A Formula 1 no México é uma coisa bem interessante. Corre-se num circuito clássico, a multidão é entusiasta, e acontece na parte final da temporada, como era nos anos 60. No Autódromo Hermanos Rodriguez - personalidades ainda veneradas no país 45 anos depois do seu desaparecimento - a grelha da Formula 1, delineada ontem, via a hierarquia atual desenhada na frente de toda a gente.
A partida começou com Hamilton na frente de Rosberg, mesmo quando exagerou na primeira curva a saiu no escape de asfalto. Mas atrás, havia problemas: Vettel furou e Wehrlein bateu forte com Marcus Erisccon, acabando no muro. Resultado final, por causa dos destroços, havia Safety Car. Esa ocasião foi aproveitado por Ricciardo para ir às boxes e trocar por médios.
A corrida recomeçou na quarta volta com Hamilton ainda na frente de Rosberg, com Vettel a recuperar e ficar entre os Williams. Atrás dos Mercedes estavam o Red Bull de Verstappen, com Hulkengerg a ser o quarto, na frente de Raikkonen. Atrás, Ricciardo estava na 15ª posição, trancado no fim do pelotão, e a ter dificuldades em passá-los.
Nas voltas seguintes, Hamilton tentava afastar-se de Rosberg, com o holandês da Red Bull em cima do alemão da Mercedes, tentando passá-lo. Nada ouve de especial até à volta 13, quando Verstappen foi às boxes trocar para médios. Fernando Alonso passou nas boxes na volta 17, e ele praticamente inaugurava a primeira margem para paragens. Hamilton parou na volta 18, e Rosberg, três voltas depois, ao mesmo tempo que parava Raikkonen.
Depois de (quase) todos da frente pararem, podia-se ver - pelo menos na Red Bull - que Ricciardo conseguia aguentar os ataques de Verstappen, apesar de ambos andarem de médios. O holandês tinha melhor ritmo e na volta 22, passou o australiano para ser quarto, com Vettel a liderar a corrida. Por esta altura, todos tinham trocado para médios, no sentido de aguentarem o que podiam. Com uma excepção: Sebastian Vettel. Na frente com pneus moles, Hamilton não o conseguia apanhar, e para melhorar as coisas, o alemão não os ia trocar tão cedo!
Na volta 30, parecia que Vettel iria parar nas boxes, mas tudo não passou de... bluff. Acabaria por parar na volta 33, para colocar médios, mostrando que poderia parar apenas uma vez. Caia para sexto, atrás de Kimi Raikkonen. Com isto, a corrida caia para a modorra que se temia, com o interesse a cair para a luta pelo segundo posto, entre Rosberg e Verstappen, e pelo nono posto, entre Massa e o Force India de Perez.
Na volta 44, Raikkonen volta a parar para meter mais médios usados, até ao final da corrida. Caiu para sétimo, atrás de Hulkenberg. Houve mais algumas paragens, mas na volta 50, Verstappen tentou a sua sorte para passar Rosberg. Conseguiu, mas exagerou na travagem e saiu de pista, fazendo com que o alemão mantivesse o lugar. Uma volta depois, Ricciardo parou nas boxes para colocar moles. caindo para sexto, demorou pouco para apanhar Hulkenberg, mostrando que esses pneus eram mais eficazes naquele momento.
A partir daqui, a qualidade da corrida aumentou, e bastante. Se no campo dos Mercedes estava tudo visto - Hamilton nunca foi ameaçado por Rosberg - atrás, o duelo era entre Red Bull, Ferrari e o Force India de Nico Hulkenberg. Kimi Raikkonen tentou apanhá-lo (e foi complicado). Quando o fez, a manobra foi de tal forma apertada que o alemão da Force India fez um pião, com o finlandês a levar a melhor.
Mas o drama acontecia mais adiante, na luta pelo terceiro posto. Verstappen tentava defender-se dos ataques de Vettel, especialmente nas voltas finais, e isso acontecia para além dos limites, com o alemão a queixar-se dessas manobras no rádio. O australiano lá se aproximou e ficou de lado, mas não conseguiu ultrapassá-lo. O alemão da Ferrari estava furioso com o filho de Jos (e mandando o Charlie Whitting a aquela parte!) e no final, ele corou a meta no quarto posto. De imediato, os comissários penalizaram Verstappen em cinco segundos e deram o terceiro posto a Vettel, e o holandês foi avisado disso... quando esperava para subir ao pódio! A cara dele vai ficar na história da Formula 1...
Na frente, tudo na mesma: Hamilton venceu, na frente de Nico Rosberg, mas a diferença diminuiu para os 19 pontos. O inglês alcançava as 51 vitórias de Alain Prost, e ainda estava na luta pelo título, mas as chances acabavam para ele. E depois de Hulkenberg, o sétimo, os Williams de Valtteri Bottas e Felipe Massa, bem como o Force India de "Checo" Perez, fechavam os pontos.
Agora, duas provas separam-nos do final da temporada, mas muito ainda fica por resolver.
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