Estamos a meio de setembro e a questão do percurso e os países que vão acolher a caravana do maior "rally-raid" do mundo (na imagem, a edição de 2014) ainda não está resolvida, após a recusa do Chile e a incapacidade do governo peruano em acolher a caravana, citando razões climáticas, mas que poderão esconder algo mais, como dinheiro. E a hipótese do puro cancelamento do rali, por um motivo diferente da de 2008, poderá ser cada vez mais real.
A Amaury Sports Organization (ASO) tem neste momento uma batata quente nas mãos em relação ao rali que agora está na América do Sul. É que com a retirada de Chile e Peru, decidiu elaborar um percurso maioritariamente argentino, em principio com partida em Buenos Aires e chegada em Rosário, com passagem pela Bolívia. Contudo, a apresentação desse percurso, que deveria ter acontecido esta quarta-feira, em Paris, acabou por ser adiada sem grande explicação. A revista argentina "Corsa" apresenta uma: divergências entre a ASO e o Ministério do Turismo local, encabeçada por Enrique Meyer. Para a edição deste ano, o governo Kirchner deu cerca de 28,5 milhões de dólares à ASO e por causa de agora ter mais percurso em terras argentinas, exige mais 6,5 milhões, o que o outro lado recusa.
E é por causa desse impasse que as coisas poderão estar ameaçadas. É que o percurso, aparentemente, terá passagens por Villa Carlos Paz, Termas de Rio Hondo, Jujuy e Salta, antes de entrar em terras bolivianas, para o Salar de Uyuni, antes de voltar à Argentina - o dia de descanso seria em Salta - e voltar por La Rioja, San Juan, de novo Villa Carlos Paz e a meta, em Rosário. E enquanto o problema financeiro não se resolver, a ameaça de cancelamento poderá ser real.
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