Jim Clark foi um dos melhores pilotos do seu tempo. A sua lealdade à Lotus é algo que hoje em dia pouco se vê no automobilismo, onde os pilotos ficam por alguns anos, sempre procurando pelo melhor. O piloto escocês, morto faz hoje 48 anos, conseguiu 25 vitórias em 72 corridas sempre ao serviço de Colin Chapman.
Mas no meio disto tudo, houve "buracos" na carreira de Clark. Apesar de nunca ter ganho em Le Mans (andou no inicio da carreira e acabou sempre no pódio!) e de ter vencido nas 500 Milhas de Indianápolis em 1965 - e sendo segundo em 1963 e 1966 -, e sendo tricampeão na Tasman Series, houve algo do qual Clark nunca conseguiu: vencer no Mónaco. Entre 1961 e 1967, não só nunca venceu, como até se deu ao luxo de dispensar a corrida, para correr - e claro, ganhar - no "Brickyard". O seu melhor resultado foi um quarto posto em 1964, depois de fazer a "pole-position".
Mas houve uma altura em que Clark esteve prestes a colocar Monte Carlo na sua lista de vitórias. Foi em 1963 (nesta foto de Bernard Cahier), onde o piloto da Lotus tinha feito a "pole-position". A corrida foi um duelo entre ele e Graham Hill, o campeão do mundo e piloto da BRM, por cem voltas, numa corrida desgastante. E numa corrida onde um piloto poderia trocar de marcha por 2600 vezes (!) o vencedor era aquele que tinha o carro mais resistente. E a caixa de velocidades do seu Lotus quebrou, na volta 76.
Contudo, essa foi a única grande derrota de Clark nessa temporada. A partir dali, o escocês venceria sete corridas e seria campeão do mundo com 73 pontos, 54 dos quais contaram para a classificação geral.
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