Duas semanas após terem corrido em Zeltweg, máquinas e pilotos tinham chegado a Hockenheim, palco do GP da Alemanha de Formula 1. E com o pelotão a cumprir a 11ª corrida da temporada, as coisas estavam cada vez mais escaldantes, com Michael Schumacher a sofrer a pressão, após duas corridas sem conseguir terminar nos pontos: uma por problemas mecânicos, outra por uma colisão. E isso tinha sido aproveitado pelos McLaren para se aproximar do piloto alemão e tentar a sua sorte.
No paddock, Eddie Irvine estava de volta á Jaguar, recuperado que estava da sua apendicite que o impedira de participar na corrida anterior. Ao mesmo tempo, o seu companheiro de equipa, Johnny Herbert, decidira anunciar que iria abandonar a competição no final do ano, depois de onze temporadas de bons serviços em equipas como Benetton, Tyrrell, Lotus, Ligier, Sauber e Stewart. Ao mesmo tempo, na Jordan, a equipa iria introduzir a versão B do seu modelo EJ10, esperando melhorar as suas performances na pista, ao mesmo tempo que Heinz-Harld Frentzen anunciava que iria extender o seu contrato por mais duas temporadas.
A qualificação tinha acontecido debaixo de tempo intermitente, com o asfalto húmido durante esse tempo. David Coulthard aproveitou o piso seco numa das suas voltas para fazer a pole-position, 1,3 segundos mais veloz do que Michael Schumacher! Giancarlo Fisichella tinha sido o terceiro, no seu Benetton, enquanto que Hakkinen ficava com o quarto tempo. A terceira fila tinha um surpreendente Pedro de la Rosa no quinto lugar, com o seu Arrows, com Jarno Trulli ao seu lado, no novo chassis, enquanto que na quarta fila estavam o segundo Benetton de Alexander Wurz, seguido pelo Jaguar de Johnny Herbert, e a fechar o "top ten" ficava o BAR de Jacques Villeneuve e o segundo Jaguar de Eddie Irvine.
Após a qualificação, o escocês afirmou: "Tinha feito a volta perfeita. Consegui ler as condições da pista e consegui ser o mais veloz na segunda secção. Só tenteni de novo no final da qualificação porque a o asfalto poderia secar depressa e queria assegurar que estava numa posição onde poderia defender-me da pole e atacar ao mesmo tempo. A corrida vai ser dura e desejo os dez pontos."
Dos que ficaram prejudicados com o mudar das condições meteorológicas ficaram Heinz-Harlald Frentzen, que era 17º na grelha, um lugar na frente de Rubens Barrichello.
Dos que ficaram prejudicados com o mudar das condições meteorológicas ficaram Heinz-Harlald Frentzen, que era 17º na grelha, um lugar na frente de Rubens Barrichello.
O dia da corrida estava como no dia anterior, com o tempo incerto, e previsões de chuva durante a prova. Na volta de aquecimento, o motor do Williams de Jenson Button recusou a colaborar e acabaria por largar das boxes. Quando o sinal ficou verde, Hakkinen larogu melhor do que Coulthard, enquanto que Schumacher, ao ir para a esquerda no sentido de passar Coulthard, bateu no Benetton de Fisichella, com este a furar o pneu traseiro esquerdo, acabando por parar à barreira de pneus. Ambos retiraram na hora e pela terceira vez seguida, Schumacher não terminava a corrida. Pior: pela segunda vez consecutiva, nem terminava a primeira volta!
Atrás, Barrichello subia até à décima posição, e duas voltas depois, era oitavo, depois de passar os BAR. Na frente, Hakkinen mantinha a primeira posição, com algum avanço sobre Coulthard e Trulli, enquanto que o piloto brasileiro fazia a sua escalada imparável. Na quinta volta tinha passado Jos Verstappen e tinha entrado nos pontos e depois de passa Herbert, na volta segunte, era consecutivamente mais veloz para tentar apanhar Pedro de La Rosa, que era quarto. Atrás, Frentzen demorava mais tempo para passar os pilotos que estavam na sua frente, mas na décima volta, ele era sexto.
Na volta 12, Barrichello passava o espanhol da Arrows, enquanto que Frentzen já se aproximava dos dois. O piloto da Ferrari ainda passou Trulli para ficar com o terceiro posto, mas na volta 17, reabasteceu o seu carro, regressando à pista dois lugares mais abaixo. Frentzen parou na volta seguinte, voltando na sexta posição.
Por esta altura, os McLaren rodavam juntos, com 1,4 segundos a separar Hakkinen de Coulthard, mas com um avanço de 22 segundos sobre o Jordan de Trulli, mas na volta 25, o insólito acontecia: na reta de Hockenheim, antes da primeira chicane, um homem estava no meio da pista, a segurar um cartaz nas costas, a tentar perturbar a corrida. Os espectadores observavam, atónitos, sem saber o que se passava. A direção reagiu de imediato, colocando o Safety Car na pista, enquanto que os comissários de pista tiravam o intruso dali. Soube-se depois que era um ex-trabalhador da Mercedes, de seu nome Robert Sehli, então com 47 anos, que tinha sido despedido da fábrica onde trabalhava, em Le Mans, devido a questões de saúde.
