Por fim, depois de quatro corridas - aquela parte da Rússia não é bem Europa - a Formula 1 chega a um sitio mais tradicional, que é Barcelona, numa data tradicional, porque por norma, o GP de Espanha é a primeira corrida em solo europeu desde... 1968. O circuito de Barcelona é normalmente um sitio onde todos conhecem com a palma da mão, tanto que nos últimos tempos se tornou na pista de testes por excelência da Formula 1. Não só está perto das fábricas, como o clima é ameno no pico do inverno, sem neves a incomodar, como aconteceria, por exemplo, em Silverstone.
E por ser um sitio tradicional, onde todos se conhecem, é que não havia grandes expectativas em termos de qualificação. Isto, se decorressem de forma normal, sem percalços. E se não existisse qualquer percalço, então estaríamos a ver o monopólio dos Mercedes na primeira linha, com os Ferrari e os Red Bull logo a seguir. Agora perguntam-me: "se este narrador sabe do que fala, escuso de ler o resto!" Calma, estou a escrever este parágrafo antes da qualificação começar. E que eu saiba, ainda não tenho poderes de adivinhação. E sou sempre daqueles que espera... o inesperado.
E houve inesperados: a Red Bull ficou na frente da Ferrari na grelha de partida, e Max Verstappen confirmou os seus créditos, ao ser quarto classificado na grelha, batido apenas pelos Mercedes e pelo seu companheiro de equipa, Daniel Ricciardo. O holandês, filho de Jos Verstappen, por algum tempo parecia que poderia bater mais um recorde de precocidade, ao ser o piloto mais novo a alinhar na primeira fila da grelha de partida, aproveitando uma falha de Lewis Hamilton logo na sua primeira tentativa, mas isso não aconteceu.
Como houve vencedores, tinha de haver vencidos. A Ferrari foi batida pela Red Bull e poderá ter perigado um pouco a presença de Maurizio Arrivabene no comando da equipa, apesar de Sebastian Vettel ter amenizado um pouco, ao ser quinto na grelha. Mas pior ficaram os Williams, pois Felipe Massa ficou-se dentro da Q1, saindo da 18ª posição da grelha, e Valtteri Bottas ficou no sétimo posto, embora tenha ficado na frente de Carlos Sainz Jr, de Sergio Perez e de Fernando Alonso, que por fim, colocou o seu carro na Q3 pel primeira vez nesta temporada.
Debaixo de céu nublado, mas sem chuva, a qualificação correu normalmente na primeira parte, à excepção da eliminação de Felipe Massa da Q2, a favor dos Renault de Joylon Palmer e Kevin Magnussen. No final do treino, culpou o tráfego pelo seu falhanço: “Foi uma pena. Tive tráfego na minha primeira volta e não tivemos tempo para sair de novo”, começou por dizer. "É muito frustrante, a equipe precisa ter uma margem maior nestes casos. Paramos para trocar os pneus e logo depois não nos deu tempo de voltar para a pista. Amanhã será difícil", concluiu.
E com ele ficaram os Sauber de Marcus Ericsson e Felipe Nasr (que se amargou afirmando que o carro não terá evoluções até ao final do ano) e os Marussia de Pascal Wehrlein e Rio Haryanto.
Para a Q2, também não houve grandes surpresas. Havia a expectativa de saber se Daniil Kvyat iria dar o troco da despromoção que tinha sido sujeito após o GP russo, mas no final, ficou apenas com o 13º tempo, ficando na frente do Haas de Romain Grosjean, mas por exemplo, fora superado por Sainz Jr, que "corria em casa" e foi um dos que passou para a Q3, como foi o que aconteceu com Fernando Alonso, colocando um McLaren num local que já não aparecia há algum tempo. A parte chata é que Jenson Button conseguiu apenas o 12º tempo, atrás de Nico Hulkenberg, que "pagou a fava" de ficar naquele posto que quase o colocava na parte final do treino...
Mas no meio desse treino, quem brilhava era Max Verstappen, que conseguia constantemente colocar o seu carro no terceiro posto, conseguindo superar Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo. Tudo isto fazia com que as pessoas vissem esta qualificação como a confirmação do potencial do piloto holandês. E também, o resto do mundo começava a esquecer-se de Daniil Kvyat, como Jos passava a ser visto agora como sendo "o pai de Max"...
A Q3, a parte final do treino, foi interessante: Hamilton começa a ter um percalço e colocava Nico Rosberg na frente da tabela de tempos, com Max Verstappen logo a seguir (!) e a aumentar as expectativas. Mas na parte final, o inglês faz 1.22,000, mais 280 centésimos sobre Nico Rosberg e conseguindo assim a sua primeira pole-position do ano. E Daniel Ricciardo conseguia, com pneus macios, superar Max Verstappen e ficar com o terceiro posto da grelha de partida. Mas o seu tempo foi quase sete décimos mais lento do que os Mercedes, o que vai significar que amanhã, vai ser mais do mesmo...
