O envolvimento da Toyota na Endurance é longo, com inicio nos anos 70, no então Grupo 7. Contudo, a série de chassis do qual conhecemos agora teve o seu inicio muito depois, em 1991, quando construiu o modelo que vamos apresentar por aqui. O maior rival - praticamente o único grande rival - do Peugeot 905 em 1992, tornou-se num bom carro, dando vitórias na Europa e no Japão, mas nunca foi muito longe em Le Mans. Hoje vou falar do Toyota TS010.
Em 1991, a FIA decidiu mudar as regras no Grupo C em relação aos motores. Em vez de motores V6 ou V8 Turbo, passaram a ter de ser motores de 3.5 litros, aspirados, para ser igual aos carros de Formula 1. Com a Endurance cheia de marcas, a ideia, de uma certa forma, era de trazê-los para a categoria máxima do automobilismo, o que resultou nos anos seguintes, à custa do esvaziamento - e posterior extinção – do Mundial de Endurance, no final de 1992, com a FIA a voltar a sancionar um campeonato desse tipo 22 anos mais tarde, em 2014.
A Toyota era uma das três marcas japonesas – as outras duas eram a Nissan e a Mazda – que decidiu construir protótipos para a Endurance, quer para o campeonato local, quer para o Mundial. Em 1991, para obedecer aos novos regulamentos, decidiram construir um motor V10 de 3.5 litros, e um chassis adequado a isso. Para tal, contrataram Tony Southgate, ex-projetista vindo da Jaguar e desenhou o TS010, um carro com um design o mais aerodinâmico possível. Tanto que as rodas traseiras acabaram por ser tapadas.
A marca acabou por decidir construir quatro chassis, e um estava pronto a tempo de participar na ronda final do Mundial de Endurance de 1991, em Autopolis. O carro, guiado por Andy Wallace e Geoff Lees, acabou na sexta posição, numa corrida ganha pelo Sauber de Michael Schumacher e Karl Wendlinger.
No ano seguinte, quatro chassis estavam prontos, mas em Monza, prova inicial do Mundial, a marca decidiu inscrever dois, com um terceiro para ser usado nos treinos. No primeiro carro estava inscrito Geoff Lees e o japonês Hitoshi Ogawa, enquanto que no segundo carro era guiado por Andy Wallace e o holandês Jan Lammers. A corrida foi atribulada por causa da chuva e os Toyota venceram quando o Peugeot que ia na frente acabou por desistir. Lees e Ogawa deram a primeira vitória ao carro japonês, num campeonato em que todos sabiam que iria ser da Peugeot.
E foi o que aconteceu: os franceses dominaram tudo, com o que de melhor a Toyota conseguiu foi um segundo lugar na corrida de Suzuka, com Lees e Lammers ao volante.
Nas 24 Horas de Le Mans desse ano, três TS010 inscreveram-se na classe C1, um para Jan Lammers, Andy Wallace e o italiano Teo Fabi, enquanto que o segundo foi para Geoff Lees, o japonês Ukyo Katayama e o australiano David Brabham. O terceiro carro foi para o inglês Kenny Acheson, o francês Pierre-Henri Raphanel e o japonês Masanori Sekiya. Numa corrida onde os Peugeot acabaram por ganhar, os franceses não dominaram assim tanto, pois o carro de Acheson, Raphanel e Sekiya foram os segundos, a oito voltas do vencedor, enquanto que um segundo Toyota foi oitavo, guiado pela tripla Wallace, Fabi e Lammers.
Na parte final dessa temporada, a Toyota decidiu colocar um carro no japonês de Endurance, para as duas últimas provas do ano, nos 1000 km de Fuji e em Mine, guiados por Lees e Lammers, onde acabaram por vencer. Na prova de Mine, um segundo Toyota TS010 entrou, guiados por uma tripla jovem constituída pelo britânico Eddie Irvine, pelo dinamarquês Tom Kristensen e pelo canadiano Jacques Villeneuve. Lees e Lammers voltaram a ser vencedores na classe, e ganharam o campeonato com 40 pontos cada um, dando também o título de construtores para a Toyota.
Em 1993, os campeonatos de Endurance tinham sido cancelados, dada a falta de interesse dos construtores, que tinham desertado, a caminho da Formula 1. A única coisa que sobrava eram as 24 Horas de Le Mans, e basicamente era uma luta desigual entre Peugeot e Toyota. A marca japonesa construiu três chassis, um para Irvine, Sekiya e outro japonês, Toshio Suzuki, outro para Lammers, Lees e o argentino Juan Manuel Fangio II, enquanto que o terceiro foi para Acheson, Raphanel e Wallace. No final da corrida, dois dos três Toyotas chegaram ao fim e foram quartos, com Irvine, Sekiya e Suzuki, e oitavos, com Lammers, Lees e Fangio II.
