sábado, 27 de setembro de 2014
Rumor do dia: Cosworth poderá pensar no regresso à Formula 1?
Hoje em dia, poderemos ter três construtores de motores - Mercedes, Renault e Ferrari - com um quarto a caminho, graças à Honda. Mas de acordo com a publicação alemã Speed Week, a Cosworth poderá estar a pensar num regresso à Formula 1 num futuro próximo. A ideia poderá vir da mente de Bernie Ecclestone, no sentido de arranjar motores mais baratos às equipas e evitar que estas se vão embora da Formula 1, ou dito de outra forma, será uma maneira de cortar nos custos.
Por estes dias, está a anunciar a construção de um novo centro em Northampton, e destinam-se a “entregar a próxima geração de motores de combustão interna automóveis”. Mas poderiam também pensar em construir um motor V6 Turbo mais barato com a intenção de os oferecer às equipas que estivessem interessadas.
Para quem já não se lembra muito, no tempo dos V8 atmosféricos, um contrato de motores valia em média cerca de seis milhões de dólares por ano. Só que agora, em 2014, com os novos motores turbo, os custos subiram para os 16 a 25 milhões de dólares, dependendo do construtor. E falava-se que os franceses eram os mais caros, devido aos custos de produção. É certo que os custos eventualmente diminuirão ao longo das próximas temporadas, mas desconhece-se se chegariam aos valores praticados anteriormente.
A ser verdade, seria algo interessante. Mas vindo de Ecclestone, muito provavelmente não tem muito fundamento... mas também poderia ser uma maneira de embaratecer os custos.
Para quem já não se lembra muito, no tempo dos V8 atmosféricos, um contrato de motores valia em média cerca de seis milhões de dólares por ano. Só que agora, em 2014, com os novos motores turbo, os custos subiram para os 16 a 25 milhões de dólares, dependendo do construtor. E falava-se que os franceses eram os mais caros, devido aos custos de produção. É certo que os custos eventualmente diminuirão ao longo das próximas temporadas, mas desconhece-se se chegariam aos valores praticados anteriormente.
A ser verdade, seria algo interessante. Mas vindo de Ecclestone, muito provavelmente não tem muito fundamento... mas também poderia ser uma maneira de embaratecer os custos.
Uma tarde no estádio
Este fim de semana, em Leiria, decorre a Mostra de Viaturas Antigas. Ao longo de três dias, milhares de pessoas passarão pelo Estádio Municipal Magalhães Pessoa para ver acima de 200 veículos, desde os mais antigos como um Ford Modelo T de 1909, e um carro de bombeiros Kally-Springfield de 1916, até aos carros mais recentes, sejam eles Porsches, Alfa Romeos, Jaguares, Ferraris, entre outros. Alguns jipes estarão lá, é claro, e algumas ambulâncias e carros dos bombeiros locais e da região.
Segundo conta a edição desta sexta-feira do Diário de Leiria:
"A exposição vai contar com cerca de 200 veículos clássicos com um valor global estimado em 15 milhões de euros, sendo 'uma das maiores mostras do país em termos de carros antigos' em representação de 'cerca de 40 marcas', fez saber o vereador com o pelouro da Cultura, Gonçalo Lopes.
Além do veículo dos bombeiros, a mostra inclui outra viatura com mais de 100 anos, um Ford T Torpedo Touring de 1909, além de ários carros de luxo, um dos quais avaliado em 650 mil euros, e o 'mais caro em exposição', precisou o autarca. Os veículos pertencem a colecionadores da região."
Vi dois Aston Martins estacionados um ao lado do outro. Um deles estava bem gasto, por restaurar, mas creio que é ilusório, porque restaurado, toda a gente saberá que valerá imenso dinheiro. Não vi Rolls-Royces, confesso, o que é pena, mas vi dezenas de carros clássicos e marcantes ao longo do século XX.
Caso possam ir, vão. A entrada não é cara - dois euros por um dia, cinco pelos três dias - e pelos carros expostos e dos quais coloco aqui uma amostra, vale a pena a visita. Vou colocar muito mais no Facebook do blog, claro!
