Nas vésperas de começar o Rali da Alemanha, a FIA anunciou que iria haver modificações nos motores e nos carros do WRC para a próxima temporada. Após a existência de um congelamento no desenvolvimento dos motores esta temporada, em 2015, as construtoras poderão ter um desenvolvimento de até cem cavalos, mas as grandes novidades estão no campo das caixas de velocidades, que deixarão de ser de caixa para estarem no volante, semelhante aos carros de pista, sendo assim mais leves e mais eficazes para os pilotos.
François-Xavier Demaison, o diretor técnico da Volkswagen explica essa mudança nos carros: “As caixas com patilhas reduzem o 'input' do piloto, ou seja, são sistemas automatizados. Durante a extensão de um rali, o piloto fica cansado e é normal que faça algumas passagens de caixa mais lentas, menos eficazes, e aí há hipótese de danificar a caixa. Com o sistema de patilhas, a passagem de caixa é sempre perfeita e as forças que intervêm no processo são sempre iguais. Basicamente, elimina-se os erros de pilotagem (a este nível). O segredo, contudo, é o tipo de sistema que se pode usar, que pode ser pneumático, hidráulico ou mecânico. Só não posso dizer o que vamos usar!”, referiu o engenheiro francês.
Outra possibilidade que se abre às equipas é a redução do peso dos motores: “Houve uma revisão do peso mínimo de alguns componentes do motor e a hipótese de retirar algumas partes. O motor terá o mesmo bloco mas será mais leve. Claro que é difícil alterar um carro ganhador. A versão-base de 2015 está agora em testes mas terão de esperar seis meses até ao Rali de Monte Carlo para verem o 'novo' Polo”, concluiu.
É certo que em 2015 iremos assistir à nova geração de motores 1.6, e estes estarão a correr até à temporada de 2016, altura em que irá dar lugar ao novo formato para o periodo entre 2017 e 2019, mas do qual ainda nada está decidido, dado que existem conversações entre as equipas e a FIA. E provavelmente, poderá entrar em ação a ideia dos propulsores híbridos, que poderá trazer de volta as marcas japonesas como a Toyota, a Mitsubishi e a Subaru, que já demonstraram interesse num regresso.
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