O Dakar para Carlos Sousa acabou hoje com uma avaria irreversível para o piloto português. Depois de um começo bem difícil para o piloto português, perdendo mais de duas horas por problemas mecânicos, caindo para a 94ª posição na geral, conseguiu recuperar cerca de 50 lugares até que hoje sofreu um acidente no quilómetro 188 da etapa entre Jujuy e Uyuni, na Bolívia, ao cair num buraco e danificou o seu Mitsubishi de forma irremediável.
Assim sendo, o piloto português de 49 anos teve a sua terceira desistência de uma longa carreira no Dakar, que já vai na sua 17ª participação.
No final do dia, explicou o que se passou: “A especial estava a correr-nos muito bem. Tínhamos já ultrapassado vários carros e seguíamos a um bom ritmo. Só que de repente, começou a chover intensamente, depois a cair granizo e o vidro da frente embaciou totalmente, deixando-nos quase sem visibilidade para a estrada. Abrandei para o Paulo Fiuza poder limpar o vidro, só que em menos de dois segundos estávamos com o carro fora de pista, junto a um precipício e pendurados em duas pedras. O João Franciosi, nosso colega de equipa na Mitsubishi Brasil, ainda nos tentou ajudar, só que na posição em que o carro ficou só mesmo com a ajuda de um camião”, começou por explicar o piloto português.
“Tentámos pedir novamente ajuda, mas ninguém quis parar… Vimos o tempo a passar e a temperatura a baixar abruptamente. Com zero graus e a 4.000 metros de altitude, começamos a passar um pouco mal… Foi então que os médicos da prova chegaram e insistiram para abandonarmos o local, porque não nos deixariam passar ali a noite. E assim, viemos de helicóptero até ao acampamento, tristes e desolados por este desfecho. Mas realmente, este não era mesmo o nosso Dakar”, concluiu.
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