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Formula 1 em Cartoons: a possível partida de Alonso (Riko Cartoon)
No meio da tanta loucura sobre onde vai Fernando Alonso (uma delas apareceu hoje escrita pelo Ico) alguns já estão convencidos que ele vai sair para outro lado. E o Frederico Ricciardi (Riko) decidiu fazer um desenho onde coloca esse rumor como dado adquirido.
Veremos o que o futuro nos reserva.
Vende-se: Motorhome da Lotus
Que a Lotus anda um pouco aflita de dinheiro, não é novidade. Que as batidas do Pastor Maldonado não ajudam muito nas poupanças, mas não creio que seja por isso que a equipa anda a vender uma das suas "motorhomes". Eles pedem 123 mil libras por ela, um camião modificado em 2006 para este propósito e que novo, valia... 1,2 milhões de euros!
Se quiserem ver tudo, e mandar uma oferta coloco aqui o link. Vi isto no WTF1.co.uk
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Vimeo Motor Presentation: Adrenalin, os protagonistas
ADRENALIN // THE BMW TOURING CAR STORY // PROTAGONISTS TRAILER from STEREOSCREEN on Vimeo.
Todos falam daquele video do Alex Zanardi, mas ele faz parte de algo maior, de seu nome "Adrenalin". É um filme para comemorar os 50 anos do envolvimento da BMW no automobilismo. E um desses "teasers" é video onde se mostra as pessoas que entrevistaram ao longo desse tempo.
Pessoas que vão desde pilotos que estiveram na Formula 1 (Hans-Joachim Stuck, Joakim Winkelhock, Johnny Ceccoto, Marc Surer, Dieter Quester), até os responsáveis desportivos (Jochen Neesprach, Johan Schitzer, Jens Marquandt), passando por aqueles que fizeram nome do DTM (Uwe Alzen, Klaus Ludwig, Bruno Spengler, Joey Hand) ou até noutras categorias de Turismos (Roberto Ravaglia, Steve Soper).
Neste "trailer", todos eles se apresentam e eventualmente contarão as suas histórias, em algo que parece ser excitante. Espero bem que sim.
Youtube Rally: "Ghynkhana" à checa
Ken Block e as suas "ghynkhanas" criaram muitos filhos e enteados. O mais recente deles envolve um Skoda... mas não é um qualquer. É um modelo 130 LR, de 1984 - ou seja, ainda do tempo da "Cortina de Ferro" - com motor traseiro e que chegou a ser apelidado de "911 dos pobres".
Este modelo de rali, guiado por uma das mais prestigiadas equipas checas, a Trotina Rally Team, e têm como piloto Petr Simurda, mostrou toda a sua habilidade ao melhor estilo Ken Block. E claro, em caso de azar, não terá problemas em arranjar peças. Há muitas e custam muito pouco...
Esta vi no Flatout! Brasil
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
O regresso da Brabham... e pode ajudar a fazer isso possivel
No ano em que "Black Jack" nos deixou, um dos seus filhos, David Brabham, andou a idealizar um projeto ambicioso: o do regresso da marca ao automobilismo. Hoje, ele apresentou esse projeto ao mundo e está a pedir aos fãs da marca e do automobilismo para que contribuam para esse projeto, através da página de "crowdfunding" Indiegogo.
O "Projeto Brabham" é simplesmente criar uma equipa através do "open-sourcing", ou seja, apelar à contribuição de todos para desenvolver carros ou pessoal, como engenheiros, pilotos ou mecânicos. O objetivo último é de conseguir construir e colocar um carro no Mundial de Endurance, mas num futuro mais ou menos distante, colocar o projeto na Formula E ou apostar no regresso à Formula 1, de onde não está desde 1992.
Mas não é só isso: também querem criar um portal exclusivo para os fãs, onde se partilhará informação e conhecimento entre eles. E uma academia de pilotagem, no qual os aspirantes a pilotos poderão aprender como serem melhores pilotos.
“Demos inicio a uma jornada longa e desafiante para proteger e fazer regressar o nome Brabham ao controlo da família, e depois decidir qual o passo seguinte na jornada desta marca iconica,” começa por dizer David Brabham, no video de crowdfunding do Project Brabham. “Sonho há imenso tempo com ver a equipa Brabham Racing de regresso às pistas, a vencer ao mais alto nível e a continuar o legado iniciado pelo meu pai quando fundou a equipa nos anos 60.”, concluiu.