Com isto, os pilotos da frente aproveitavam a oportunidade - excepto Barrichello e Frentzen - para reabastecer. Os comissários de pista demoraram três voltas para apanhar Sehli e na volta 28, a corrida recomeçou, com Hakkinen na frente, seguido por Trulli, pressionado por Barrichello e Frentzen, mas as coisas não ficaram assim por muito tempo. No inicio da volta 30, Jean Alesi, no seu Prost, e Pedro Diniz, no seu Sauber, colidiram na Curva 1 e os destroços focaram espalhados por uma área perigosa, fazendo com que o Safety Car entrasse de novo, para que se pudesse varrer os destroços.
As coisas ficaram assim por duas voltas e quando recomeçou, o finlandês da McLaren manteve a liderança, mas na volta 33, a chuva começou a cair na pista. Este era ligeiro, e permitia que os pilotos com pneus secos pudessem ficar na pista, desde que tivessem o engenho suficiente para manter o carro por lá. Todos foram às boxes para mudar de pneus, menos Barrichello, Coulthard, Frentzen e o BAR de Ricardo Zonta.
Contudo, para Trulli, foi um pesadelo: na volta 37, fora penalizado porque os comissários de pisrta tinham visto passar o Ferrari de Barrichello numa zona de bandeiras amarelas, sendo penalizado com uma paragem de dez segundos, estragando as suas chances de pontuar, pois regressou à pista na 11ª posição.
Na volta seguinte, Coulthard para nas boxes para trocar para pneus de chuva, regressando em quinto, mas Barrichello ficava na pista, contra todas as expectativas. Hakkinen ficava à distância, sem se aproximar muito, enquanto que Frentzen encostava à berma na volta 40, quando a sua caixa de velocidades cedeu, deixando Mika Salo no terceiro lugar. Coulthard e Button o iriam apanhar nas volta seguintes.
Mas na frente, parecia que se assistia um milagre, e à medida que se avistava a bandeira de xadrez, a Formula 1 iria ver algo que já não via ha muito tempo: um brasileiro a vencer um Grande Prémio. E tal como tinha acontecido quase um ano antes em Nurburgring, iria ser uma vitória popular. Quando Rubens Barrichello cruzou a meta, o público e o paddock celebravam a vitória de um piloto popular. No pódio, ele sucumbiu às emoções e chorava compulsivamente quando ouvia o hino do seu país e terminava sete anos de jejum, desde Ayrton Senna, no GP da Austrália de 1993.
Mika Hakkinen e David Coulthard completavam o pódio, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficavam o Williams de Jenson Button, o Sauber de Mika Salo e o Arrows de Pedro de la Rosa.
As coisas ficaram assim por duas voltas e quando recomeçou, o finlandês da McLaren manteve a liderança, mas na volta 33, a chuva começou a cair na pista. Este era ligeiro, e permitia que os pilotos com pneus secos pudessem ficar na pista, desde que tivessem o engenho suficiente para manter o carro por lá. Todos foram às boxes para mudar de pneus, menos Barrichello, Coulthard, Frentzen e o BAR de Ricardo Zonta.
Contudo, para Trulli, foi um pesadelo: na volta 37, fora penalizado porque os comissários de pisrta tinham visto passar o Ferrari de Barrichello numa zona de bandeiras amarelas, sendo penalizado com uma paragem de dez segundos, estragando as suas chances de pontuar, pois regressou à pista na 11ª posição.
Na volta seguinte, Coulthard para nas boxes para trocar para pneus de chuva, regressando em quinto, mas Barrichello ficava na pista, contra todas as expectativas. Hakkinen ficava à distância, sem se aproximar muito, enquanto que Frentzen encostava à berma na volta 40, quando a sua caixa de velocidades cedeu, deixando Mika Salo no terceiro lugar. Coulthard e Button o iriam apanhar nas volta seguintes.
Mas na frente, parecia que se assistia um milagre, e à medida que se avistava a bandeira de xadrez, a Formula 1 iria ver algo que já não via ha muito tempo: um brasileiro a vencer um Grande Prémio. E tal como tinha acontecido quase um ano antes em Nurburgring, iria ser uma vitória popular. Quando Rubens Barrichello cruzou a meta, o público e o paddock celebravam a vitória de um piloto popular. No pódio, ele sucumbiu às emoções e chorava compulsivamente quando ouvia o hino do seu país e terminava sete anos de jejum, desde Ayrton Senna, no GP da Austrália de 1993.
Mika Hakkinen e David Coulthard completavam o pódio, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficavam o Williams de Jenson Button, o Sauber de Mika Salo e o Arrows de Pedro de la Rosa.
No meio dos festejos, soube-se depois que Sehli tinha tentado protestar no inicio do Grande Prémio, em frente da grelha de partida, mas foi impedido de entrar pelos comissários de pista. E tinha tentado a mesma coisa tempos antes, em Magny Cours, mas os comissários também tinham conseguido impedir que ele entrasse na pista. No final, após ter sido interrogado pela policia, acabou por pagar uma multa de 600 dólares por ter violado os limites da pista.
Mas o que interessava é que no final da corrida alemã, o mundial estava ao rubro: Schumacher liderava com 56, mas quer Hakkinen, quer Coulthard estavam igualados, com 54 pontos cada um. E Barrichello, estreante nas vitórias, estava apenas a dez pontos do seu companheiro de equipa. Schumacher tinha de reagir, e rápido.
momento histórico!
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