Há precisamente 40 anos, nos arredores de Londres, terminava uma equipa. Graham Hill, Tony Brise e quatro elementos da sua própria equipa iam num Piper Aztec Turbo que vinha de Paul Ricard, rumo ao aerodromo de Elstree, para irem a um jantar com potenciais patrocinadores. Infelizmente, o nevoeiro perturbou a sua aterragem, de tal forma que acabaram por embater numa árvore, com todos a morrerem no impacto.
O acidente foi um choque na Grã-Bretanha. Hill era uma lenda e um herói para muita gente, graças aos seus dois títulos mundiais e as cinco vitórias no Mónaco, que o elevaram ao estatuto de lenda, e o facto de ter corrido durante 18 temporadas - uma geração para muita gente - e safado de uma morte no automobilismo, algo do qual muitos não conseguiram evitar. Só naquele ano é que pendurou o capacete, numa altura em que tinha montado a sua própria equipa, que tinha um jovem talento na figura de Tony Brise. Hill confiava nele que tinha decidido que em 1976, iria ter um só carro, com todos os seus recursos concentrado nele e no GH2, que tinha mostrado resultados prometedores.
Já escrevi muito sobre esse período da história, e é mais um dos clássicos "e se?". Não creio que a Hill seria uma equipa que estivesse a caminho de títulos e campeonatos, mas nos anos 70, era frequente aparecerem equipas de ex-pilotos a tentarem a sua sorte (Surtees, Merzário e Copersucar-Fittipaldi são dessa altura), a quererem imitar os feitos de Brabham e McLaren, mas do qual os resultados não foram fantásticos. Mas nessa altura havia esperança, dado que tinham conseguido três pontos e tiveram nas suas fileiras um futuro campeão do mundo, Alan Jones de seu nome.
No final, para além das seius vidas desaparecidas, tivemos as dificuldades dos Hill em pagar as contas, porque Graham não tinha feito seguro para toda a gente. A equipa dissolveu-se e Damon, o seu filho, só a meio da década seguinte é que se meteu nos automóveis. Ainda teve tempo para vencer um campeonato do mundo, aos 36 anos, e como o pai, entrou na história.
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