O objetivo inicial parece ser ambicioso: 250 mil libras. Mas o objetivo final é mais ambicioso ainda. Caso consigam oito milhões de libras, será mais do que suficiente para construir um chassis para o Mundial de Endurance de 2015.
Mas não é só isso: também querem criar um portal exclusivo para os fãs, onde se partilhará informação e conhecimento entre eles. E uma academia de pilotagem, no qual os aspirantes a pilotos poderão aprender como serem melhores pilotos.
“Demos inicio a uma jornada longa e desafiante para proteger e fazer regressar o nome Brabham ao controlo da família, e depois decidir qual o passo seguinte na jornada desta marca iconica,” começa por dizer David Brabham, no video de crowdfunding do Project Brabham. “Sonho há imenso tempo com ver a equipa Brabham Racing de regresso às pistas, a vencer ao mais alto nível e a continuar o legado iniciado pelo meu pai quando fundou a equipa nos anos 60.”, concluiu.
O objetivo inicial parece ser ambicioso: 250 mil libras. Mas o objetivo final é mais ambicioso ainda. Caso consigam oito milhões de libras, será mais do que suficiente para construir um chassis para o Mundial de Endurance de 2015.
E já começa a ter impacto: mais de sete mil libras logo no primeiro dia. Apesar de faltar muito para o objetivo dos 250 mil libras, creio que os 38 dias que restam poderão ser suficientes para ultrapassar esse número.
Os rumores andam doidos
Os rumores, quando o assunto é Fernando Alonso, parece que rebentam a escala. Mas nesse campo, é de simples explicação: a pessoa que está por trás de todas elas é Flavio Briatore, que parece ser feito da mesma massa de Bernie Ecclestone. E de uma certa maneira, poderá fazer sentido.
Vamos explicar: o jornal espanhol "Sport Bild" lançou a ideia de que Fernando Alonso poderá ir para a Lotus, que como sabem, já se chamou Renault, que já têm há algum tempo uma espécie de acordo com a Mercedes para ter motores na próxima temporada. Mas isto poderá correr em paralelo com outro negócio: o da compra da equipa por parte de Lawrence Stroll, que quer comprar uma equipa e está a ser aconselhado por Flávio Briatore nesse sentido. Stroll parecia estar a negociar com a Sauber nesse sentido, mas parece que por estes dias, o interesse esfriou.
A ideia da Lotus até poderá fazer sentido, dado que ela precisa de dinheiro e têm enormes prejuízos. Mas a ir para lá, vai significar que o espanhol vá de cavalo para burro, porque mesmo que tenha motores de primeira linha, têm que lidar com uma "sangria" em termos de pessoal especializado, engenheiros incluídos. É que nos últimos dois anos, muitos dos engenheiros e projetistas da Lotus-Renault foram embora para outras marcas devido a salários em atraso, por exemplo. E nesta temporada, só há dois oitavos lugares, todos por obra de Romain Grosjean.
Indo para a Lotus em 2015, numa equipa que está numa situação critica, não me parece uma boa alternativa para alguém que procura desesperadamente se manter competitivo. E no lado da Ferrari, parece que se procura por um substituto. Segundo conta o jornal "Gazetta dello Sport", Marco Mattiacci procurou por Sebastian Vettel e perguntou se estava disposto a ir para a Scuderia, ao que ele ficou de responder. Mas também se estuda a alternativa de Jules Bianchi, atualmente na Marussia e piloto de desenvolvimento da Ferrari.
Em suma, os rumores voam, mas parece que convergem num ponto: Fernando Alonso parece que se fartou da Ferrari e procura ser competitivo noutro lado. Mas tudo isto poderá acabar tudo na mesma, com Alonso a cumprir o contrato até 2016.
A ideia da Lotus até poderá fazer sentido, dado que ela precisa de dinheiro e têm enormes prejuízos. Mas a ir para lá, vai significar que o espanhol vá de cavalo para burro, porque mesmo que tenha motores de primeira linha, têm que lidar com uma "sangria" em termos de pessoal especializado, engenheiros incluídos. É que nos últimos dois anos, muitos dos engenheiros e projetistas da Lotus-Renault foram embora para outras marcas devido a salários em atraso, por exemplo. E nesta temporada, só há dois oitavos lugares, todos por obra de Romain Grosjean.
