A Formula 1 chegava a paragens malaias com algo interessante: hoje poderia ser o dia em que aq Mercedes alcançaria o campeonato de Construtores. E para isso bastaria não só os Flechas de Prata fizessem o seu trabalho, como oa Red Bull e a Ferrari não fizessem os seus, ou seja, se os touros vermelhos não conseguisse mais do que oito pontos e a Ferrari 23, neste dia. E isso, mais do que ser um calculo fácil, até poderia ser o calculo indicado, dado o equilíbrio existente entre ambos - apesar de a Scuderia estar em decadência a favor dos energéticos de Milton Keynes.
Contudo, naquele domingo, todos batalhavam contra um inimigo em comum: o calor insuportável que estava a fazer naquela tarde em Sepang. Mesmo Jenson Button, que cumpria ali o seu 300º Grande Premio, depois de Rubens Barrichello e Michael Schumacher.
A volta de formação começava sem Felipe Massa, que tinha problemas com o acelerador, e na largada, Sebastian Vettel arriscou o seu pescoço e tocou em Nico Rosberg, acabando com a corrida do alemão da Ferrari, por causa da suspensão quebrada. Rosberg rodou e caiu para o fim do pelotão, Hamilton estava feliz na frente, e o Safety Car virtual estava na pista. Outro prejudicado tinha sido Max Verstappen, que escorregou e perdeu posições. E os maiores beneficiados disto tudo tinham sido Daniel Ricciardo e Sergio Perez.
Max foi atrás do prejuízo e passou Perez na terceira volta e foi atrás de Ricciardo. Duas voltas depois, foi Kimi Raikkonen a fazer a mesma manobra sobre o mexicano da Force India, e agora tinha Jenson Button atrás dele. Atrás, Rosberg tentava chegar aos pontos.
Na volta 10, o VSC entrava de novo em ação por causa do despiste de Romain Grosjean (por causa de uma falha nos travões), e isso foi aproveitado por todos para trocar de pneus. Sem problemas no meio da confusão, Hamilton continuava na frente de Ricciardo, com Raikkonen no terceiro posto.
Depois disto, as coisas andaram calmas, apenas com o foco na recuperação de Nico Rosberg no meio do pelotão, tentado chegar aos lugares da frente. Mas também tinhamos depois a luta pelo lugar mais baixo do pódio, com Max Verstappen a tentar apanhar Kimi Raikkonen. Ele apanhou na volta 21... na altura em que o finlandês ia para as boxes. Hamilton também foi nessa volta, com Rosberg a parar na volta seguinte, e Max Verstappen tentou ficar na pista no maior espaço de tempo possivel. Acabou por parar apenas na volta 28, para colocar pneus duros e a voltar no terceiro posto, na frente de Raikkonen.
Rosberg e Raikkonen pararam uma segunda vez nas voltas 32 e 33, respectivamente, e poucas voltas depois, a partir da volta 36, Rosberg começava a ficar na traseira de Kimi Raikkonen para alcançar o quarto posto. Duas voltas depois, o alemão da Mercedes faz uma manobra ousada para ficar com o quarto lugar, surpreendendo o finlandês. E ao mesmo tempo, Max Verstappen atacava Daniel Ricciardo para ficar com o segundo posto.
Mas a seguir... o motor de Lewis Hamilton encomendava a sua alma ao Criador e tudo ficava diferente na corrida. Os Red Bull, que pensavam que iriam aproveitar a eventual paragem de Hamilton, afinal, estavam a lutar... pela liderança! Eles aproveitaram para parar nas boxes uma última vez, a mesma coisa fez Nico Rosberg, apesar de depois, ter levado dez segundos de penalização por causa da manobra sobre Kimi Raikkonen.
E a parte final era um duelo à distância entre Daniel Ricciardo e Max Verstappen. O jovem holandês estava em cima do australiano, mostrando que estava por cima, mas agora, o piloto de Perth sabia que tinha de estar mais atento para fazer merecer essa liderança. E Nico Rosberg tinha de acelerar o mais possível para que conseguisse na pista o terceiro posto que tinham tirado virtualmente.
No final, tudo isso aconteceu: Ricciardo aguentou os ataques de Verstappen e conseguiu a sua primeira vitória desde o GP da Bélgica de 2014, enquanto que Nico Rosberg subia ao lugar mais baixo do pódio, conseguindo-se distanciar de Kimi Raikkonen. Para o pódio não teriamos um, mas sim três vencedores, pois apesar do azar, o alemão da Mercedes conseguiu ganhar mais pontos e ampliar a sua liderança.
Atrás, com Valtteri Bottas a conseguir o quinto posto, na frente de Sergio Perez, Fernando Alonso era o sétimo (e tinha partido de último!), com Jenson Button a ter uma recompensa pela sua corrida numero 300 com o nono posto, e Joylon Palmer a conseguir o seu primeiro ponto da sua carreira. Só faltava um dos Sauber pontuar para ser tudo perfeito...
Agora, passamos a mais um clássico da Formula 1, com esta a ir a Suzuka. E o Mundial está cada vez mais interessante...
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