Muro dos Campeões" e o carro fica no meio da pista, fazendo com que a corrida fosse de novo neutralizada, para poder retirar os destroços.
A corrida voltou logo a seguir, mas as batidas no Muro dos Campeões não se ficaram por ali: na volta 15, era a vez do Jordan de Damon Hill bater ali, mas o carro ficou numa posição "segura", logo, a organização não teve necessidade de colocar o Safety Car na pista. Nem na volta 30, quando o terceiro carro da tarde bateu por ali. E foi... Michael Schumacher! O alemão liderava a corrida quando tal aconteceu, e o acidente foi um golpe duro para as suas aspirações, pois a partir dali, quem ficava com o comando era o seu maior rival, Mika Hakkinen.
Contudo, o próximo a bater no "Muro dos Campeões", na volta 35, teve de precisar da intervenção do Safety Car. Era o BAR de Jacques Villeneuve, pois ficara numa posição insegura para os carros. O carro ficou na pista até à volta 41, altura em que as coisas voltaram ao ritmo que vinha antes. Isso foi aproveitado por David Coulthard para tentar passar Eddie Irvine. A respiração ficou suspensa naquele momento, pois ambos não pareciam ceder qualquer milimetro. E na segunda curva, as coisas acabaram mal, pois ambos os pilotos se despistaram. Quando voltaram à pista, o irlandês continua, enquanto que o escocês terá de para nas boxes para trocar de bico.
Com isto, os grandes beneficiados foram o Jordan de Heinz-Harald Frentzen e o Benetton de Giancarlo Fisichella, que colocavam os seus carros no segundo e terceiro posto. As coisas continuaram assim, com Hakkinen sem ser incomodado e a salvar-se entre os acidentes.
Contudo, o Safety Car iria sair mais uma vez na volta 66, quando Frentzen perdeu o controlo do seu carro e bateu forte no muro. A causa disso foi uma falha nos travões. O piloto alemão saiu do carro sem ferimentos, mas o Safety Car ficou até à última volta, com os carros a lançarem... para a meta. Mika Hakkinen conseguia aqui a sua segunda vitória consecutiva, conseguindo dez pontos e a liderança do campeonato. Giancarlo Fisichella era o segundo, com Eddie Irvine a completar o pódio. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Williams de Ralf Schumacher, o Stewart de Johnny Herbert e o Sauber de Pedro Diniz.
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