Indo para a Lotus em 2015, numa equipa que está numa situação critica, não me parece uma boa alternativa para alguém que procura desesperadamente se manter competitivo. E no lado da Ferrari, parece que se procura por um substituto. Segundo conta o jornal "Gazetta dello Sport", Marco Mattiacci procurou por Sebastian Vettel e perguntou se estava disposto a ir para a Scuderia, ao que ele ficou de responder. Mas também se estuda a alternativa de Jules Bianchi, atualmente na Marussia e piloto de desenvolvimento da Ferrari.
Em suma, os rumores voam, mas parece que convergem num ponto: Fernando Alonso parece que se fartou da Ferrari e procura ser competitivo noutro lado. Mas tudo isto poderá acabar tudo na mesma, com Alonso a cumprir o contrato até 2016.
A foto do dia
Faz hoje 25 anos que no Autódromo do Estoril aconteceu esta cena. Nigel Mansell tinha sido desclassificado (e mostrado as bandeiras pretas por duas vezes), mas parecia que não as tinha visto, e disputava o segundo lugar - era aquilo que pensava - com Ayrton Senna. Ron Dennis tentou avisar Senna que ele estava desclassificado e deveria deixá-lo passar, mas pelo que se sabe, a mensagem não chegou - ou chegou mal - ao piloto brasileiro.
O acidente foi na volta 49, e com ambos fora de pista, o grande beneficiado foi Alain Prost. Para o brasileiro, a diferença alargou-se para 26 pontos, tornando a disputa virtualmente inalcançável. Caso tivesse terminado no segundo lugar, as coisas teriam diminuído para 18 pontos, pois estava na frente do piloto francês, e as hipóteses teriam se alargado ligeiramente. Aquilo até parecia ser uma "encomenda"... mas não era. Foi mesmo falta de comunicação.
Quanto à corrida em si, acho que é das mais memoráveis de todas as que vi ao vivo. Não é todos os dias que vêm uma Minardi no comando de uma corrida, graças a Pierluigi Martini - e acabas com uma Onyx no pódio, cortesia de Stefan Johansson. E uma Coloni na 15ª posição da grelha de partida, um "milagre providenciado pelo Roberto Moreno, naqueles dias em que as listas de inscritos tinham 40 carros, e a pré-qualificação arrastava onze carros numa sexta-feira de manhã.
Muitos falam hoje em dia que aquele momento em Suzuka ter sido a imagem do ano. Mas esta não lhe fica nada atrás, porque de uma certa maneira, foi o principio do fim. A penúltima chance.
P.S: A propósito desse dia, eu escrevi sobre isso no site Motordrome. Podem ler seguindo este link.
P.S: A propósito desse dia, eu escrevi sobre isso no site Motordrome. Podem ler seguindo este link.
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Marussia desmente rumores de que vai abandonar no final da temporada
Se há bocado falei sobre a situação complicada da Caterham, é porque não é a unica. Também se fala há algum tempo da Marussia, e os rumores falam que tanto pode ser vendida como pode pura e simplesmente abandonar o barco e facilitar a vida aos que defendem que apenas oito equipas deveriam estar na Formula 1. Graeme Lowdon, o diretor desportivo da marca, afirmou que tais rumores não tem fundamento. “Ninguém pode afirmar inequivocamente que estará a correr na próxima temporada. Nenhuma pessoa nesta via das boxes o pode fazer”, disse Lowdon à britânica ‘Press Association’.
O responsável da Marussia recordou os casos da Toyota, Honda e BMW, que em 2008-09 abandonaram repentinamente o barco por causa da crise na industria automobilista que aconteceu na altura, explicando que “eram empresas com finanças para estar neste desporto, mas escolheram não estar. Estamos contentes com o progresso que estamos a ver. Nesta fase estamos a fazer de tudo para estar na grelha em 2015”, continuou.
