Ainda não tenho uma resposta sobre como encarar Abu Dhabi no calendário. Tanto se pode amar ou odiar, dependendo sempre da corrida que lá acontecer. Os de 2010 e de 2012 está nos anais do memorável por causa da agitação que deu e dos incidentes que aconteceram, que resultaram no primeiro título de Sebastien Vettel ou na primeira vitória de Kimi Raikkonen após o seu regresso à categoria máxima do automobilismo, mas nos outros anos, a corrida árabe é das mais aborrecidas e das mais artificiais do campeonato, o símbolo do que é a Formula 1 atual, onde é mais importante o que está à volta do que o que está na pista.
E num ano em que tudo é previsível - sejamos honestos, a última temporada excitante provavelmente foi 2012 - este final de temporada, depois de tudo decidido, foi uma pequena angustia que nos faz lembrar aqueles garotos que ficam connosco no nosso carro andam a nos questionar com aquela frase clássica: "falta muito para lá chegarmos? E Abu Dhabi faz lembrar a sua vizinha Dubai: tudo cheira a novo, tudo é artificial, sem emoção.
Quando sabemos quem vai ganhar, e em que carro andará, este torna-se no nosso maior teste para saber se vale a pena sentar-se à frente da televisão para ver a corrida, ou procurar pela Net por aquele link clandestino para podermos ver a corrida sem termos de pagar, amaldiçoando Bernie Ecclestone por ser o vampiro sugador de dinheiro que conhecemos. E quem ainda acha que vale a pena ver a corrida por esperar o inesperado, fica a pensar porque é que não estamos nos tempos em que isto era uma corrida de resistência para ver quem chegava ao fim e veríamos seis ou oito carros a chegar ao fim, com um rasto de desistências e onde os mais pequenos, num dia de sorte, estariam a comemorar um quinto lugar como se fosse uma vitória. Mas os tempos de bodo aos pobres já acabaram...
A largada foi normal na frente, mas atribulada atrás. Sebastian Vettel andava a tentar recuperar alguns lugares, mas quase foi eliminado por Fernando Alonso, que não parou a tempo, tocou no seu carro e no Lotus de Pastor Maldonado, que acabou por eliminar o piloto venezuelano. E se o alemão não teve nada de especial (acabou por recuperar até ao quarto lugar final), o espanhol arrastou-se até às boxes e... continuou! Pior sorte teve Maldonado, que desta vez, foi vitima. Após isso, os comissários de pista analisaram o incidente e decidiram que ele teria de ser penalizado com "drive through", ficando cada vez mais atrás...
Nas voltas seguintes, Rosberg começou a abrir uma diferença para Hamilton, quase a mostrar ao mundo que a Mercedes, depois de resolver a questão do título, resolveu "germanizar" um pouco mais, mostrando ao mundo que eles têm dois pilotos capazes de alcançar títulos. Atrás, Daniel Ricciardo conseguiu livrar-se de Nico Hulkenberg para o quinto posto, enquanto que atrás, Sebastien Vettel recuperava lugar atrás de lugar, para chegar aos pontos.
A primeira ronda das boxes, por alturas da décima volta, estava a acontecer sem grandes problemas até à vez de Valtteri Bottas, que quando saiu do seu lugar, bateu na traseira de Jenson Button e arrancou a frente do seu Williams, perdendo a sua chance de pontuar. E foi nessa altura que Nico Rosberg e Lewis Hamilton faziam as suas primeiras paragens. Aliás, o único que não parava, com uma estratégia diferente, era Vettel. E alcançava o seu objetivo, quando chegou ao quarto posto.
A partir dali, não houve grande história. Apesar de Vettel ter caído para o sexto posto após a sua paragem nas boxes - lugar ocupado por Sergio Perez - ele recuperou rapidamente quando colocou os pneus supermacios. Na frente, apesar das trocas, Hamilton tentou aproximar-se de Rosberg, mas não conseguiu muito. Atrás, Kimi Raikkonen manteve o terceiro lugar, mesmo que na volta 32 as coisas terem corrido um pouco piores na troca de pneus.
A primeira ronda das boxes, por alturas da décima volta, estava a acontecer sem grandes problemas até à vez de Valtteri Bottas, que quando saiu do seu lugar, bateu na traseira de Jenson Button e arrancou a frente do seu Williams, perdendo a sua chance de pontuar. E foi nessa altura que Nico Rosberg e Lewis Hamilton faziam as suas primeiras paragens. Aliás, o único que não parava, com uma estratégia diferente, era Vettel. E alcançava o seu objetivo, quando chegou ao quarto posto.
A partir dali, não houve grande história. Apesar de Vettel ter caído para o sexto posto após a sua paragem nas boxes - lugar ocupado por Sergio Perez - ele recuperou rapidamente quando colocou os pneus supermacios. Na frente, apesar das trocas, Hamilton tentou aproximar-se de Rosberg, mas não conseguiu muito. Atrás, Kimi Raikkonen manteve o terceiro lugar, mesmo que na volta 32 as coisas terem corrido um pouco piores na troca de pneus.
No final de uma corrida aborrecida, a hierarquia atual: Nico Rosberg foi o grande vencedor, seguido por Lewis Hamilton e por Kimi Raikkonen, que certamente vai detestar o "pseudo-champanhe" do pódio árabe, e na frente de Sebastian Vettel, Sergio Perez e Daniel Ricciardo.
No meio do fogo de artificio da noite árabe, terminou a temporada de 2015 da Formula 1, mas uma de dominio dos Flachas de Prata, numa era demasiado artificialista para estas bandas e me faz questionar pela primeira vez em muito tempo sobre se vale a pena seguir esta competição, numa altura em que surgem alternativas interessantes como a Formula E, o Mundial de Endurance, entre outros.
E é provável que em 2016 iremos ver mais do mesmo, em mais tilkódromos, em lugares de qualidade duvidosa em termos de direitos humanos, numa Formula 1 que está a ser cada vez mais uma caricatura de si mesma. Veremos.
Ainda bem que a temporada de 2015 terminou.
ResponderEliminarQue a temporada de 2016 seja o ano de Nico Rosberg ser campeão, porque um terceiro vice já é demais!!!!