AS AVENTURAS NO EXTERIOR
Em 1971, Charlton manteve o Lotus 49, enquanto pensava em ter o seu sucessor, o modelo 72. Apoiado pela tabaqueira Lucky Strike, sabia que teria de estar competitivo para evitar os ataques da Gunston, que arranja um modelo March 701 para John Love e Brabham BT26A para Jackie Pretorious. E é ele que se torna no primeiro vencedor, em Killarney, a 9 de janeiro, no Cape South Easter Trophy.
Mas a partir dali, Charlton vence as duas provas seguintes, em Pietmaritzburg e em Kyalami, antes de Love ser o vencedor em Goldfields, no seu March. Charlton respondeu em Bulawayo e em Kyalami, no South African Republic Festival Trophy, antes de Pretorious ser o melhor no Natal Winter Trophy, em Pietmaritzburg.
Pouco depois, Charlton consegue um Lotus 72, para andar a par dos carros da Gunston, e vence em Kyalami, mas Love é o melhor no False Bay 100, em Killarney e em Bulawayo, no GP da Rodésia. Mas nas duas últimas provas do ano, no Rand Spring Trophy e no Welkom 100, Charlton vence ambas as corridas e revalida o campeonato a seu favor, com 72 pontos, contra os 48 de Pretorious e os 45 de Love.
Para a temporada de 1972, Charlton manteve o Lotus 72, mas a Scuderia Scribante pensou em alargar-se para além da paisagem local. Durante a temporada de 1971, Charlton correu pela Brabham no GP da Africa do Sul, e aproveitou a sua passagem pela Grã-Bretanha para ir buscar o seu Lotus 72 para participar no GP britânico, em Silverstone, incluido na equipa oficial ao lado de Emerson Fittipaldi e Reine Wissell. Charlton até se qualificou bem, na 13ª posição, mas o seu motor explodiu logo na primeira volta, terminando prematuramente.
Em 72, as coisas foram perfeitas para Charlton, dominando o campeonato. Só não ganhou três corridas, uma delas vencidas por um estreante de 27 anos, Eddie Keizan, que corria pela Alex Bignault Raging, a bordo de um Surtees TS9. John Love ficara com as restantes vitórias, no Natal Winter Trophy e no GP da Rodésia, ambos a bordo de um Brabham BT33.
Em 72, as coisas foram perfeitas para Charlton, dominando o campeonato. Só não ganhou três corridas, uma delas vencidas por um estreante de 27 anos, Eddie Keizan, que corria pela Alex Bignault Raging, a bordo de um Surtees TS9. John Love ficara com as restantes vitórias, no Natal Winter Trophy e no GP da Rodésia, ambos a bordo de um Brabham BT33.
Mas entre vitórias, ele e a Scuderia Scribante foram à aventura europeia. Primeiro, correndo na prova local, terminando prematuramente na volta dois, com um problema na bomba de combustível. Depois, participando nas corridas de França, Grã-Bretanha e Alemanha, realizadas em três dos circuitos mais desafiadores de então. Em Charade, Charlton não conseguiu marcar um tempo e não se qualificou, e na corrida seguinte, em Brands Hatch, foi apenas 24ª na grelha e a sua corrida acabou na 21ª volta devido a um problema na caixa de velocidades. Em Nurburgring, Charlton lutou para se qualificar, e a sua corrida terminou na quarta volta, depois de sofrer problemas fisicos.
No final, a aventura foi pouco produtiva para o carro que tinha em mãos, e terminava ali a aventura no competitivo mundo da Formula 1. E ao redor da esquina, outros compatriotas preparavam-se para seguir o seu rumo. Mas eles não passariam pelo crivo local...
A NOVA GERAÇÃO... E A IRONIA DO MELHOR DE TODOS
O melhor piloto de Formula 1 da história deste país carrega consigo uma grande ironia: nunca participou em qualquer corrida do campeonato local. Jody Scheckter era um piloto veloz de East London, mas quando saiu da Africa do Sul em 1971, era o irmão mais novo de Ian Scheckter, nascido a 22 de agosto de 1947 em East London. Ambos eram filhos do representante da Renault na cidade, e claro, começaram a correr em modelos 8 Gordini. Cedo mostraram talento, mas Jody foi para a Grã-Bretanha, correr na Formula 3, enquanto que Ian, depois de experimentar os monolugares, regressou à África do Sul para andar no campeonato local, tentando quebrar o domínio de Charlton e Love, um veterano que já caminhava para os 50 anos de idade.
