O rali dos Açores irá para a estrada dentro de três semanas, entre os dias 4 e 6 de junho, a contar para o campeonato europeu de ralis (ERC) mas a polémica já começou. Ontem, no dia da apresentação do percurso do rali à imprensa internacional, um grupo de pilotos apresentou um manifesto que pedia o cancelamento de uma classificativa na Lagoa das Sete Cidades devido ao facto de haver troços que atravessam um precipício com mais de uma centena de metros, na borda da caldeira com o mesmo nome.
No comunicado assinado pelos pilotos Alexandre Ramos, Carlos Martins, Diogo Salvi, Gil Antunes, João Correia, Luís Mota, Paulo Babo e Ricardo Teodósio, estes alertam que os três quilómetros iniciais dessa especial das Sete Cidades são desnecessariamente perigosos. O precipício existente, que não é usado há muitos anos, faz com que os pilotos não tenham margem para errar, "precisamente porque não tem segurança".
O protesto foi ouvido pelo diretor da Comissão organizadora do Sata Rallye Açores, Francisco Coelho, e em declarações à Agência Lusa, decidiu minimizar a questão, afirmando que o rali tem um plano de segurança que foi aprovado pela FIA, depois de ter vistoriado os troços.
“Foram tomadas uma série de medidas, como o estreitamento do troço, e o percurso do rali foi analisado por observadores internacionais da FIA e nunca houve qualquer tipo de reação em relação a isso”, começou por afirmar, acrescentando também que "os pilotos que estão com esse receio e que tem esse problema emocional e psicológico é melhor não virem ao rali dos Açores. O pior que pode acontecer é uma pessoa partir para uma prova com a predisposição de que vai ter um acidente", concluiu.
A organização decidiu também que naquele local foram colocados 60 fardos de palha com 600 Kg cada um, já que, como se sabe a zona é protegida em termos ambientais e por isso não podem ser montados rails.
A três semanas do começo do rali, aparentemente surgiu uma nova polémica em relação a um dos troços.
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