O britânico Peter Westbury, bicampeão nacional de rampa e com passagens pela Formula 3, Formula 2, e Formula 1, morreu esta terça-feira na ilha de Tobago, onde residia há algum tempo. Tinha 77 anos e as causas da sua morte ainda não são conhecidas.
Nascido a 26 de maio de 1938 em Roehampton, nos arredores de Londres, Westbury começou a interessar-se cedo pela mecânica, onde construiu um carro que o batizou de MGW, e em 1960, passou para um Cooper-Climax, correndo nas rampas britânicas. Nesse carro, colocou um motor Daimler V8, com alguns resultados interessantes.
Continuou a competir em rampas, com carros construidos por ele mesmo, até que em 1963 apareceu com uma máquina Felday, com um motor Daimler V8 2.6 comprimido a ar, onde se tornou campeão britânico. Em 1964, tomou posse do Ferguson P99 de motor à frente, mas com quatro rodas motrizes, e revalidou o título mundial. Para além disso, levou o carro para o Brighton Speed Trials, onde aproveitou a vantagem das quatro rodas motrizes para vencer no quarto de milha em onze segundos.
No ano seguinte, continuou a aproveitar as quatro rodas motrizes para construir um Felday 4, com motor BRM, no sentido de competir nos Sportscars. Westbury e Mac Daghorn venceram corridas em Mallory Park, na Irlanda, e até Jim Clark experimentou o carro, de forma breve e sem grandes resultados, em Brands Hatch.
Em 1967, passou a correr na Formula 3, onde a bordo de um Brabham, venceu corridas em Silverstone, no circuito belga de Chimay e no circuito francês de Clermont-Ferrand. Ao mesmo tempo, pegou no BRM P67 de quatro rodas motrizes para competir no campeonato britânico de montanha, onde dominou por meia temporada. No ano seguinte, Peter Lawson pegou nesse carro para acabar por ser campeão.
Em 1969, Westbury estava a correr na Formula 2, a bordo de um Brabham BT30, onde terminou a temporada no quinto posto, tendo como melhor resultado um segundo lugar na corrida de Vallelunga. Em agosto, levou o seu carro para Nurburgring, onde fez parte do GP da Alemanha de Formula 1, terminando a corrida no nono lugar da classificação. Continuou a correr na temporada seguinte, onde conseguiu de novo um segundo lugar na corrida de Enna-Pergusa.
No final dessa temporada, tentou a sua sorte num Formula 1, mais concretamente num BRM P153, no quarto carro da equipa, ao lado de Pedro Rodriguez, Jackie Oliver e do canadiano George Eaton. Apesar de ter tentado a sua sorte, um motor partido o impediu de alinhar na corrida americana, terminando assim a sua única participação na categoria máxima do automobilismo.
Após isto, o resultado mais de relevo aconteceu em 1971, quando conseguiu o terceiro lugar na corrida de Jarama, a contar para o Europeu de Formula 2.
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