Os dois elementos mais desconhecidos falaram nas últimas 24 horas sobre o que era a Formula 1 sob a alçada de Bernie Ecclestone e que planos eles têm para o seu futuro. Se Sean Bratches acha que o futuro estará alicerçado no mercado digital e numa maneira mais próxima dos fãs, já Chase Carey aproveitou para criticar o método usado anteriormente para conduzir os negócios como "uma equipa de um homem só", do qual "já não estava a dar certo".
Numa entrevista ao jornal britânico "Daily Mail", Carey afirmou: “Depende de nós decidirmos quanto seu conselho será útil e apropriado. Bernie era uma equipa de um homem só, e isso não estava dando certo no mundo de hoje”, começou por dizer.
Quanto a planos sobre se continuará no Reino Unido ou se moverá para a América, Carey afirma que isso não mudará: “Vivo a maior parte do tempo em um apartamento no centro de Londres, e a Formula 1 vai seguir no Reino Unido”, concluiu.
Quanto a Bratches, que vai ficar com a área comercial da Formula 1, mostrou os seus planos numa entrevista à CNN, onde afirmou: "Existirão quatro coisas reais no qual eu irei me concentrar. A primeira é a marca - a marca é o ponto de entrada para qualquer empresa, qualquer marca, qualquer desporto. E vamos trabalhar para entender a marca. Nós iremos poli-lo, elevá-lo. Vai ser realmente central para aquilo o que fazemos. Isso nos permitirá entrar em novos mercados, tirar do mercado o que deveríamos tirar, quer do lado comercial, dos patrocinadores, de detentores de direitos, para promotores.
"O segundo é digital. Eu acho que há uma grande oportunidade no espaço digital para redesenhar os produtos digitais que a Formula 1 tem hoje, e para envolver os fãs de maneiras muito novas e também para usar os patrocinadores para ativá-lo.
"O terceiro é criar uma abordagem muito mais democrática em termos de como nos aproximamos de nossos parceiros - de equipes, patrocinadores, promotores e detentores de direitos. Há muita oportunidade de alavancar a Formula 1 e integrá-lo aos seus negócios.
"E o último, será a experiência da corrida. Criando uma experiência melhor que envolve os fãs, espectadores quer ao vivo, quer na televisão, é uma grande oportunidade", concluiu.
Mas mesmo o elemento mais conhecido da Formula 1, Ross Brawn, também já se pronunciou sobre o que deseja na Formula 1. Por exemplo, em relação à diminuição dos desequilíbrios existentes entre os extremos da grelha.
"Precisamos encontrar soluções em que as equipas pequenas possam caminhar pelos seus próprios pés, além de gerar um bom desafio à hierarquia da Formula 1", explicou o dirigente, em entrevista à Sky Sports News britânica.
"No momento, a estrutura que se tem representa um grande desafio para eles. Precisamos encontrar maneiras de ter uma Formula 1 mais saudável de cima para baixo. Talvez o caminho correto seja tornar as equipas pequenas mais valiosas e atraentes, e não só na pista, mas também para as empresas", continuou.
Contudo, tal ideia não será alterada antes de uma nova renegociação do Acordo da Concórdia, prevista para 2018, com ideias de entrar em vigor em 2020. "Temos um vínculo com as equipas até 2020, então nada vai mudar substancialmente antes disso, a menos que todas entrem em acordo", concluiu.
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