Quando andei a escrever por estes dias sobre o futuro da Formula 1, deixei de fora um assunto interessante chamado "Manor Racing". Na altura, a razão teve a ver com as poucas infornações que tinha sobre este assunto, mas desde então surgiram mais algumas que permitem completar este quadro. E não sendo a "quarta parte" sobre o futuro da formula 1, é um adendo bem interessante, por causa das coisas que estão envolvidas.
Pois bem, nos últimos dezoito meses, havia um segredo bem guardado: a Manor estava à venda. É verdade que Stephen Fitzpatrick tinha conseguido ficar com o espólio da equipa e sustentar a equipa graças à sua fortuna pessoal como dono da OVO, a companhia de electricidade e gás britânica, e por causa isso tinha conseguido motores Mercedes e projetistas como Nicolas Tombazis, entre outros, mas o projeto dependeria de arranjar parceiros a médio prazo para ajudar a evolui-lo.
Contudo, o Joe Saward falou ontem no seu blog que Fitzpatrick anda a tentar vender a equipa desde há algum tempo, mas que ainda não tinham chegado propostas suficientemente chorudas para que ele as aceite. Mas recentemente, surgiu uma pessoa que deseja a equipa: Tavo Helmund, o mexicano que está por trás da construção do Circuito das Américas e do regresso do GP do México à Formula 1, em 2015. Apesar de ele não ter muito dinheiro, é uma pessoa que "faz as coisas acontecer", para além de ser alguém que está nas boas graças de Bernie Ecclestone. Como Helmund conseguiu colocar de pé um circuito e recuperar outro, em pouco mais de meia década, é preciso dar-lhe crédito nestas coisas...
Caso Helmund fique com a Manor, não vai dar muito nas vistas. Vai ajudar a arranjar dinheiro (e parceiros) quer americanos, quer mexicanos, e já deverá ter na sua equipa um piloto com dinheiro: Esteban Gutierrez. Que vai alinhar ao lado de Pascal Wehrlein, que em principio, renovará com a equipa por uma segunda temporada... e um desconto nos motores Mercedes.
Também ouviu-se o rumor - na semana passada - que Ron Dennis poderia estar interessado em adquirir a Manor, mais para mostrar aos parceiros da McLaren - que como sabem, despediram-no da equipa de Woking - que ainda não estava acabado na Formula 1. Mas isso caiu cedo por terra.
Resta saber se o chassis de 2017 para a Manor seja um daqueles bons, pois isso poderia ser necessário para impulsionar a equipa para o meio do pelotão, que é a grande ambição da marca. E se não fosse o grande desempenho de Felipe Nasr em Interlagos, talvez estariam a comemorar esse feito por esta altura...
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