Em 1973, o regulamento permitiu a entrada de carros de Formula 2, e este se alargou para um pelotão de 15 carros. Charlton continuou com o Lotus 72, enquanto que Keizan andava num Tyrrell 003 da Lexignton Racing. Love tinha continuado num Surtees TS9 da Gunston, tendo como seu companheiro de equipa Paddy Driver.
Contudo, desde a primeira corrida, Charlton não deu qualquer chance à concorrência. Excepto nas corridas de Bulawayo e Goldfields, ganhos respectivamente por Eddie Keizan e John McNichol, o piloto da Scuderia Scribante dominou a concorência e conseguiu o seu quinto campeonato consecutivo, com 40 pontos de avanço sobre Keizan. Scheckter foi quarto, com apenas 29 pontos.
Meses antes, contudo, Charlton foi protagonista pela negativa. Na segunda volta do GP da África do Sul, em março, ele, que partia do 13º posto da grelha, tinha conseguido subir ao oitavo posto quando tentou passar o BRM de Clay Regazzoni. A manobra correu mal e ambos colidiram, levando consigo o Surtees de Mike Hailwood. Charlton conseguiu levar o carro até às boxes, para acabar por desistir, mas na pista, o drama acontecia, quando o britânico tentava tirar o piloto suiço do seu carro em chamas, preso devido ao cinto de segurança. Hailwood conseguiu tirar o piloto de lá, mesmo com o seu fato de competição em chamas. No final do ano, a sua coragem valeu-lhe ser condecorado com a George Medal, a mais alta condecoração civil por bravura.
A NOVA GERAÇÃO... E A IRONIA DO MELHOR DE TODOS
O melhor piloto de Formula 1 da história deste país carrega consigo uma grande ironia: nunca participou em qualquer corrida do campeonato local. Jody Scheckter era um piloto veloz de East London, mas quando saiu da Africa do Sul em 1971, era o irmão mais novo de Ian Scheckter, nascido a 22 de agosto de 1947 em East London. Ambos eram filhos do representante da Renault na cidade, e claro, começaram a correr em modelos 8 Gordini. Cedo mostraram talento, mas Jody foi para a Grã-Bretanha, correr na Formula 3, enquanto que Ian, depois de experimentar os monolugares, regressou à África do Sul para andar no campeonato local, tentando quebrar o domínio de Charlton e Love, um veterano que já caminhava para os 50 anos de idade.
Em 1973, o regulamento permitiu a entrada de carros de Formula 2, e este se alargou para um pelotão de 15 carros. Charlton continuou com o Lotus 72, enquanto que Keizan andava num Tyrrell 003 da Lexignton Racing. Love tinha continuado num Surtees TS9 da Gunston, tendo como seu companheiro de equipa Paddy Driver.
Contudo, desde a primeira corrida, Charlton não deu qualquer chance à concorrência. Excepto nas corridas de Bulawayo e Goldfields, ganhos respectivamente por Eddie Keizan e John McNichol, o piloto da Scuderia Scribante dominou a concorência e conseguiu o seu quinto campeonato consecutivo, com 40 pontos de avanço sobre Keizan. Scheckter foi quarto, com apenas 29 pontos.
Meses antes, contudo, Charlton foi protagonista pela negativa. Na segunda volta do GP da África do Sul, em março, ele, que partia do 13º posto da grelha, tinha conseguido subir ao oitavo posto quando tentou passar o BRM de Clay Regazzoni. A manobra correu mal e ambos colidiram, levando consigo o Surtees de Mike Hailwood. Charlton conseguiu levar o carro até às boxes, para acabar por desistir, mas na pista, o drama acontecia, quando o britânico tentava tirar o piloto suiço do seu carro em chamas, preso devido ao cinto de segurança. Hailwood conseguiu tirar o piloto de lá, mesmo com o seu fato de competição em chamas. No final do ano, a sua coragem valeu-lhe ser condecorado com a George Medal, a mais alta condecoração civil por bravura.
(continua no próximo capitulo)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...