“Se não se pensa que se pode estar aqui, então não estaríamos aqui. Não se quer passar uma impressão errada dizendo sem hesitar que ‘estamos bem’, porque é sempre um desafio operar negócios neste ambiente. Posso dizê-lo, temos fundos para esta época. Se não tivéssemos, não deveríamos estar aqui", concluiu.
A Marussia está na Formula 1 desde 2010, quando começou como Virgin e depois foi comparada pela construtora de automóveis russa com o mesmo nome. Este ano alcançou os seus primeiros pontos, graças a Jules Bianchi.
Caterham: os dias do fim?
A imagem de Kamui Kobayashi a saltar do seu carro ainda antes de começar o GP de Singapura, neste domingo, poderá ser simbólico dos dias que passa a Caterham desde que foi vendida no inicio de julho por um consórcio suiço, com origens no Médio Oriente, mas que poderá estar a ser aconselhado por Colin Kolles.
Esta terça-feira, o jornal holandês "De Telegraaf" anunciou que a Pirelli fez um ultimato à antiga equipa de Tony Fernandes para que pague o que deve antes do GP do Japão, caso contrário, não irá fornecer mais pneus, o que poderia deixar "a pé" em Suzuka. A marca de pneus, que fornece à Formula 1 em regime de exclusividade, é o maior credor da equipa, agora controlada por um conjunto suiço de origem no Golfo Pérsico, e aparentemente aconselhada por Colin Kolles.
O seu diretor desportivo, Manfredi Ravetto, não escondeu em Singapura que a situação não é boa. “Herdamos uma situação crítica. Para ser honesto, quando pegamos a equipe, não havia dinheiro para correr em Silverstone. Hoje em dia, não só arranjamos esse dinheiro como conseguimos correr até aqui, em Singapura”, comentou.
O jornal holandês fala que foram as razões financeiras que levaram Christijan Albers a sair da equipa menos de dois meses após ter chegado. E no fim de semana de Singapura, o grande rumor era se a Caterham iria chegar ou não até ao final do campeonato.
As noticias sobre as dificuldades das equipas do fundo do pelotão só alimentam mais a ideia lançada por Adam Parr há duas semanas em Monza, de que a Formula 1 no ano que vêm não terá mais do que oito equipas com três carros cada uma. É certo que a categoria máxima do automobilismo é um "Piraña Club", mas existem complicações dos quais eles terão de passar. E uma delas é o número: não pode haver mais do que vinte carros na grelha, os contratos que Bernie Ecclestone assina com as entidades que recebem as corridas, caso contrário, os direitos de organização passam para a FIA. E isso poderá significar outro "braço de ferro" numa guerra surda entre FIA, Ecclestone e o Grupo de Estratégia.
Mas sobre isso, escreverei mais tarde. Agora, vamos a ver se a Caterham resolve os seus problemas e não acabaremos o ano com vinte carros.
O seu diretor desportivo, Manfredi Ravetto, não escondeu em Singapura que a situação não é boa. “Herdamos uma situação crítica. Para ser honesto, quando pegamos a equipe, não havia dinheiro para correr em Silverstone. Hoje em dia, não só arranjamos esse dinheiro como conseguimos correr até aqui, em Singapura”, comentou.
O jornal holandês fala que foram as razões financeiras que levaram Christijan Albers a sair da equipa menos de dois meses após ter chegado. E no fim de semana de Singapura, o grande rumor era se a Caterham iria chegar ou não até ao final do campeonato.
As noticias sobre as dificuldades das equipas do fundo do pelotão só alimentam mais a ideia lançada por Adam Parr há duas semanas em Monza, de que a Formula 1 no ano que vêm não terá mais do que oito equipas com três carros cada uma. É certo que a categoria máxima do automobilismo é um "Piraña Club", mas existem complicações dos quais eles terão de passar. E uma delas é o número: não pode haver mais do que vinte carros na grelha, os contratos que Bernie Ecclestone assina com as entidades que recebem as corridas, caso contrário, os direitos de organização passam para a FIA. E isso poderá significar outro "braço de ferro" numa guerra surda entre FIA, Ecclestone e o Grupo de Estratégia.
Mas sobre isso, escreverei mais tarde. Agora, vamos a ver se a Caterham resolve os seus problemas e não acabaremos o ano com vinte carros.
