Não vi toda a corrida de Phillip Island da Moto3, mas tive tempo para ver a queda do Danny Kent. E sabia que se o Miguel Oliveira aproveitasse, conseguiria ficar numa situação privilegiada. E foi o que aconteceu: a quarta vitória no campeonato, o quarto pódio consecutivo, e a duas provas do fim, ele é o segundo classificado, a quarenta pontos do piloto britânico.
E por causa disso, o campeonato ganhou mais emoção. A última vitória de Kent foi em paragens britânicas, há quatro corridas, e desde então não conseguiu mais do que dois sextos lugares, e duas quedas, na mesma altura em que o piloto português conseguiu os quatro pódios seguidos, nunca abaixo do segundo posto. É uma recuperação excepcional, que contrasta com os resultados mais modestos que teve a meio da temporada, que ainda teve a queda na Alemanha, onde fraturou um dedo da sua mão direita.
E ainda por cima, para Oliveira, tudo correu bem hoje: outro dos seus adversários, o italiano Enea Batistini, também caiu.
E agora, como vai ser? Danny Kent ainda tem tudo a seu favor nas duas últimas provas que faltam, na Malásia e em Valencia. A primeira corrida acontecerá dentro de uma semana em Sepang, e numa corrida em que todos andam no mesmo segundo e é uma questão de sorte se ficas na frente do pelotão, parece que o piloto português tem a sorte a seu lado na altura decisiva deste campeonato. Faltam dez pontos para Kent seja campeão, mas poderão ser os mais dolorosos para serem conquistados. E nem todos tem esse estofo de campeão.
Uma coisa é certa: vai ser um final de campeonato emocionante. E até eu, que nem ligo muito ao motociclismo, quero saber como é que isto vai acabar.
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