Essa foi a corrida final dos TS010. Iriamos esperar mais alguns anos, até ao final da década de 90, para ver a versão seguinte desse carro. Mas teria outro nome e iria aproximar-se fortemente do objetivo.
Em 1991, a FIA decidiu mudar as regras no Grupo C em relação aos motores. Em vez de motores V6 ou V8 Turbo, passaram a ter de ser motores de 3.5 litros, aspirados, para ser igual aos carros de Formula 1. Com a Endurance cheia de marcas, a ideia, de uma certa forma, era de trazê-los para a categoria máxima do automobilismo, o que resultou nos anos seguintes, à custa do esvaziamento - e posterior extinção – do Mundial de Endurance, no final de 1992, com a FIA a voltar a sancionar um campeonato desse tipo 22 anos mais tarde, em 2014.
A Toyota era uma das três marcas japonesas – as outras duas eram a Nissan e a Mazda – que decidiu construir protótipos para a Endurance, quer para o campeonato local, quer para o Mundial. Em 1991, para obedecer aos novos regulamentos, decidiram construir um motor V10 de 3.5 litros, e um chassis adequado a isso. Para tal, contrataram Tony Southgate, ex-projetista vindo da Jaguar e desenhou o TS010, um carro com um design o mais aerodinâmico possível. Tanto que as rodas traseiras acabaram por ser tapadas.
A marca acabou por decidir construir quatro chassis, e um estava pronto a tempo de participar na ronda final do Mundial de Endurance de 1991, em Autopolis. O carro, guiado por Andy Wallace e Geoff Lees, acabou na sexta posição, numa corrida ganha pelo Sauber de Michael Schumacher e Karl Wendlinger.
No ano seguinte, quatro chassis estavam prontos, mas em Monza, prova inicial do Mundial, a marca decidiu inscrever dois, com um terceiro para ser usado nos treinos. No primeiro carro estava inscrito Geoff Lees e o japonês Hitoshi Ogawa, enquanto que no segundo carro era guiado por Andy Wallace e o holandês Jan Lammers. A corrida foi atribulada por causa da chuva e os Toyota venceram quando o Peugeot que ia na frente acabou por desistir. Lees e Ogawa deram a primeira vitória ao carro japonês, num campeonato em que todos sabiam que iria ser da Peugeot.
E foi o que aconteceu: os franceses dominaram tudo, com o que de melhor a Toyota conseguiu foi um segundo lugar na corrida de Suzuka, com Lees e Lammers ao volante.
Nas 24 Horas de Le Mans desse ano, três TS010 inscreveram-se na classe C1, um para Jan Lammers, Andy Wallace e o italiano Teo Fabi, enquanto que o segundo foi para Geoff Lees, o japonês Ukyo Katayama e o australiano David Brabham. O terceiro carro foi para o inglês Kenny Acheson, o francês Pierre-Henri Raphanel e o japonês Masanori Sekiya. Numa corrida onde os Peugeot acabaram por ganhar, os franceses não dominaram assim tanto, pois o carro de Acheson, Raphanel e Sekiya foram os segundos, a oito voltas do vencedor, enquanto que um segundo Toyota foi oitavo, guiado pela tripla Wallace, Fabi e Lammers.
Na parte final dessa temporada, a Toyota decidiu colocar um carro no japonês de Endurance, para as duas últimas provas do ano, nos 1000 km de Fuji e em Mine, guiados por Lees e Lammers, onde acabaram por vencer. Na prova de Mine, um segundo Toyota TS010 entrou, guiados por uma tripla jovem constituída pelo britânico Eddie Irvine, pelo dinamarquês Tom Kristensen e pelo canadiano Jacques Villeneuve. Lees e Lammers voltaram a ser vencedores na classe, e ganharam o campeonato com 40 pontos cada um, dando também o título de construtores para a Toyota.
Em 1993, os campeonatos de Endurance tinham sido cancelados, dada a falta de interesse dos construtores, que tinham desertado, a caminho da Formula 1. A única coisa que sobrava eram as 24 Horas de Le Mans, e basicamente era uma luta desigual entre Peugeot e Toyota. A marca japonesa construiu três chassis, um para Irvine, Sekiya e outro japonês, Toshio Suzuki, outro para Lammers, Lees e o argentino Juan Manuel Fangio II, enquanto que o terceiro foi para Acheson, Raphanel e Wallace. No final da corrida, dois dos três Toyotas chegaram ao fim e foram quartos, com Irvine, Sekiya e Suzuki, e oitavos, com Lammers, Lees e Fangio II.
Essa foi a corrida final dos TS010. Iriamos esperar mais alguns anos, até ao final da década de 90, para ver a versão seguinte desse carro. Mas teria outro nome e iria aproximar-se fortemente do objetivo.
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