Vimeo Motorsport Classic: O que faz mover Alex Zanardi
TOUCH THE SKY from tim hahne on Vimeo.
Para mim, o Alessandro Zanardi vai ser sempre impressionante, pronto. Desde que sobreviveu a aquele forte acidente em Spa-Francochamps, em 1993, as coisas que fez na então CART, o seu acidente no Lausitzring, em 2001, e tudo que fez a seguir, desde o seu regresso aos Turismos, com o BMW, e depois quando foi para o ciclismo e venceu quatro medalhas paralímpicas em Londres, numa pista ciclística traçada no circuito de Brands Hatch, todo o percurso desta personagem é simplesmente incrível.
E este filme curtinho, onde ele fala de si e dos seus talentos, que faz parte de algo maior, um documentário de seu nome "Adrenalin", encomendado pela BMW sobre a sua história nos Touring Cars, desde os anos 60 até à atualidade. E demonstra um pouco o que ele é e o que o faz mover. Vale a pena ver.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
O pânico da BBC com o Top Gear na Argentina
Quando se soube que o pessoal do Top Gear estava na Argentina a gravar mais um "especial de Natal", lembrei-me logo das chatices diplomáticas entre a Grã-Bretanha e o país das Pampas por causa das Falkland (ou Malvinas), que andaram à guerra há 30 anos. E hoje mesmo, um dos jornais tabloides britânicos, o "Daily Mirror", falou que a BBC ordenou a Clarkson que não causasse polémica enquanto estivesse por lá.
Uma fonte da BBC conta no Mirror que as coisas ficaram agitadas por lá: "Houve um verdadeiro pânico quando soube que o Top Gear estava indo para a Argentina. Clarkson e sua equipa têm um registro perturbador de ofensas - a mexicanos, a franceses e a asiáticos - e a última coisa que a BBC precisava era de um grande incidente com a Argentina", começa por contar.
"Jeremy foi avisado para andar bem comportado e não fazer nada que ofenda os seus anfitriões. Ele prometeu fazê-lo."
Segundo conta o jornal, a autorização para filmar o especial foi dada "em cima da hora", dado o facto de haver prazos para fazer isto cumprindo o calendário, embora se saiba que ultimamente, os "especiais de Natal costumam ser emitidos em março...
Claro, isto não é alheio o facto de este verão ele esteve sob inquérito e que só foi mantido no lugar devido à popularidade do programa e do seu apresentador. Mas parece que os dirigentes da BBC vão andar com o coração nas mãos por estes dias, enquanto rolam na Patagónia. E sei que pelo caminho vão encontrar cartazes como as que coloco aqui...
A foto do dia
Uma linda russa segurando as tesouras, enquanto que atrás, um piloto posa com um carro da organização do Autódromo de Sochi. A inauguração oficial da pista aconteceu este sábado, com a presença do primeiro-ministro Dimitri Medvedev e com demonstrações de Vitaly Petrov, entre outros. O autódromo custou 200 milhões de dólares e vai acolher pela primeira vez em cem anos, um Grande Prémio da Rússia.
A corrida vai acontecer dentro de três semanas, a 12 de outubro.
domingo, 21 de setembro de 2014
Formula 1 2014 - Ronda 14, Singapura (Corrida)
Depois da Europa, a Formula 1 começa a fazer as suas viagens asiáticas, apesar de este anos ficarmos aliviados por não haver mais as corridas na Coreia do Sul e na India, agora em troca com a Rússia. A corrida inaugural dessa nova ronda por lá, em Singapura, acontece a noite, para agradar aos europeus, que ainda são a vasta maioria dos que assistem na televisão às corridas, que vêm as luzes da cidade à noite, uma manifestação estética inventada por alguém e bem aproveitada por Bernie Ecclestone, que assim arrecada mais alguns milhões para os seus cofres. Se não fosse isso, Singapura seria mais uma corrida chata e artificial, num circuito citadino qualquer, algures no mundo.
