Depois de ter sido visto a rolar em Barcelona, antes de tempo, o Haas VF-17 foi hoje mostrado para o mundo. Com uma barbatana dorsal multicolorida, muitas modificações em relação ao ano passado, onde alcançou 29 pontos e o oitavo posto no Mundial de Construtores, o novo carro de Gene Haas, construído pela Dallara, pretende continuar com o bom trabalho de 2016.
Com um novo piloto, o dinamarquês Kevin Magnussen - que substitui o mexicano Esteban Gutierrez - a Haas pretende crescer em 2017, com os novos regulamentos e o novo carro, depois de uma boa temporada inicial, e esperam que este chassis os ajude nessa missão.
“Ser uma equipa de Formula 1 dá-nos um grande nível de credibilidade, que não se consegue através da publicidade tradicional” começou por dizer Gene Haas, o fundador e proprietário da equipa. "As pessoas [que lidamos] são do tipo que querem ver tudo o que você pode fazer e então, a partir daí, elas acreditam em você. Esse é o conceito inicial, convencer as pessoas de que somos capazes de fazer o que os outros não conseguem", continuou.
Questionado sobre as diferenças em relação ao carro do ano passado, Guenther Steiner, chefe da Equipa, começou a gracejar: “Acho que pedal do acelerador é o mesmo… tudo o resto é muito diferente do ano passado. Sempre se tentam fazer carros mais rápidos, e normalmente isso significa mais leves, mas com o novo ajuste no peso, agora será possível colocar algum lastro e conseguir uma melhor distribuição de pesos. A aerodinâmica é completamente nova, também os pneus, portanto precisamos de nos ajustarmos um pouco. Em termos estéticos o carro é mais agressivo, naturalmente, é mais leve e muito mais eficiente em termos aerodinâmicos. Tudo o que aprendemos do primeiro ano, foi agora aplicado”, disse.
Sobre o que vão fazer durante estes testes em Barcelona, Steiner foi bem direto: “Não há descanso noturno obrigatório, de modo que vamos ter um turno de dia e outro à noite. O turno da noite chega às 18 horas, janta com o diurno para comentar o que se passou durante o dia, e em seguida vai trabalhar até o amanhecer. Depois, tomam café juntos, o turno diurno faz o teste e o noturno vai dormir”, comentou.
“Uma vez que temos apenas um carro, temos uma equipa completa para um teste e outra equipa para o segundo. Isso nem sempre vai ser fácil porque alguns deles não desejam voltar para casa, mas é importante que eles tenham um fim de semana livre antes da viagem para a Austrália. Depois do segundo teste, os carros vão ser desmontados e logo serão levados para Melbourne. É preciso ter muito cuidado, ou, caso contrário, acabamos por cansá-los”, concluiu.
No primeiro dia, a equipa escolheu o dinamarquês Kevin Magnussen para rodar com o carro novo, uma escolha surpreendente, dado que é o recém-chegado à equipa. Por sua vez, ele não vê a hora de pilotar um Formula 1 pela primeira vez em quase três meses. “Espero conseguir muita quilometragem. Estou muito ansioso para voltar ao carro, foi um inverno longo. Você sente saudades de pilotar já nas primeiras semanas. Vai ser bom conseguir algumas voltas, sentir e aproveitar o carro. Espero não ter muitas interrupções, para que possamos aprender e acumular o maior número possível de dados”, completou.
O Haas começa este domingo a fazer as suas primeiras voltas no circuito de Barcelona.
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