As corridas em Barcelona raramente são excitantes. O normal é esperar algo hierárquico, sem sarilhos de maior. Logo, as apostas numa dobradinha dos Flechas de Prata são grandes. Mesmo quando há algo de inesperado na grelha, como foi a vitória de Pastor Maldonado em 2012, por exemplo, não foi uma corrida de trás para a frente, mas sim um poleman a aguentar os ataques da concorrência. Contudo, há certas coisas que fazem com que estejamos atentos amanhã, especialmente o lugar onde partirá Max Verstappen. E como disse mais acima, espero sempre o inesperado. Mesmo em Barcelona...
Como houve vencedores, tinha de haver vencidos. A Ferrari foi batida pela Red Bull e poderá ter perigado um pouco a presença de Maurizio Arrivabene no comando da equipa, apesar de Sebastian Vettel ter amenizado um pouco, ao ser quinto na grelha. Mas pior ficaram os Williams, pois Felipe Massa ficou-se dentro da Q1, saindo da 18ª posição da grelha, e Valtteri Bottas ficou no sétimo posto, embora tenha ficado na frente de Carlos Sainz Jr, de Sergio Perez e de Fernando Alonso, que por fim, colocou o seu carro na Q3 pel primeira vez nesta temporada.
Debaixo de céu nublado, mas sem chuva, a qualificação correu normalmente na primeira parte, à excepção da eliminação de Felipe Massa da Q2, a favor dos Renault de Joylon Palmer e Kevin Magnussen. No final do treino, culpou o tráfego pelo seu falhanço: “Foi uma pena. Tive tráfego na minha primeira volta e não tivemos tempo para sair de novo”, começou por dizer. "É muito frustrante, a equipe precisa ter uma margem maior nestes casos. Paramos para trocar os pneus e logo depois não nos deu tempo de voltar para a pista. Amanhã será difícil", concluiu.
E com ele ficaram os Sauber de Marcus Ericsson e Felipe Nasr (que se amargou afirmando que o carro não terá evoluções até ao final do ano) e os Marussia de Pascal Wehrlein e Rio Haryanto.
Para a Q2, também não houve grandes surpresas. Havia a expectativa de saber se Daniil Kvyat iria dar o troco da despromoção que tinha sido sujeito após o GP russo, mas no final, ficou apenas com o 13º tempo, ficando na frente do Haas de Romain Grosjean, mas por exemplo, fora superado por Sainz Jr, que "corria em casa" e foi um dos que passou para a Q3, como foi o que aconteceu com Fernando Alonso, colocando um McLaren num local que já não aparecia há algum tempo. A parte chata é que Jenson Button conseguiu apenas o 12º tempo, atrás de Nico Hulkenberg, que "pagou a fava" de ficar naquele posto que quase o colocava na parte final do treino...
Mas no meio desse treino, quem brilhava era Max Verstappen, que conseguia constantemente colocar o seu carro no terceiro posto, conseguindo superar Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo. Tudo isto fazia com que as pessoas vissem esta qualificação como a confirmação do potencial do piloto holandês. E também, o resto do mundo começava a esquecer-se de Daniil Kvyat, como Jos passava a ser visto agora como sendo "o pai de Max"...
A Q3, a parte final do treino, foi interessante: Hamilton começa a ter um percalço e colocava Nico Rosberg na frente da tabela de tempos, com Max Verstappen logo a seguir (!) e a aumentar as expectativas. Mas na parte final, o inglês faz 1.22,000, mais 280 centésimos sobre Nico Rosberg e conseguindo assim a sua primeira pole-position do ano. E Daniel Ricciardo conseguia, com pneus macios, superar Max Verstappen e ficar com o terceiro posto da grelha de partida. Mas o seu tempo foi quase sete décimos mais lento do que os Mercedes, o que vai significar que amanhã, vai ser mais do mesmo...
As corridas em Barcelona raramente são excitantes. O normal é esperar algo hierárquico, sem sarilhos de maior. Logo, as apostas numa dobradinha dos Flechas de Prata são grandes. Mesmo quando há algo de inesperado na grelha, como foi a vitória de Pastor Maldonado em 2012, por exemplo, não foi uma corrida de trás para a frente, mas sim um poleman a aguentar os ataques da concorrência. Contudo, há certas coisas que fazem com que estejamos atentos amanhã, especialmente o lugar onde partirá Max Verstappen. E como disse mais acima, espero sempre o inesperado. Mesmo em Barcelona...
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