(...) Quando em 2001, Fernando Alonso, e Kimi Raikkonen se estrearam na Formula 1, houve mais criticas ao finlandês que experimentava uma máquina de 800 cavalos… após apenas 23 corridas em monolugares. Muitos foram os que criticaram fortemente a escolha de um piloto com tão pouca experiência, sem passar pela Formula 3, por exemplo. Contudo, o finlandês calou os críticos logo na sua primeira corrida na Formula 1, ao ser sexto classificado com o Sauber. No ano anterior, já tinha havido polémica semelhante com o britânico Jenson Button, mas ele tinha experiência na Formula 3 britânica e fez um teste do género “shot-off” com o brasileiro Bruno Junqueira, mais velho do que ele, onde superou-o por muito pouco.
(...) Filho de Lawrence Stroll, um dos homens mais ricos do Canadá, Lance está a ser treinado para ser piloto… desde criança. Aos 17 anos de idade (nasceu a 29 de outubro de 1998), Stroll corre desde os dez anos de idade, nos karts, e em 2014, aos 15 anos de idade, estreou-se nos monolugares. Ganhou a Formula 4 italiana nesse ano, e a Toyota Racing Series no ano seguinte, enquanto que era quinto no campeonato europeu de Formula 3. Este ano, ele lidera o campeonato com mais de 70 pontos de diferença sobre o alemão Maximilian Gunther. (...)
(...) Stroll é piloto de desenvolvimento da equipa este ano, e a equipa segue os seus feitos ao serviço da Prema Powerteam. Altamente experimentado, já se fala que tem tudo feito para ser o piloto titular, com estreia na próxima temporada, graças ao seu pai. Os rumores indicam que Lawrence já comprou um interesse na equipa, e que um carro de 2014 já esta a ser modificado para que ele faça um programa extensivo de testes em circuitos onde ele não tem muita experiência em monolugares, pelo menos na Europa. Com a Super-Licença meramente um “pró-forma” (recorde-se, ele fará 18 anos dentro de um mês), ele tem o caminho aberto para esse lugar.
Mas toda essa obsessão pela prodigalidade tem um preço. Ninguém poderá acreditar que Jaime Alguersuari tenha agora 26 anos e já se retirou do automobilismo, mas isso é real. Tendo estreado na Formula 1 no GP da Hungria de 2009, batendo o recorde de precocidade de Chris Amon, pela Toro Rosso, não deslumbrou na sua estreia, nem na temporada seguinte, onde foi 19º, com apenas cinco pontos. Ele melhorou em 2011, onde conseguiu 26 pontos e o 14º posto, com dois sétimos lugares em Itália e na Coreia do Sul como melhores resultados. Contudo, no final dessa temporada, e de modo surpreendente, quer ele, quer o seu companheiro de equipa, o suíço Sebastien Buemi, foram dispensados. E nenhum dos dois conseguiu depois carreira na Formula 1. (...)
Nos tempos em que correm, as equipas estão obcecadas em ter meninos prodígios na Formula 1. quanto mais novo, melhor, para dizer que estão a demonstrar talento precoce. Mas colocar jovens imaturos ao volante de máquinas de 900 cavalos poderá estar a ser uma pressão demasiado alta para adolescentes. Os pilotos que não sobreviveram à máquina trituradora da Red Bull Junior Team são um bom exemplo de pessoas que mesmo a meio da casa dos vinte, estão psicologicamente tão desgastados que pura e simplesmente, penduraram o capacete. É sobre isso que falo este mês no Nobres do Grid.
(...) Filho de Lawrence Stroll, um dos homens mais ricos do Canadá, Lance está a ser treinado para ser piloto… desde criança. Aos 17 anos de idade (nasceu a 29 de outubro de 1998), Stroll corre desde os dez anos de idade, nos karts, e em 2014, aos 15 anos de idade, estreou-se nos monolugares. Ganhou a Formula 4 italiana nesse ano, e a Toyota Racing Series no ano seguinte, enquanto que era quinto no campeonato europeu de Formula 3. Este ano, ele lidera o campeonato com mais de 70 pontos de diferença sobre o alemão Maximilian Gunther. (...)
(...) Stroll é piloto de desenvolvimento da equipa este ano, e a equipa segue os seus feitos ao serviço da Prema Powerteam. Altamente experimentado, já se fala que tem tudo feito para ser o piloto titular, com estreia na próxima temporada, graças ao seu pai. Os rumores indicam que Lawrence já comprou um interesse na equipa, e que um carro de 2014 já esta a ser modificado para que ele faça um programa extensivo de testes em circuitos onde ele não tem muita experiência em monolugares, pelo menos na Europa. Com a Super-Licença meramente um “pró-forma” (recorde-se, ele fará 18 anos dentro de um mês), ele tem o caminho aberto para esse lugar.
Mas toda essa obsessão pela prodigalidade tem um preço. Ninguém poderá acreditar que Jaime Alguersuari tenha agora 26 anos e já se retirou do automobilismo, mas isso é real. Tendo estreado na Formula 1 no GP da Hungria de 2009, batendo o recorde de precocidade de Chris Amon, pela Toro Rosso, não deslumbrou na sua estreia, nem na temporada seguinte, onde foi 19º, com apenas cinco pontos. Ele melhorou em 2011, onde conseguiu 26 pontos e o 14º posto, com dois sétimos lugares em Itália e na Coreia do Sul como melhores resultados. Contudo, no final dessa temporada, e de modo surpreendente, quer ele, quer o seu companheiro de equipa, o suíço Sebastien Buemi, foram dispensados. E nenhum dos dois conseguiu depois carreira na Formula 1. (...)
Nos tempos em que correm, as equipas estão obcecadas em ter meninos prodígios na Formula 1. quanto mais novo, melhor, para dizer que estão a demonstrar talento precoce. Mas colocar jovens imaturos ao volante de máquinas de 900 cavalos poderá estar a ser uma pressão demasiado alta para adolescentes. Os pilotos que não sobreviveram à máquina trituradora da Red Bull Junior Team são um bom exemplo de pessoas que mesmo a meio da casa dos vinte, estão psicologicamente tão desgastados que pura e simplesmente, penduraram o capacete. É sobre isso que falo este mês no Nobres do Grid.
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