Em 1978, a Tyrrell livrou-se das seis rodas e passou para as quatro, com o projeto do 008. Patrick Depailler (aqui, no Mónaco ao lado de Ken Tyrrell e Maurice Philippe, numa foto de Bernard Cahier) manteve-se na equipa, com Ronnie Peterson a rumar à Lotus, sendo substituído pelo novato francês Didier Pironi.
A temporada de 1978 teve um grande inicio para o piloto francês, com quatro pódios nas cinco primeiras corridas da temporada, mas o francês teve um grande desgosto em Kyalami, quando na última volta da corrida, a falta de gasolina fez com que perdesse o comando para o Lotus de Ronnie Peterson. Parecia que o francês não iria vencer corridas na sua carreira, pois já tinha 33 anos, mas isso foi sol de pouca dura, pois no Mónaco, conseguiu aguentar os ataques de Niki Lauda e John Watson para ficar com o lugar mais alto do pódio. Naquele momento, Depailler conseguia a primeira vitória francesa nas ruas do Principado desde Jean-Pierre Beltoise em 1972, e a primeira vitória da Tyrrell em quase dois anos.
No final dessa corrida, Depailler tinha outra coisa do qual se deveria orgulhar: era o líder do campeonato, com 23 pontos, fruto da regularidade e quase que a provar que o carro era bem nascido. Mas tinha um defeito: não era totalmente de efeito-solo - tinha sido desenhado por Maurice Philippe, que tinha substituído Derek Gardner - e a Lotus estava prestes a lançar o seu modelo 79, de efeito solo. Quando apareceu na corrida seguinte, na Bélgica, os carros de Colin Chapman praticamente "fugiram" da concorrência, e Depailler só conseguiria mais onze pontos até ao fim do ano, incluindo um segundo lugar na Áustria.
No final do ano, Depailler achou por bem mudar de ares. A Ligier iria expandir-se para dois carros e Guy Ligier queria uma dupla totalmente francesa, logo, um piloto ao lado de Jacques Laffite. Tinha também Jean-Pierre Jarier como hipótese, mas acabou por escolher Depailler. Ironicamente, Jarier acabou por ir para a Tyrrell... para substituir Depailler.
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