Em termos de corrida em si e da sua importância para este "campeonato a dois" por parte da Mercedes, o drama começou logo no primeiro segundo: Nico Rosberg ficou parado na grelha, enquanto via os outros passar. Tal como em Silverstone, a sua caixa de velocidades ficou encravada e começou a corrida das boxes. Lá voltou, mas depois verificou que sempre que metia a primeira velocidade, não poderia ir acima de determinado limite, para evitar que esta se encravasse.
Mas o pior foi quando mais tarde, Rosberg teve de ir às boxes e esta caiu em ponto morto, sem poder trocar para a primeira velocidade. Com isto tudo, o melhor foi desistir e deixar Hamilton sem oposição real. Neste campo, parece que a diferença entre Hamilton e Rosberg em termos de estragos começa a se aproximar... e claro, o inglês quis aproveitar totalmente.
Mas o pior foi quando mais tarde, Rosberg teve de ir às boxes e esta caiu em ponto morto, sem poder trocar para a primeira velocidade. Com isto tudo, o melhor foi desistir e deixar Hamilton sem oposição real. Neste campo, parece que a diferença entre Hamilton e Rosberg em termos de estragos começa a se aproximar... e claro, o inglês quis aproveitar totalmente.
Na volta 31, o nariz de Sergio Perez desfaz-se em mil pedacinhos e a organização não teve outra hipótese do que chamar o Safety Car. O Mercedes ficou na pista para que dessem tempo, demasiado para o gosto dos fãs. Só na volta 38 é que a corrida recomeçou, com Hamilton a abrir logo uma vantagem para os Red Bull de Vettel e Ricciardo. Nas primeiras voltas, o piloto da Mercedes começou a ir embora do pelotão, ao ponto de que na volta 42, já tinha uma vantagem... de dez segundos.
A última parte da corrida foi algo desgastante. Hamilton tinha de abrir uma enorme vantagem para poder trocar pneus e tentar ganhar a corrida, mas a concorrência iria tentar ficar até ao fim. O inglês tentou alargar o mais possivel, até 27 segundos, mas não conseguiu mais do que 22 segundos antes de ir às boxes. Quando voltou à pista, saiu entre Vettel e Ricciardo, mas demrou mais volta e meia para passar o alemão e voltar à liderança.
A atenção nas últimas voltas ficou virada para a luta pelo sexto posto. Valtteri Bottas aguentava pilotos como Kimi Raikkonen, os Dorce India de Nico Hulkenberg e Sergio Perez, e o Toro Rosso de Jean-Eric Vergne. O francês tinha ido às boxes, mas tinha exagerado nos limites da pista e levou uma penalização. Contudo, como tinha pneus mais frescos, pressionou o suficiente para os passar e distanciar-se, ficando no sexto posto final e garantindo a distância necessária para manter o lugar.
No final, a corrida acabou uma volta antes do previsto e foi mais do que suficiente para que Lewis Hamilton vencer e conseguir os pontos necessários para ficar na liderança do campeonato. Os dois Red Bull ficaram logo a seguir, com Vettel a ficar na frente de Ricciardo e pela primeira vez nesta temporada, ambos os pilotos de Milton Keynes subiam ao pódio.
Agora, saído da cidade-estado, a Formula 1 viaja para um clássico do automobilismo que é Suzuka. Daqui a mais duas semanas, acontecerá mais um capitulo da batalha entre as Mercedes, com todos a observar, esperando aproveitar alguma coisa.
Youtube Motorsport Crash: A chuvada das Seis Horas de Austin
Falta menos de duas horas para o fim da corrida, mas já coloco por aqui o video daquele momento em que a chuva caiu e os pilotos começaram a "nadar" dentro dos seus carros...
Já agora, quem me sugeriu isto foi o jornalista Patrick George, do Jalopnik, que está "in loco" a ver a corrida. Sim, as maravilhas do Twitter, meus amigos, dão nisto.
A foto do momento
Uma data de carros na gravilha, depois de deslizarem na chuva do Circuito das Americas, em Austin. Há cerca de 40 minutos caiu uma "tromba d'água" no circuito que fez deslizar os pilotos e provocou uma situação de bandeiras vermelhas. E em muitos aspectos, fez-me lembrar Nurburgring 2007!
No momento em que escrevo isto, a corrida das Seis Horas de Austin irá começar, mas será atrás do Safety Car.